sábado, 15 de dezembro de 2018

AGENTES SOCIOEDUCATIVOS CONTROLAM PRINCÍPIO DE INCÊNDIO NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO

AGENTES SOCIOEDUCATIVOS CONTROLAM PRINCÍPIO DE INCÊNDIO NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO DE SANTA MARIA (UISM) No fim da tarde de hoje (14/12) internos do módulo 03 da Unidade de Internação de Santa Maria (UISM), cidade satélite de Brasília, atearam fogo em colchões afim de iniciarem um motim. A equipe de plantão rapidamente interviu conseguindo controlar as chamas. Neste momento, com a ocorrência do módulo 03 já controlada, os internos do módulo 04, repetiram o mesmo ato, ateando fogo em colchões. Haviam 15 internos no módulo 03 e 24 internos no módulo 04. Como a equipe já estava toda próxima a ocorrência, conseguiram controlar as chamas com mais brevidade. As chamas danificaram as postas dos alojamentos e as paredes do corredor de acesso aos alojamentos dos internos, não houve rebelião ou tentativa de fuga, mas a situação poderia se complicar, pois além da falta de equipamento de proteção, os colchões são altamente inflamáveis. Os poucos extintores que tem, não são apropriados para as ocorrências. Graças a rápida ação dos agentes socioeducativos todos passam bem, posteriormente as guarnições dos bombeiros e da Policia Militar chegaram ao local. Os internos foram todos escoltados a Delegacia da Criança e Adolescente (DCA1) e posteriormente ao Instituto Médico Legal (IML). Vale ressaltar que não são fornecidos equipamentos de proteção individual (EPIs) para que os agentes consigam atuar melhor nesse tipo de ocorrência, como: Mascara de gás, luvas, capa ante chamas, capacete de bombeiros, coturnos ou botas, nem algemas suficientes para controlar uma situação de grande proporção. Estas reinvindicações dos servidores e do Sindicato dos Servidores do Sistema Socioeducativo são bem antigas, contudo o GDF insiste em não atender. “Em 2014, após uma ocorrência de incêndio no módulo 04 da UISM, a qual conseguimos também retirar todos os internos com vida, fiquei mais de quatro meses com problemas respiratórios, por não ter uma máscara de gás sequer” afirmou o diretor jurídico, Agente Socioeducativo, Wagner Matos. A falta de diálogo do Governo com os servidores é tamanha que ao construírem as novas unidades, não consultaram os servidores que atuam diretamente com as medidas socioeducativas. As novas unidades de Santa Maria, São Sebastião e as futuras unidades de internação de Brazlândia e Feminina do Gama não dispõe de acesso a viaturas do corpo de bombeiros, não há sistema contra incêndio, os corredores possuem menos de dois metros de largura, com portas viradas praticamente uma de frente para outra, sem ventilação. Erros estruturais, que dificultam ainda mais o trabalho dos poucos agentes socioeducativos, e que poderiam ter sido sanados. O mês de dezembro no sistema socioeducativo é um mês que geralmente há mais ocorrências dessa natureza, como também há mais incidência de superlotação, devido a cultura dos jovens envolvidos com o crime de cometerem roubos e assaltos com o objetivo de passarem as festividades de fim de ano “curtindo”. Em maio deste ano, nove internos morreram queimados em uma unidade provisória de Goiânia. Portanto, ressaltamos a importância dos agentes socioeducativos estarem munidos de equipamentos adequados e treinados para este tipo de situação. Diretoria SINDSSE/DF

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