segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Juiz manda internar dois adolescentes por brigas em escola de Rio Preto

 


Jovens de 15 e 16 anos vão permanecer em internação por 45 dias

Marco Antonio dos Santos
Publicado em 05/08/2022 às 22:54Atualizado em 06/08/2022 às 09:13
Juiz Evandro Pelarin aceitou o pedido para internação feito pela promotora Renata Sanches Fernandes (Johnny Torres 25/7/2022)

Juiz Evandro Pelarin aceitou o pedido para internação feito pela promotora Renata Sanches Fernandes (Johnny Torres 25/7/2022)

O juiz da Vara da Infância e da Juventude de Rio Preto, Evandro Pelarin, mandou internar provisoriamente na Fundação Casa dois estudantes, de 15 e 16 anos, da Escola Estadual Victor Britto Bastos. As apreensões foram feitas na quinta-feira, 4, a pedido da promotora de Justiça Renata Sanches Fernandes, após uma série de denúncias de brigas dos jovens com outros alunos.

A decisão pela internação foi adotada pela Justiça, de forma preventiva, para evitar mais violência no ambiente escolar, porque os pais dos garotos agredidos pelos adolescentes ameaçavam ir à porta da escola para revidar as agressões.

“Nós já tínhamos uma audiência marcada para a próxima semana, mas infelizmente fomos forçados a agir antes, porque os adolescentes que tinham sido denunciados pela direção da escola, com o retorno das aulas, voltaram a bater em outros alunos. Para evitar o pior, eles vão ficar internados provisoriamente”, diz a promotora.

Segundo o Ministério Público, a própria direção da escola já tinha adotado várias medidas para cessar a violência. Os adolescentes chegaram a ser suspensos e pais e responsáveis foram convocados. Os estudantes chegaram a parar com as brigas por algum tempo, mas depois voltaram a ameaçar outros estudantes.

A Polícia Militar cumpriu os mandados de apreensão dos adolescentes na manhã de quinta-feira, 4. Eles primeiro foram apresentados na Central de Flagrantes, passaram pela carceragem da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Rio Preto, e foram encaminhados para a Fundação Casa de Lins.

Segundo a Justiça, os dois jovens já tinham passado por uma série de medidas socioeducativas, antes de serem internados.

Durante os 45 dias iniciais que irão ficar na Fundação, os adolescentes vão passar por avaliação, inclusive com acompanhamento de suas famílias. Com base nestes relatórios, será decidido se o tempo de internação será ampliado.

“Queremos que esses adolescentes passem por uma avaliação psicológica para ver o que tem motivado tanta agressividade. Precisamos entender o que acontece com eles, antes de decidirmos qual o tipo de medida que iremos aplicar, porque nossa meta também é de recuperação deles”, diz a promotora.

Em nota, a Diretoria Regional de Ensino de Rio Preto informou que “tomou todas as medidas necessárias constantes no Regimento Escolar, que preservem o direito à Educação

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