terça-feira, 22 de junho de 2021

Reforma administrativa mobiliza entidades de policiais civis em SP

 


Categoria promete manifestações nas redes sociais e carreata a partir da Praça Charles Miller, no Pacaembu, nesta quarta-feira (23)

  • SÃO PAULO Cesar Sacheto, do R7

Policiais civis de SP se mobilizam contra a PEC da reforma administrativa
Policiais civis de SP se mobilizam contra a PEC da reforma administrativa
DIVULGAÇÃO/POLÍCIA CIVIL DE SÃO PAULO

Entidades que representam funcionários da Polícia Civil de São Paulo — e outras carreiras do serviço público — devem realizar uma carreata nesta quarta-feira (23) em protesto pela reforma administrativa que tramita na Câmara dos Deputados. A concentração dos manifestantes está marcada para às 8h na Praça Charles Miller, em frente ao estádio municipal do Pacaembu, na zona oeste da capital paulista.

A proposta enviada pelo governo federal ao Congresso restringe a estabilidade no serviço público e cria cinco tipos de vínculos com o estado. O texto estabelece que leis complementares tratarão de temas como política de remuneração, ocupação de cargos de liderança e assessoramento, progressão e promoção funcionais e definição dos cargos típicos de Estado.

O delegado Gustavo Mesquita Galvão Bueno, que preside e Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), afirma que as mudanças contidas na PEC 32 (Proposta de Emenda Constitucional), debatida pelos parlamentares, em Brasília, devem prejudicar direitos de servidores essenciais para a sociedade.

"As modificações estruturais aventadas pela PEC são especialmente inoportunas no que tange aos direitos dos profissionais da segurança pública neste momento em que enfrentamos um contexto social extremamente delicado", criticou o delegado paulista Gustavo Mesquita Galvão Bueno.

A presidente do Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo) e diretora da Adepol (Associação dos Delegados de Polícia do Brasil), Raquel Kobashi Gallinati, alerta para os riscos do projeto.

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"Estamos lutando contra um projeto que vai dizimar o serviço público brasileiro. A reforma administrativa proposta na PEC 32/2020 põe em risco a prestação de serviços básicos, como educação, saúde e segurança pública", declarou a delegada Raquel Gallinatt — que participa de uma grande manifestação da categoria, também nesta quarta-feira, em Brasília.

A estimativa é que aproximadamente 200 entidades de servidores participem das manifestações. Também deve ser lançada uma cartilha com os efeitos danosos às categorias do funcionalismo público em caso de aprovação da PEC. O material já foi distribuído para deputados e senadores no Congresso por representantes da categorias.

Além da Adpesp, Sindpesp e da Adepol do Brasil, também participaram do movimento entidades como: Fenadepol (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) e Sindpf-SP (Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado de São Paulo), entre outras.

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