Agente penitenciário é preso suspeito de sumir com mais de 20 armas doadas ao Depen
Publicado em 3 de fevereiro de 2017,17:20
Da Redação
O agente penitenciário Sebastião Batista Ramos Neto, de 40 anos, foi preso nesta quinta-feira (2) suspeito de desviar 22 armas do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen). De acordo com a Polícia Civil, o servidor foi preso por investigadores da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) em uma autoescola do bairro Xaxim, em Curitiba. A ação contou com o apoio da Corregedoria do Depen, que informou que já vinha investigando desvios de conduta anteriores de Neto.
Segundo o delegado Emmanoel David, várias testemunhas afirmaram que viram Ramos Neto com as armas fora da instituição. “Foram três meses de investigações deste suspeito. Recebemos informações do Depen que ele já passava por um processo administrativo por faltas funcionais e chegou a ser afastado do cargo. Neto era o responsável por armazenar e distribuir as armas para outros servidores para treinamento e deveria armazenar as armas em paiol específico. Em auditoria foi constatado o sumiço”, explicou.
As armas foram doadas ao Depen pela Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (Deam) em junho de 2015, mas o desvio aconteceu no ano seguinte, 2016. A Polícia Civil acredita que os desvios tenham acontecido entre junho e setembro.
Entre as armas doadas estavam 30 revólveres; 61 espingardas calibre 12 e 69 carabinas. Porém, 22 armas foram desviadas da instituição – dois revólveres; oito espingardas calibre 12 e 12 carabinas. Na época da doação, o agente penitenciário foi pessoalmente até a Deam para buscar as armas doadas, porém, elas não foram localizadas nas dependências da instituição.
“Não resta dúvida da autoria. Não resta dúvida da condição que ele tinha de guardar esses objetos e que tenha desviado para vender e assim aumentar o patrimônio. Hoje ele está custodiado dentro de uma penitenciária, juntamente com outros presos, mas, evidentemente, com todas as cautelas por ele ser um servidor público. O procedimento dentro da corregedoria do Depen está instaurado e ele já está enfrentando o processo disciplinar que vai ao Conselho Disciplinar e Administrativo do Depen. Certamente sofrerá as reprimendas próprias dessa conduta, ou seja, ele é sujeito a aplicação da pena de demissão”, disse o diretor do Depen, Luiz Alberto Cartaxo de Moura.
Neto agora está preso em Piraquara, onde permanece à disposição da Justiça. Ele responderá pelo crime de peculato, a pena do crime varia de 2 a 12 anos por cada arma. As investigações continuam com o objetivo de localizar as armas desviadas.
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