terça-feira, 22 de julho de 2025

Suspeitos pela morte de Nicolly podem ficar até três anos internados na Fundação Casa

 

 

Os dois adolescentes apontados como autores da morte de Nicolly Vitória, de 15 anos, podem ficar internados por até três anos na Fundação Casa. A internação provisória, inicialmente de 45 dias, foi determinada pela Vara da Infância e da Juventude. Após esse período, caberá ao juiz decidir pela prorrogação da medida socioeducativa, conforme previsto no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Os suspeitos, de 17 e 14 anos, foram apreendidos após o corpo da jovem ser encontrado com sinais de violência extrema, em uma lagoa de Hortolândia, na última sexta-feira (18).

Relação entre os três adolescentes é investigada

Nicolly mantinha um relacionamento com o adolescente de 17 anos, que também se relacionava com a jovem de 14. Os dois se conheciam desde a infância e chegaram a estudar juntos. Após a mudança da família de Nicolly para Mococa, o namoro continuou à distância.

No dia 29 de junho, a adolescente foi a Hortolândia para visitar o avô e reencontrar o namorado. Ela chegou a passar dois dias na casa dele e deveria retornar à casa do avô no dia 14 de julho, o que não aconteceu.

Corpo foi achado com sinais de agressão severa


Após o desaparecimento, familiares tentaram contato com o garoto, que alegou ter terminado o namoro e disse que Nicolly havia ido embora no dia 12. O avô da vítima registrou boletim de ocorrência, dando início às buscas.

O corpo foi encontrado na tarde de sexta-feira (18), em uma lagoa no bairro Jardim Santiago, por agentes da Guarda Municipal. Segundo a polícia, havia sinais evidentes de violência extrema. Manchas de sangue também foram localizadas na casa do adolescente de 17 anos.

Fuga e apreensão de responsáveis pela morte de Nicolly no Paraná

Após o crime, os adolescentes fugiram para Cornélio Procópio (PR), onde foram encontrados na casa da avó do suspeito mais velho. Eles estavam com dois celulares, que foram apreendidos e agora passam por perícia.

De acordo com o delegado responsável pela apreensão no Paraná, João Manoel, os dois adolescentes confessaram o crime e também a ocultação do cadáver. “Eles disseram que estavam com medo e fugiram, por isso estavam aqui em Cornélio”, afirmou.

Segundo o delegado responsável pelo caso em Hortolândia, José Regino Melo Lajes Filho, os adolescentes relataram que o crime ocorreu após um desentendimento motivado por ciúmes.

“Eles disseram que o crime aconteceu porque a vítima foi na casa do adolescente, porque tinha um relacionamento anterior com ele, não aceitava e flagrou os dois lá tendo um relacionamento, ficou com ciúmes e quis agredir os dois, pegou uma faca que tinha lá na residência. E eles, pra se defender, acabaram esfaqueando ela. Inicialmente, eles disseram que não tinham intenção de assassinar a adolescente, mas quando perceberam o que tinha acontecido, eles tiveram a ideia de esconder o corpo. Para isso, eles esquartejaram corpo”,

explica o delegado.

Lajes Filho também afirmou que os adolescentes não demonstraram arrependimento durante o depoimento. “Eles não demonstram arrependimento, mas falam que sim. Eles dizem que não é isso que eles queriam, mas quando perceberam o que tinham feito, resolveram fugir.”

Despedida de Nicolly marcada por comoção

O velório e o sepultamento de Nicolly aconteceram neste domingo (20), em Mococa, cidade onde a adolescente vivia com a família. A cerimônia foi marcada por forte comoção, com a presença de familiares, amigos e moradores que se uniram em torno da dor e da indignação pelo crime.

Durante o velório, amigos e familiares realizaram uma manifestação pedindo justiça. Cartazes e camisetas carregavam mensagens contra a impunidade e em homenagem à jovem.

A mãe da vítima, Priscila Magrin, contou que Nicolly era uma jovem sonhadora, com talento para as artes e que desejava ser pilota de avião. “Mataram a minha filha por causa de nada”, diz a mãe, abalada.


O pai, Vinicius Roberto Magrin, segurava um cartaz pedindo justiça. Emocionado, lamentou a perda precoce da filha. “É cruel perder uma filha, 15 anos, tinha tudo pela frente”, afirmou.

** Com informações de Júnia Vasconcelos/EPTV Campinas

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