Semana de visitas será decisiva para saber próximos passos do PCC
Promotor que investiga a facção em SP acredita que não será feito nenhum ataque dentro e fora dos presídios sem o aval dos presos transferidos
Kaique Dalapola, do R7
Presos foram transferidos de Presidente Venceslau
Jardiel Carvalho/Folhapress
Transferidos de penitenciária de São Paulo para presídios federais no dia 13 de fevereiro, os 22 presos apontados como líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) devem receber as primeiras visitas no final da próxima semana — quando se completa um mês de castigo.
De acordo com o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, responsável pelas investigações contra o PCC no Estado de São Paulo, “por enquanto os líderes transferidos estão isolados, sem visitas”.
Ele acredita que qualquer ação promovida pela facção dentro e fora dos presídios só deve acontecer depois dos transferidos serem comunicados: “Nada será feito sem o aval deles”.
Dois dias depois das transferências, o R7 teve acesso a mensagens trocadas pelo WhatsApp por supostos integrantes da facção em liberdade que afastava a possibilidade de reações violentas.
O recado, apontado como comunicado oficial da facção, dizia que os membros do grupo deveriam agir com “inteligência” e que deveriam “se unir mais ainda e não cair no jogo sujo dos inimigos”, o que teria indicado que precisava aguardar o aval dos supostos chefes.
Segundo Gakiya, desde as transferências dos presos da Penitenciária de Presidente Venceslau, a cerca de 610 km de São Paulo, está “tudo do mesmo jeito” nos presídios e com relação a segurança nas ruas.
Apesar de não ter informações de como estão os presos dentro dos presídios federais, por se tratar de outra administração, o promotor afirma que em São Paulo não teve nenhum “salve” — comunicado geral da cúpula da facção para os membros.
Um dia antes das transferências dos supostos líderes do PCC para presídios federais, o Ministério da Justiça e Segurança Pública mudou as regras das visitas. Com as alterações, os presos poderão se comunicar apenas separadas por vidros — com interfone — ou videoconferências.
Conforme a pasta, as visitas serão "destinadas exclusivamente à manutenção dos laços familiares e sociais, e sob a necessária supervisão". Os supostos líderes do PCC não terão visitas íntimas e não terão contato com visitates no pátio dos estabelecimentos prisionais.
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