segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Bancários entram em greve nesta terça-feira












Bancários entram em greve nesta terça-feira

05 / 09 / 2016 | 20h45
DE A TRIBUNA ON-LINE

Categoria rejeitou proposta apresentada pela Fenaban de 6,5% mais abono



Parte das atividades bancárias serão paralisadas
nesta terça-feira (Luigi Bongiovanni/AT)
Os bancários entrarão em greve nesta terça-feira (6) por tempo indeterminado. A decisão da categoria é resultado de uma insatisfação da proposta salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os trabalhadores pedem a reposição da inflação 9,57% mais 5% de reajuste. Os bancos, por sua vez, ofereceram 6,5% de correção mais abono de R$ 3 mil.

A decisão pela greve foi tomada na sexta-feira (2), quando a oferta da classe patronal foi rejeitada. Nesta segunda-feira (5), os profissionais se reuniram no Sindicato dos Bancários de Santos e Região, apenas para definir as ações da greve. A data-base dos bancários é 1º de setembro.
“Os banqueiros lucraram quase R$ 70 bilhões no ano passado, 16,2% mais do que em 2014, à custa da classe trabalhadora. Para os bancos não existe crise e eles têm plenas condições de atender a reivindicação de 14,78% de reajuste salarial, além das demais pautas por melhores condições de trabalho”, afirma Eneida Koury, presidente do sindicato.
Negociações e abono
Até agora foram cinco rodadas de negociação, entre os dias 18 e 30 de agosto. Dentre as propostas, o abono não é bem-visto pela categoria.
“O abono é uma estratégia usada pelas empresas para achatar os pisos de ingresso e não recompor o poder de compra dos salários, com o objetivo claro de acumular lucro”, explica Ricardo Saraiva Big, secretário geral do sindicato.
Segundo o sindicalista, o abono produz perdas sobre o 13° salário, férias, INSS, FGTS, PLR, sendo que após um ano não existirá mais e as perdas inflacionárias continuarão a existir.
Principais reivindicações:
Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de reajuste;
PLR: 3 salários mais R$8.317,90;
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
Vale-alimentação: no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo);
Vale-refeição: no valor de R$880,00 ao mês;
13ª cesta e auxílio-creche/babá: no valor de R$880,00 ao mês;
Melhores condições de trabalho: com o fim das metas e do assédio moral que adoecem os bancários;
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
Prevenção contra assaltos e sequestros:permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

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