quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Um mês para falar sobre a vida: GMST da Fundação CASA ressalta a importância da campanha Setembro Amarelo

 


Criada por entidades como CVV, Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a Campanha mostra que discutir o tema é essencial

Servidor da Fundação CASA abraça um jovem em medida socioeducativa, transmitindo acolhimento e empatia.
Servidor da Fundação CASA acolhe jovem em medida socioeducativa, reforçando a importância do apoio e da escuta no Setembro Amarelo (Foto: Marcelo Machado/Fundação CASA)

A Gerência de Medicina e Segurança do Trabalho (GMST) da Fundação CASA, por meio de seu Projeto Saúde em Foco, ressalta a Campanha Setembro Amarelo e o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10 de setembro) como marcos simbólicos para destacar a importância do acolhimento e da saúde mental no combate ao suicídio, tema que, durante muito tempo, foi considerado um tabu.

Criada em 2014 por entidades como o CVV (Centro de Valorização da Vida), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a Campanha vem, ano a ano, mostrando que discutir o tema de forma responsável é vital para reduzir as taxas de suicídio no Brasil, que registra em média 42 mortes por dia.

No último ano, a GMST constatou um aumento no número de atendimentos psicossociais voltados para servidores. A informação denota uma mudança de postura: os colaboradores estão buscando suporte para aprimorar a qualidade de vida.

A chefe da Seção de Assistência Psicossocial e Bem-Estar do Servidor (SAPBES) e especialista em neuropsicologia, Andrea Thomaz de Almeida, ressalta que o setor psicossocial da instituição passou por uma ampla reestruturação. “Buscamos oferecer acolhimento, orientações, encaminhamentos, rodas de conversa e oficinas em parceria com equipes médicas, de enfermagem e segurança do trabalho, bem como parceria de trabalho junto aos gestores da Fundação”, disse.

Ela reforça que a prioridade é atuar de forma preventiva: “Nosso desafio é acolher antes do adoecimento, encaminhar de maneira assertiva e promover um clima organizacional saudável. A equipe SAPBS está à disposição por meio do canal de acolhimento.”

A profissional destaca quais atividades podem ajudar a prevenir a ideação suicida. “Procurar ajuda é fundamental. Ter uma rede de apoio, seja ela familiar ou no ambiente de trabalho, fazer psicoterapia ou tratamento psiquiátrico para auxiliar na regulação das emoções. Exercícios físicos, lazer e atividades que deem prazer, grupos religiosos para fortalecer a espiritualidade, atividades culturais e sempre ter pessoas de sua confiança e acesso para conversar”, explicou.

Por fim, a chefe de seção elenca alguns fatores de risco mais relevantes:

– Transtornos mentais: depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, transtornos de ansiedade;
– Tentativa prévia de suicídio (maior fator de risco individual);
– Abuso de álcool e outras drogas;
– Isolamento social, conflitos familiares ou término/ruptura de relações;
– Histórico de trauma, negligência ou abuso na infância;
– Perdas recentes ou crises legais/financeiras;
– Doenças crônicas, dor persistente ou incapacitantes;
– Impotência percebida, desesperança, vergonha intensa.

Telessaúde Mental
Dentro do contexto do Setembro Amarelo, a GMST destaca uma iniciativa que vem transformando a realidade de servidores estaduais que são usuários do IAMSPE: o serviço de Telessaúde Mental.

O programa oferece acesso online a atendimentos psicológicos e psiquiátricos para titulares e dependentes, promovendo saúde mental no ambiente de trabalho.

Setembro Amarelo é todo dia!
O Setembro Amarelo não se limita a um mês. Ele é um movimento permanente que convida à reflexão sobre a importância de falar sobre saúde mental, oferecer apoio e fortalecer redes de cuidado.

Fique atento se notar em um colega ou familiar: isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse pelas atividades costumava gostar, pouco cuidado com a aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer” podem indicar necessidade de ajuda.

A ajuda pode vir de um amigo, pai, colega de trabalho ou escola, professores, ou alguém que esteja próximo a quem precisa e também dos voluntários do CVV, que são treinados para conversar com pessoas que estão passando por dificuldades.

Para conversar com um voluntário, basta ligar para o telefone 188, de forma gratuita, que funciona 24 horas. Também é possível mandar um e-mail ou falar pelo chat, que podem ser acessados ​​pelo site www.cvv.org.br.

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