segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Servidores organizam manifestação contra Reforma Administrativa

 


Entidades preparam ato para final de outubro e prometem pressionar parlamentares para derrubar proposta que foi apresentada na Câmara dos Deputados

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Já Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do Distrito Federal (Sindsep-DF) avalia que a proposta é um "ataque ao funcionalismo público e ao acesso da população a serviços essenciais". A entidade busca contato com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar frear a medida.

A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), por sua vez, classificou a matéria como uma "farsa de reforma administrativa" e alertou para medidas como o fim da estabilidade, ampliação da contratação temporária e restrições ao teletrabalho. "A Fenajufe segue acompanhando os andamentos no Congresso Nacional para se antecipar quanto às eventuais manobras para aprovação do texto sem discussão", ressaltou a federação.

Setores divergem sobre reforma

A proposta, protocolada na quinta passada (2/10), foi impulsionada por um movimento de entidades empresariais. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e mais de 120 instituições do setor produtivo defenderam o texto como uma "modernização necessária" da máquina pública.

Entre os pontos que mais desagradam ao funcionalismo estão o endurecimento das regras para estabilidade, a restrição da abertura de novos concursos públicos, e o combate aos chamados "supersalários". A PEC estabelece que servidores não poderão receber acima do teto constitucional, eliminando penduricalhos e benefícios extras. Além disso, o texto limita o home office a apenas um dia por semana.

Para os servidores, as mudanças abrem espaço para maior instabilidade e enfraquecem as garantias de carreira. Já os defensores da proposta afirmam que ela corrige distorções históricas e torna o serviço público mais dinâmico. O impasse promete se intensificar.

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