Greve dos professores atinge 93% das escolas municipais de SP
Categoria protesta contra a reforma da Previdência dos servidores municipais.
Por G1 SP, São Paulo
14/03/2018 10h02 Atualizado há 1 hora
A greve dos professores da rede municipal de São Paulo atinge 93% das 1.550 escolas da administração direta, ou seja, que são administradas pela própria Prefeitura com o auxílio de funcionários públicos. A categoria protesta contra a reforma da Previdência de servidores municipais.
Das unidades de ensino, 46% aderiram à paralisação totalmente, 47% funcionam parcialmente e apenas 7% funcionam normalmente, de acordo com balanço fornecido pela própria Secretaria Municipal de Educação nesta terça-feira (13).
As unidades da administração direta incluem creches, EMEIs (Escolas Municipais de Ensino Infantil) e EMEFs (Escolas Municipais de Educação Fundamental). Outras 1.500 unidades são indiretas e administradas através de convênios com a iniciativa privada.
A Secretaria Municipal da Educação não possui a estimativa de alunos afetados com a greve, mas informa que as aulas perdidas serão repostas e orienta os pais a ligarem para as escolas antes de enviarem seus filhos para confirmar se haverá aula.
No início da tarde desta quarta-feira (14), professores municipais realizavam um protesto na frente da Câmara Municipal, no Viaduto Jacareí. Eles tentavam entrar no prédio para acompanhar a audiência da Comissão de Finanças e Orçamento, que é a porta de entrada dos projetos no Legislativo. O projeto precisa passar por outras duas comissões posteriormente antes de ser votado no plenário.
A greve teve início na última quinta-feira (8). Na mesma data, os professores realizaram um protesto em frente à sede da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, no Centro.
Reforma
A reforma da Previdência municipal será uma das principais discussões do semestre na Câmara Municipal de São Paulo.
De acordo com o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (SINPEEM), cerca de 220 mil servidores serão afetados caso a reforma seja aprovada. A principal reivindicação é contra o aumento da contribuição previdenciária, que hoje é de 11% e que, segundo o Sindicato, passará a ser de até 19%. Em uma reunião de representantes o SINPEEM disse que irá "manter e intensificar a luta contra o confisco dos salários dos servidores municipais".
A Prefeitura de São Paulo informa que gasta R$ 1 bilhão por mês com os salários de 120 mil funcionários. Outros R$ 650 milhões vão para as aposentadorias de 97 mil servidores que já saíram da ativa.
Segundo a Prefeitura, esse valor só aumenta - principal argumento para o projeto de reforma da Previdência municipal. A Secretaria Municipal da Fazenda calcula que, em 2017, 11% do dinheiro da cidade, ou R$ 4,7 bilhões, foram usados para cobrir o rombo. Como comparação, o total de investimentos foi de R$ 1,1 bilhão
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