com o promotor André Guilherme um espetaculoso que anda vestido de preto pelas unidades questionei porque como fiscal da lei não interditava algumas unidades que comprovadamente estavam fora das exigências da LEP.
Vários são os fatores da fragilidade das unidades, começando pela lei das revistas, liberalidade para eventos, cantinas etc...
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Fica mais fácil atacar os servidores do que realmente ir ao cerne do problema.
O sistema penal nos moldes atuais está falido, unidades superlotadas, baixo efetivo de servidores, estruturas arcaicas, obras de novas unidades inacabadas.
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Enquanto não discutirmos o sistema penal e criarmos uma política exclusiva com projeto de estado, continuaremos a ver o sistema como depósito de presos.
Imputar as anomalias do sistema aos homens do cárcere é de uma ignorância premeditada, é próprio dos que não desejam apresentar soluções.
Diariamente um determinado promotor circula belo e faceiro pelo complexo cercado de escoltas, em cada unidade que sai deixa um rastro de prevaricação, pois constata todo tipo de irregularidade e como fiscal da lei nada faz.
Temos um sistema penal com mais de 50 mil presos que tem no gargalo do judiciário sua parcela de culpa, temos presos de outros Estados, já com pena cumprida, cabendo um mutirão para solução e esvaziamento destas unidades.
Na outra ponta temos uma secretaria que a tudo assiste e não age de forma proativa, se omite em dar respostas contundentes e claras a estas acusações.
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Cabe a nós agirmos de forma profissional, podemos fazer a diferença no dia a dia, impossível em dias de visita duas mil pessoas em poucas horas adentrarem o sistema.
Não podemos aceitar que estranhos que desconhecem nossa rotina e nossas dificuldades teçam comentários ou opinem de forma depreciativa.
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Não pretendo esconder as nossas mazelas, como em toda profissão também as temos, mas com certeza não são elas as culpadas do descalabro do sistema, mas sim a falta estrutural e amadora com que o governo e a Secretaria.