Foto com inscrições alusivas ao PCC dentro da Escola Superior de Soldados, na Zona Norte, circula nas redes sociais, causando indignação entre policiais militares. Secretaria da Segurança informa que Polícia Militar repudia gesto e determinou apuração para punir responsável.
Por Kleber Tomaz, G1 SP — São Paulo
PM investiga soldado suspeito de escrever citações alusivas a uma facção criminosa dentro do estande de tiro da escola de formação de soldados na Zona Norte da capital de São Paulo. Foto sobre o caso viralizou nas redes sociais — Foto: Reprodução/Redes sociais
A Polícia Militar (PM) investiga um soldado acusado de escrever o nome e símbolos de uma facção criminosa dentro do estande de tiro da escola de formação de soldados da corporação, em Pirituba, na Zona Norte de São Paulo.
Uma foto dessas inscrições alusivas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) circula desde terça-feira (18) nas redes sociais, causando revolta entre policiais militares (veja acima).
Na fotografia é possível ver a sigla “PCC”; os números “1533”, correspondente a ordem das letras da facção no alfabeto; e o símbolo chinês ‘Yin Yang’, adotado pela quadrilha que atua dentro e fora dos presídios paulistas. Também há a frase “nóis ta presente” e “PM”, que é a abreviatura para Polícia Militar.
Segundo policiais militares, a foto foi tirada por um sargento, que ficou indignado ao ver as inscrições alusivas à facção, escritas com giz, sobre o batente do estande do Centro de Tiro Coronel Nilson Girardi na Escola Superior de Soldados da PM em Pirituba.
Outros PMs, que se sentiram incomodados, compartilharam a imagem que aparece acompanhada da mensagem: “Encontrado hoje no estande de tiros, escola de formação de soldados”.
Foto área mostra a Escola Superior de Soldados da PM, em Pirituba, na Zona Norte de São Paulo — Foto: Reprodução/Polícia Militar de SP
De acordo com policiais, um dos soldados em formação queria fazer uma "brincadeira" ao escrever o nome e símbolos da facção. Elas teriam sido feitas durante as aulas de Pista Policial de Instrução (PPI) e Pista Policial de Aplicação (PPA), que simulam a entrada de policiais numa comunidade fictícia.
Mesmo assim, a foto sobre a facção acabou viralizando nos aplicativos de mensagens de celular e chegou ao conhecimento do G1, que procurou a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a Polícia Militar para comentarem o assunto.
Por meio de nota, a SSP informou que a corporação repudia as inscrições, que foram feitas por um soldado. A pasta diz ainda que irá apurar a conduta do policial para tomar as medidas cabíveis na esfera administrativa.
“A Polícia Militar esclarece que as inscrições foram produzidas por um soldado em formação, em cenário de treinamento dos policiais. A atitude não condiz com as orientações e conceitos da instituição, que já instaurou procedimento para analisar o caso e responsabilizar o autor na esfera administrativa”, informa o comunicado da Secretaria da Segurança
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