Manifestação, que seguiu até as 20h, aconteceu na altura da Rodovia Presidente Dutra, sentido Ayrton Senna, e a Polícia Militar foi chamada para desobstruir a via.
Por G1 SP e TV Globo — São Paulo
Manifestantes ateiam fogo em pneus e fecham pista da Marginal Tietê em SP
Funcionários em greve da Fundação Casa fecharam uma das pistas da Marginal do Tietê na tarde desta quinta-feira (17) nas proximidades da unidade da Vila Maria, na Zona Norte de São Paulo.
O ato, que foi encerrado por volta das 20h, acontecia na altura da rodovia Presidente Dutra, no sentido Ayrton Senna. Os manifestantes colocaram fogo em pneus e bloquearam totalmente a passagem de veículos no local.
A Polícia Militar foi chamada para desobstruir a via, e homens da Tropa de Choque munidos de escudos estão no local. Eles negociam a liberação do trecho pacificamente.
Os funcionários da Fundação Casa estão em greve desde a quarta-feira (16) em várias regiões do estado de São Paulo e reclamam da falta de reajuste salarial e da mudança no pagamento do vale-refeição feito pela entidade.
Funcionários da Fundação Casa protestam e fecham pista da Marginal Tietê, em São Paulo
Greve de funcionários
O Sindicato dos Trabalhadores nas Fundações Públicas de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Privação de Liberdade do Estado de São Paulo (Sitsesp), afirma que a “administração da Fundação Casa não teve respeito à pandemia, colocando em risco a vida de funcionários e menores”.
“Fecharam diversas unidades e transferiram arbitrariamente vários funcionários. Se recusaram a dar reajuste no salário, com a inflação disparando e corroendo os salários. Estão querendo retirar direitos, como o vale-refeição, em plena pandemia”, diz o sindicato.
“Além de negociações, houve conciliações no TRT, com a presença do Ministério Público, na tentativa de resolver o conflito pacificamente. O sindicato se colocou favorável à proposta apresentada pelo TRT e MP, mas a Fundação Casa se demonstrou intransigente e se recusou a aceitar o acordo proposto na conciliação. Frente a isso, não houve outra saída aos servidores a não ser exercer seu direito de greve”, completou o Sitsesp.
Em nota divulgada nesta quarta-feira (16), a Fundação Casa se posicionou sobre a greve dos funcionários e esclareceu que realizou reuniões com os funcionários, a fim de chegarem a um acordo, antes que a greve fosse votada. Confira a nota na íntegra:
"A Fundação Casa lamenta a intransigência do SITSESP [Sindicato dos Trabalhadores nas Fundações Públicas de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Privação de Liberdade do Estado de São Paulo], entidade sindical que representa parte dos servidores da instituição, pela decisão de implementar um movimento de greve em plena pandemia de Covid-19.
A fundação destaca que, durante todo período da pandemia de Covid-19, nunca houve atraso ou suspensão nos pagamentos e nos benefícios [vale refeição, alimentação e convênio médico], e todos empregos foram mantidos. Essa é uma situação completamente oposta ao do restante da população, que atualmente sofre com uma grave crise econômica causada pela pandemia.
Por conta do caráter essencial do serviço prestado pela Fundação Casa, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região [TRT-2] determina que 70% do efetivo esteja trabalhando. Além disso, o julgamento do dissídio já está instaurado, com a data do julgamento marcada para a próxima quarta-feira [23]. Os pleitos serão analisados pela Justiça do Trabalho.
A Fundação Casa ainda reforça que sempre esteve aberta ao diálogo com o sindicato e que realizou inúmeras reuniões com o propósito de chegar a um acordo".
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