Entre os dias 14 e 16 de outubro, representantes da instituição participaram de discussões sobre educação, diversidade, segurança e justiça restaurativa, reforçando o papel de São Paulo na socioeducação do país
A Fundação CASA participou do Seminário de Atualização do Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo, realizado entre os dias 14 e 16 de outubro, em Brasília. O evento reuniu delegações estaduais, representantes de órgãos públicos, do sistema de justiça, conselhos, jovens em cumprimento de medidas socioeducativas e seus familiares, promovendo um amplo intercâmbio de experiências e ideias.
A delegação da Fundação CASA foi composta pela presidente Claudia Carletto, acompanhada da assistente de direção Olga Karina da Silva, respondendo pela Assessoria Especial de Política Socioeducativa (AESP); da psicóloga Kalina Lídia Freitas; e da agente de apoio socioeducativo Ana Paula Sousa Machado.
As representantes participaram de três grupos de trabalho, debatendo temas essenciais para os próximos 10 anos do Plano Nacional. No grupo de Respeito às Identidades e Diversidades, as discussões abordaram questões de gênero, sexualidade, raça, etnia, diversidade cultural, territorial e religiosa, com foco em estratégias para o enfrentamento ao racismo, à LGBTfobia, ao capacitismo e a outras formas de discriminação. As metas para o próximo decênio incluem o fortalecimento de políticas institucionais de equidade, a criação de espaços de escuta qualificada e o estímulo à formação continuada de servidores em direitos humanos e diversidade.
No grupo de Educação, Profissionalização, Cultura, Esporte e Lazer, as discussões se concentraram na ampliação do acesso à educação de qualidade,
na integração entre escola e unidades socioeducativas, e na criação de políticas de incentivo à profissionalização e à inserção no mundo do trabalho. A Fundação CASA apresentou as ações desenvolvidas em São Paulo, como programas de escolarização, oficinas profissionalizantes e atividades culturais e esportivas. As metas estabelecidas incluem a ampliação das parcerias com instituições de ensino e a valorização da educação como eixo estruturante da socioeducação.
Já no grupo de Segurança Protetiva, Prevenção à Tortura e Promoção da Justiça Restaurativa, o foco foi a proteção integral dos adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas. As discussões abrangeram estratégias de prevenção à tortura e a tratamentos inadequados, além da promoção da justiça restaurativa como instrumento de responsabilização, reparação e reconstrução de vínculos sociais. Entre as metas, destacam-se a criação de protocolos nacionais de segurança protetiva e o fortalecimento da cultura da escuta e do diálogo nas unidades socioeducativas.
Durante o seminário, o trabalho desenvolvido pela Fundação CASA em São Paulo foi apresentado como referência de práticas inovadoras na socioeducação, destacando o compromisso do Estado com a humanização, a valorização dos servidores e o fortalecimento das políticas públicas voltadas aos adolescentes.
“Participar deste seminário foi uma oportunidade valiosa para trocar experiências, apresentar nossas práticas e contribuir para a construção coletiva do Plano Nacional. Nosso compromisso é fortalecer a socioeducação brasileira, garantindo valorização, proteção e oportunidades para nossos adolescentes e servidores”, afirmou a presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto.
As propostas discutidas durante o seminário foram encaminhadas ao Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que consolidará as contribuições para a atualização do Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo, garantindo que expressem, de forma legítima, os desafios, avanços e perspectivas do sistema socioeducativo no Brasil.
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