Motivo tem a ver com as condições que regem os pagamentos associados ao piso nacional; saiba o que muda a partir de janeiro.
Caso as projeções da inflação para este ano se concretizem, alcançado o patamar de 7% ao ano, o salário mínimo pode passar dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.177 a partir de janeiro de 2022. Ou seja, um acréscimo de R$ 77.
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A princípio, previsões do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) indicavam que a inflação 2021 ficaria em 5,50%. Entretanto, o percentual hoje já é de 6,20%. Se o houver de fato o aumento, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que trazia o piso do próximo ano a R$ 1.147, será desconsiderada.
Seja qual for o reajuste do salário mínimo para 2022, a mudança afetará diretamente benefícios sociais e programa do governo, como o seguro-desemprego, abono salarial PIS/Pasep, dentre os demais benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) (aposentadorias, pensões e o BPC, por exemplo).
O motivo tem a ver com as condições que regem os pagamentos associados ao piso nacional. Elas determinam que os benefícios não podem ser repassados aos cidadãos abaixo do salário mínimo.
Poder de compra sem ganhos reais
Se a inflação deste ano cumprir as previsões e chegar a 7%, o salário mínimo terá seu maior reajuste em seis anos. Isso porque, em 2016, a correção do piso nacional fechou em 11,6%. Até então, nenhum percentual superou essa marca.
Apesar de ser considerado o maior reajuste desde 2016, a correção do salário mínimo do ano que vem ainda não disponibilizará ganhos reais ao bolso do trabalhador brasileiro. Com os aumentos nos produtos da cesta básica, por exemplo, o governo apenas mantém o poder de compra.
De acordo com uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), para viver tranquilamente, um salário mínimo de R$ 5.421,84 seria o ideal para o trabalhador brasileiro em 2021.
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