domingo, 23 de maio de 2021

Operação tenta salvar autoridades que temem ser processadas

 


Procurador-Geral da República e diretor-geral da Polícia Federal pressionam o Supremo para aliviar a vida de gente graúda suspeita

É uma manobra em pinça, e no centro está o Supremo Tribunal Federal (STF). De um lado, move-se o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, servidor sabujo do presidente Jair Bolsonaro; do outro, o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino. Objetivo dos dois: salvar autoridades do governo de investigações.

Aras, dois dias depois de o Supremo autorizar ação de busca e apreensão contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, suspeito de contrabando internacional de madeira, quer que o tribunal proíba ações que não tenham o aval no Ministério Público. Significa: o aval dele, Aras, ou dos seus auxiliares.

Propõe que o juiz sempre peça um parecer no Ministério Público antes de decretar medidas cautelares e “proferir decisões que restrinjam direitos fundamentais dos cidadãos”. Não foi o que fez o ministro Alexandre de Moraes no caso de Salles. Aras ambiciona ser indicado por Bolsonaro para uma vaga no Supremo.

Maiurino propôs ao Supremo uma reestruturação da Polícia Federal que acaba com a autonomia de delegados nas investigações de autoridades com foro especial. A manifestação de Maiurino ocorreu após pedido da Polícia Federal para apurar suposta venda de sentença pelo ministro Dias Toffoli.

São gracinhas de Aras e Maiurino que Bolsonaro, penhorado, agradece, assim como autoridades envolvidas em delitos

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