sábado, 29 de dezembro de 2018

Socioeducadores terceirizados serão mantidos, diz novo superintendente



Socioeducadores terceirizados serão mantidos, diz novo superintendente
Profissionais irão passar por um processo de capacitação. Lei foi sancionada na manhã desta terça-feira (28).
28/06/2016 15h37 - Atualizado em 28/06/2016 20h13
Por Lena Sena
Do G1 Ce
O superintendente da Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo, Cássio Franco, que assumiu a pasta na manhã desta terça-feira (28), durante uma solenidade realizada no Palácio da Abolição, em Fortaleza, afirmou que os socioeducadores terceirizados que trabalham atualmente nos centros socioeducativos não serão demitidos.

“A princípio o que a gente quer agora é dar uma nova rotina, trazer novos critérios, novos procedimentos, criar normas operacionais internas, que proporcione que esses profissionais passem por um processo de formação e capacitação. Então, aqueles que estiverem dispostos a se comprometerem com o processo, irão permanecer”.

As próximas contratações para socioeducadores serão realizadas através de seleção pública, que conta com fases como prova objetiva, análise de currículo, investigação social e capacitação, de caráter eliminatório. “Estamos tentando ser bastante criteriosos com a escolha desse pessoal que irá atuar dentro dos centros”, disse. As inscrições para o cadastro reserva já estão abertas e podem concorrer maiores de 18 anos com nível médio concluído.

Conforme Cássio, esse primeiro momento que assume a pasta será usado para organizar as questões burocráticas. “Nesses primeiros três meses vai haver a transição com a STDS, que ainda está responsável pelos convênios e os contratos atuais, até que a própria secretaria tenha condições de fazer a gestão dos próprios contratos”, afirma. A partir de agora o novo órgão fica responsável pela gestão do sistema socioeducativo do estado, que antes era atribuição da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS). Além da seleção de pessoas, será realizada também a seleção das entidades que irão trabalhar junto com a superintendência, através do processo de licitação.

Governador Camilo Santana recebeu Cássio Franco para assinatura da lei que cria a Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Foto: Lena Sena/Do G1 CE)
Governador Camilo Santana recebe Cássio durante
assinatura da lei que cria a Superintendência
(Foto: Lena Sena/Do G1 CE)
Para o governador Camilo Santana, a criação da superintendência é um passo importante para a construção de um novo modelo nos centros socioeducativos. “A partir de agora nós temos um órgão público do estado para cuidar dessa área, o que irá garantir maior agilidade nos processos”, disse. A Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo irá funcionar de maneira autônoma, com apoio do Governo do Estado do Ceará.

Atualmente o Ceará possui 16 centros socioeducativos, sendo 10 em Fortaleza e 6 no interior, que abrigam cerca de 950 adolescentes. Para o superintendente, o número de vagas existentes é suficiente para atender a demanda. “Nosso problema não é de superlotação e sim da má distribuição desses jovens. Ocorre que algumas unidades comportam muitos adolescentes e outras estão abaixo da capacidade, então essa parte da distribuição física não é o problema principal”. Para ele, o importante no momento é garantir a melhoria do serviço nessas unidades. “Queremos promover melhoria para o adolescente e também para o servidor que está lá dentro”, afirma.

Cássio Franco é paranaense e já atuou como agente socioeducativo temporário, depois ingressou como servidor público, foi coordenador de disciplina e segurança, diretor de unidade socioeducativa, atuou na coordenadoria da gestão do Estado do Paraná e antes de vim para o Ceará, foi convidado para prestar consultoria no Acre, em um momento que o estado passava por dificuldades na segurança

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