Jovens que vandalizaram escola irão para Fundação Casa
Três alunos detidos por suspeitas de ameaçar uma professora e vandalizar a sala de Aila da Escola Estadual Maria de Lourdes Teixeira, em Carapicuíba (SP), serão internados na Fundação Casa.
Outros seis alunos que também haviam sido apreendidos pela Polícia Civil acabaram liberados por determinação da Vara da Infância e Juventude. Por decisão judicial, um outro aluno não foi detido.
Mais sobre o caso:
A Promotoria da Infância e da Juventude pedirá a internação dos dez estudantes envolvidos na ameaça e no vandalismo, enquanto o Ministério Público já informou que recorrerá da decisão que transferiu três deles para a Fundação Casa.
Dentro da Fundação, o intuito é que os jovens apreendidos cumpram diversas atividades com foco socioeducativo. De acordo com o portal G1, eles seguem presos em uma delegacia em Barueri, cidade vizinha de Carapicuíba, até que haja vaga para eles na Fundação Casa.
Na maioria dos casos, o tempo inicial de internação nestes casos é de 45 dias prorrogáveis, mas nem MP e nem Tribunal de Justiça informaram até o momento quanto tempo os estudantes ficarão presos.
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A polícia informa que os alunos detidos admitiram ter ameaçado a professora. As imagens, gravadas por alunos, circulam nas redes sociais e mostram os estudantes arremessando cadeiras e mesas no chão e livros em direção à professora.
Violência fez professora ter surto
Após presenciar a violência dos alunos dentro de sala de aula, na última sexta-feira (31), a professora, de 45 anos, da Escola Estadual Maria de Lourdes Teixeira, em Carapicuíba, sofreu um surto em sua casa.
Familiares da docente relaram que, no domingo (2), a professora quebrou e arremessou objetos, gritou e teve seguidas convulsões que a levaram, primeiramente, para o Pronto-Socorro municipal de Itapevi, cidade vizinha à Carapicuíba.
A professora, que leciona língua portuguesa e inglês, é filha de um professor de história e geografia de 77 anos, e foi ele quem a socorreu.
“Imagina um pai ver uma cena dessa. Foi ele quem levou minha irmã, inicialmente, ao pronto-socorro, e ficou ao lado dela. Na verdade, está destruído também”, disse uma das irmãs da vítima que também é professora e trabalha na mesma escola estadual.
Ela descreveu a irmã como uma pessoa educada, tranquila, pacífica e que não gosta de discussão. “Tudo para ela é na base do diálogo, da conversa”, diz.
A professora é docente há 26 anos. Nesta escola, dobra o período: manhã e tarde. Na semana, são cerca de 45 aulas. É divorciada, mãe de universitário de 19 anos e cristã, e também é descrita como amante de leitura, cinema e teatro.
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