Professores de SP conquistam reajuste salarial após greve. Saiba mais sobre o acordo e as melhorias na educação municipal.
Após intensas negociações e um período de paralisação que começou em 14 de março, os professores da rede municipal de São Paulo encerraram a greve nesta quinta-feira (28). O movimento teve como resultado a aprovação de um reajuste salarial de 2,16% para os servidores da educação, promovido pela gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Este aumento foi oficialmente aceito pela categoria após votação favorável da Câmara dos Vereadores na última terça-feira (26).
O aumento salarial, que entra em vigor no dia 1º de maio, contempla também servidores ativos, aposentados e pensionistas da rede municipal. Paralelamente, foi acordado um reajuste do mesmo percentual sobre o auxílio-refeição e o vale-alimentação, ambos previstos para iniciar em 1º de janeiro de 2025.
Quais foram as principais conquistas dos professores com o fim da greve?
Além do reajuste salarial, a negociação liderada pela Coeduc com a prefeitura também garantiu melhorias significativas para os servidores. Entre elas, destaca-se o compromisso de implementar ações voltadas à saúde física e mental dos profissionais, fortalecer a política municipal de educação inclusiva e promover uma maior segurança nas escolas. Essas medidas refletem um avanço importante na valorização e no reconhecimento dos professores da capital paulista.
Impactos financeiros e reações sobre o reajuste
A aprovação do reajuste representa um impacto significativo para os cofres públicos, aproximadamente R$ 500 milhões, conforme anunciado pelo próprio prefeito Ricardo Nunes. A medida, contudo, foi recebida com críticas por parte dos vereadores de oposição, que consideraram o percentual de aumento insuficiente. Argumentam que, diante de um caixa municipal que beira os R$ 30 bilhões, a justificativa de pressão orçamentária não se sustenta.
Por outro lado, a liderança do governo na Câmara, representada por Fabio Riva (PSDB), defendeu os esforços da atual gestão em promover melhorias e valorizações para os servidores municipais nos últimos três anos, ressaltando o significativo aumento do orçamento destinado às políticas de valorização dos funcionários públicos.
O que permanece em debate após a greve?
A despeito do encerramento da greve e da aprovação do reajuste salarial, o Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo) ressaltou que as demandas da categoria transcendem a pauta financeira. O sindicato enfatizou a contínua busca por melhores condições de trabalho e progressão na carreira, evidenciando que, apesar do avanço, ainda há muito pelo que lutar.
A prefeitura, por sua vez, garantiu que os professores que aderiram à greve não sofrerão nenhum tipo de penalidade e terão a oportunidade de compensar os dias não trabalhados, assegurando assim os seus salários. Com este acordo, busca-se retomar a normalidade nas quase 4.000 escolas da rede municipal, que segundo a prefeitura, teve apenas 3% de adesão à greve, divergindo do percentual de 20% apontado pelos sindicatos.
Este resultado demonstra o poder da negociação coletiva e do diálogo na resolução de conflitos laborais, marcando um novo capítulo nas relações entre a gestão municipal e os profissionais da educação de São Paulo
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