A intenção de João Doria de não renunciar ao governo de São Paulo e cumprir o mandato até o fim abriu uma guerra no PSDB. Aliados do vice-governador Rodrigo Garcia dizem que, caso confirme a especulação e fique, Doria sofrerá impeachment em tempo recorde na Assembleia Legislativa.
Seria uma carnificina a céu aberto no Estado que os tucanos governam desde 1995 ininterruptamente — na verdade, a única seção em que o PSDB ainda é de fato um partido grande.
Garcia trocou o antigo DEM pelo PSDB no ano passado num movimento arquitetado pelo próprio Doria. Seu plano era ter em São Paulo uma plataforma forte para sua candidatura presidencial.
O que nenhum dos dois contava era com a rejeição consolidada do governador paulista, que não só impediu que sua candidatura sequer ameaçasse decolar até aqui como também virou uma bigorna no pé do próprio Garcia.
E é por isso a revolta com sua ideia de ficar no cargo e apoiar o vice à sua sucessão direto da cadeira. Isso tiraria de Garcia a chance de fazer campanha como governador, se tornando conhecido e, principalmente, dissociando sua imagem da de Doria.
Aliados do governador, no entanto, que confirmam a informação dada pela Folha de S.Paulo de que ele cogita a sério não renunciar, afirmam que ele precisa desses 9 meses até o fim do governo para “reorganizar sua vida”.
Acontece que isso significaria a desorganização completa do PSDB, que já perdeu Geraldo Alckmin e aliados recentemente justamente por incompatibilidade com Doria.
Parabéns pelo blog
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