quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Projeto oferece assistência em saúde a jovens que cumprem medida socioeducativa

Programa foi lançado nesta quarta-feira (18), na sede do TJPE
Programa foi lançado nesta quarta-feira (18), na sede do TJPEFoto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco
A partir desta semana, a ressocialização de jovens que cumprem medida socioeducativa no Recife terá mais um espaço para atendimentos médicos e apoio psicopedagógico. Nesta quarta-feira (18), foi dado início ao programa Alepe Cuida, uma parceria firmada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) com a Assembleia Legislativa do Estado (Alepe).

A iniciativa vai contemplar 500 adolescentes de 12 a 17 anos que vivem na capital pernambucana e estão em meio aberto, quando respondem por atos de menor potencial ofensivo e permanecem em casa, mas acompanhados pela Justiça.

O projeto tem como objetivo reduzir a vulnerabilidade de jovens em liberdade assistida. Eles serão atendidos no Centro de Atendimento da Alepe, onde serão realizadas consultas médicas e odontológicas. O programa também prevê atendimento psicológico com a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). “Nós temos muitos jovens com problemas dentários, então a gente faz a ficha e todos serão encaminhados [para os atendimentos]. Nós vamos fazer uma complementação do SUS [Sistema Único do Saúde]”, explica o juiz titular da 3ª Vara da Infância e Juventude do TJPE, Paulo Beltrão.
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A iniciativa foi idealizada pelo juiz em parceria com o deputado estadual e primeiro-secretário da Alepe, Clodoaldo Magalhães. “A ideia é dar assistência em saúde a esses menores. Essas crianças e adolescentes já têm uma atenção do Poder Judiciário, matriculando [em escola], tirando título de eleitor, CPF. Mas eles não tinham atenção diferenciada na área de saúde. Nós já tínhamos esse serviço, que é pouco conhecido e que atende os servidores, e agora vai atender também esses menores”, afirma.

O programa irá beneficiar jovens em medida socioeducativa que são acompanhados por orientadores dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas). Esses orientadores fazem um levantamento das necessidades dos adolescentes e encaminham para o atendimento especializado. “Isso vai contribuir para a ressocialização desses adolescentes em liberdade assistida, reduz o índice de violência e permite que eles tenham um futuro mínimo de cidadania”, defende o presidente do TJPE, Adalberto de Oliveira

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