Polícia Civil apreende adolescente com 'fábrica' de diplomas e atestados falsos em Sorocaba
Menor de idade anunciava a venda dos documentos em um grupo no Facebook. Policiais simularam uma compra e apreenderam o adolescente em flagrante quando ele foi fazer a entrega.
Por Natália de Oliveira, G1 Sorocaba e Jundiaí
A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Sorocaba (SP) apreendeu na tarde desta quinta-feira (25) um adolescente de 17 anos suspeito de vender documentos falsos pela internet.
Com ele, os policiais encontraram uma grande quantidade de diplomas e históricos escolares, papéis em branco para impressão de documentos, computadores e impressoras. Até um bloco de atestado médico com carimbo de um profissional que trabalha na Prefeitura de Sorocaba foi apreendido.
De acordo com o delegado titular da DIG, Acácio Aparecido Leite, o caso começou a ser investigado por causa de um post do adolescente em um página de vendas no Facebook.
Na postagem, o adolescente oferecia histórico escolar ou certificado de vários cursos em 24 horas pelo preço de R$ 80. "Fizemos a simulação da compra de um documento e acabamos apreendendo o adolescente no momento da entrega em um shopping da cidade."
O motorista de um aplicativo de transporte, que acompanhava o menor durante as entregas, foi detido, mas liberado depois de ser ouvido. "Ele alegou apenas prestar o serviço de transporte, que não sabia de nada nem fazia parte do esquema. Mas ainda iremos investigar a participação dele no caso", diz Acácio.
Ao ser detido, o menor disse aos policiais que apenas entregava os documentos e que teria um patrão. Mas a polícia encontrou todo um aparato montado na casa dele, como computadores, impressora e folhas em branco, que possibilitava a fabricação de todos os documentos falsos.
Entre os papéis apreendidos estão diplomas universitários, históricos escolares de várias instituições, holerites e até certificado de formação de bombeiro civil.
Depois de ser ouvido, o adolescente foi liberado na presença de uma tia, que é sua tutora desde a morte de seus pais. A polícia vai investigar agora a participação de outras pessoas no esquema e se as pessoas cujos nomes estão nos documentos falsos se beneficiaram da fraude.
O menor vai responder por ato infracional por falsificação de documentação.
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