No último final de semana, ele reuniu alguns membros de torcidas organizadas do Corinthians de cidades da RMVale e foi até a unidade Tamoios da Fundação Casa, em São José
Por Marcos Eduardo Carvalho
São José dos Campos
14 horas atrás - Tempo de leitura: 3 min
OVALE
Arquivo pessoal
Uma lição de vida e uma oportunidade de levar um pouco de alegria e conscientização aos jovens que, por algum motivo, estão cumprindo medida sócio educacional nas unidades da Fundação Casa, destinada a jovens de até 21 anos, que cometeram algum delito.
Esse é o principal objetivo de Carlos Cesar Marcondes Germano, de São José dos Campos, o Germano, cantor de rap e que engajado em causas sociais. No último final de semana, ele reuniu alguns membros de torcidas organizadas do Corinthians de cidades da RMVale e foi até a unidade Tamoios da Fundação Casa, em São José, no dia 11 de fevereiro.
Por lá, conversaram e ainda fizeram algumas atividades esportivas para os meninos, que no dia a dia não têm muitas oportunidades. Agora, em março, a ideia é fazer o mesmo na unidade de Jacareí, mas a data ainda não está fechada. Até porque, em São José, o evento foi um sucesso.
Segundo ele, fazer eventos na Fundação Casa não é uma novidade. No entanto, essa foi a primeira vez que convidou torcedores de futebol para acompanhar.
Inclusive, na Fundação Casa, os jovens já fazem as próprias atividades oferecidas pelo governo do estado. E também, eventualmente, surgem as atividades feitas por pessoas de fora, como esta do último final de semana.
“De início, a ideia era levar um time pra jogar contra eles, mas como não poderia ser muitas pessoas, preferi levar só a torcida e só os meninos jogarem”, disse Germano a OVALE.
Segundo ele, diversas torcidas foram convidadas para o projeto. No entanto, apenas as torcidas do Corinthians “abraçaram a ideia” de primeira. “Fica o agradecimento especial aos Gaviões da Fiel e Pavilhão Nove de Jacareí, Taubaté, São José dos Campos e Caçapava.
OUTROS EVENTOS.
Anteriormente, Germano já fez diversos eventos, principalmente musicais, nas unidades da Fundação Casa. No entanto, segundo ele, a ideia do futebol surgiu por conta do fato de a maioria deles sonhar em ser jogador.
"A gente poderia levar uma torcida organizada dentro da unidade, e fazer com que o menino se sentisse em um estádio de futebol, fazendo com que voltasse a sonhar, a sentir vontade de fazer outra coisa, que não fosse o crime. Aí chamei uns amigos que estão a frente das torcidas do Corinthians aqui no vale. E fizemos”, disse.
Segundo o rapper, normalmente ele vai à Fundação Casa para falar de crime, abusos de drogas e conscientização. Desta vez, iniciou um projeto diferente.
Ainda de acordo com Germano, os jovens da Fundação Casa são bastante receptivos com ele e os amigos. “Eles recebem frequentemente as visitas de familiares, mas são poucas visitas além deles. Grande parte tem um pensamento errôneo sobre o que é a Fundação casa. Sempre levo pessoas novas, que nunca entraram no sistema, para perderem esse pré-conceito. Claro, seguindo todos os requisitos que nos impõem, afinal é um sistema prisional, né?”.
“Mas, referente aos meninos, eles estão com sede de aprendizado, boas referências. E só querem ser vistos como adolescentes que são. Eles são cheios de sonhos, vontade de viver e serem felizes”, disse.
NOVA CHANCE.
Germano conta que, desde 2010 já faz atividades com os meninos em alguma unidades espalhadas pela RMVale, com oficinas de rimas e poesias, além de fazer apresentações lá dentro.
“O intuito é descobrir talentos e poder dar a oportunidade de escolha aos meninos. Criei o projeto ‘mais que palco’, que tem essa finalidade. Gravar e produzir músicas dos meninos das unidades da Fundação casa. Já gravamos alguns, agendando a gravação de outros. Tudo de forma gratuita”, disse.
Germano também atua na ajuda a pessoas em situação de rua. “Como eu trabalho com pessoas em situação de rua, meu esforço é tentar não deixar que esses meninos presos hoje, sejam as futuras pessoas em situação de rua. Acabando com os vínculos familiares e se perdendo das drogas”, finalizou.
Servidor não pode entrar com camisa de time para não haver conflito com o time do jovem, más pode ir a torcida organizada de um certo time. Pode isso Arnaldo?
ResponderExcluirSem contar que parecia que estava em um estádio de futebol, falando palavras de alto calão é complicado,onde iremos parar, não vejo nada de socioeducativo nessa visita
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