Remuneração média é maior do que policiais de outros Estados. MP foi editada por Bolsonaro em maio, durante a pandemia da covid-19
Com a aprovação nesta segunda-feira (21) da medida provisória que concedeu reajuste os agentes de segurança pública do Distrito Federal, a Câmara dos Deputados confirmou os novos salários estabelecidos pela medida editada pelo presidente Jair Bolsonaro em 26 de maio.
Pela proposta aprovada, o salário de um agente da Polícia Civil do Distrito Federal, por exemplo, que variava de R$ 8,7 mil a R$ 13,7 mil, passou para R$ 9,4 mil a R$ 14,8 mil. Delegados, que recebiam entre R$ 16,8 mil e R$ 22,8 mil, passaram a ganhar de R$ 18,2 mil a R$ 24,6 mil.
No caso dos policiais militares, o piso salta de R$ 5,2 mil para R$ 6,5 mil. Um coronel da PM do DF tinha a remuneração de até R$ 24 mil e passará a receber R$ 30 mil.
O impacto orçamentário anual estimado do reajuste é de pouco mais de R$ 519 milhões, dos quais R$ 370 milhões para atender a 16.271 militares ativos, 14.214 inativos e 3.505 pensionistas. Na Polícia Civil, R$ 149 milhões suportarão o reajuste de 4.185 servidores ativos, 4.233 aposentados e 1.047 pensionistas.
Contrário ao aumento, o partido Novo apresentou dois requerimentos para adiar a votação da medida provisória, mas acabou não conseguindo. Falando pela sigla, o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) criticou o reajuste neste momento.
“Não faz o menor sentido, na crise fiscal que o Brasil enfrenta hoje, darmos aumento de salário para determinadas categorias que estão entre as mais bem pagas do Brasil”, declarou. Ele afirmou ainda que os policiais do Distrito Federal já são os mais bem pagos do País. O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) também criticou o reajuste. “Por que os policiais do Distrito Federal têm de ganhar o dobro dos policiais do demais estados?”, indagou.
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