quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

MPF quer impedir que Escola Militar interfira no corte de cabelo dos alunos e Bolsonaro pede para que pais recorram


Decisão do Ministério Público Federal da Bahia também impede autoridades de opinarem sobre a cor das unhas e a maquiagem dos estudantes
O Ministério Público Federal (MPF) da Bahia determinou que escolas públicas militarizadas sejam impedidas de interferir em corte de cabelo, cor de unhas e maquiagem de estudantes ou os impeçam de 'namorar' e se manifestar politicamente.
O modelo tem crescido e faz com que uma escola municipal ou estadual passe a ter administração compartilhada entre a secretaria da Educação local e a Polícia Militar. A ideia é semelhante ao que o governo Jair Bolsonaro anunciou este mês como prioridade para o Ministério da Educação (MEC). Para o MPF, elas têm visão “autoritária” e restringem a liberdade de expressão.
“As escolas públicas são para comunidade geral, não se pode suprimir as individualidades. Os alunos necessariamente não querem ser militares, podem querer ser artistas, por exemplo”, diz o procurador do MPF-BA Gabriel Pimenta.
Nesta segunda-feira(30), através das redes sociais o Presidente Jair Bolsonaro recomendou que as escolas, os pais ou os alunos recorram da decisão do MPF, para que a recomendação seja cassada.
“- Sugerimos que a Escola, qualquer pai, mãe, aluno, ou interessado da comunidade manifeste irresignação (recorra) à 1ª Camara de Coordenação e Revisão do MPF (sede da PGR/Brasília).
- Dessa forma a recomendação poderá ser cassada”, afirmou Bolsonaro.
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da Redação
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