sábado, 1 de junho de 2019

A Segurança Privada na América Latina

A Segurança Privada na América Latina.

Segurança Privada no Brasil.
A Segurança Privada na América Latina.
Queria iniciar esta matéria comentando a anterior. Um tema tão pedido e discutido que não teve sequer atenção do que o pediram; foi pouco visualizado e ainda menos comentado. O que tirar de lição disto? Imagino que ou não se acompanhou a publicação ou o tema era mesmo polemico demais e não agradou. Enfim confesso que esperava mais de algo que parecia tão importante para a categoria. Enfim.
Nesta matéria vou comentar algo que as vezes nos escapa e muitas vezes alguns profissionais me perguntam como seria ou como é a vida do vigilante lá fora, em outros países. Em um primeiro momento vou focar aqui em nossos vizinhos e depois em outros países e continentes.
Um tema que é redundante seja em que pais forem aqui das Américas, todos tem certo viez ideológico parecido, muitos deles passaram por regimes militares e se redemocratizaram um resquício comum a todo é a visão errada de que militares são ruins e consequentemente as armas também. Assim matérias comparativas como a da revista Exame (link abaixo) de 06/07/2011 descreve sua visão sobre o tema.
O “Relatório de Armas Leves 2011”, publicado pelo Instituto de Estudos Internacionais e de Desenvolvimento, reflete a grande expansão da segurança privada nos últimos 20 anos, até o ponto que o setor emprega na atualidade pelo menos 20 milhões de pessoas, quase o dobro que policiais em atividade. Com uma taxa de posse de armas por funcionário 10 vezes superior à da Europa Ocidental. “Com os níveis de violência mais altos do mundo, com taxas que multiplicam por seis a taxa média mundial”.
Ainda acrescenta a matéria que na região existe a tradição de potencializar a segurança privada para substituir a Polícia na proteção de bancos, bairros e indivíduos, com um amplo leque de atividades. O que acontece aqui desde a década de 60 com a criação de nossa classe pelo Decreto 1.034/69.
Segundo a matéria Isto explica o fato de que a indústria da segurança privada seja especialmente próspera na América Latina, mas não por que seus empregados dispõem de autênticos arsenais (só resta saber onde eles estão) em comparação com seus colegas do resto do mundo, com exceção das regiões em guerra.
Um dos pesquisadores do relatório admitiu que “não há uma clara resposta a esta questão tão interessante” e sugeriu que “talvez as altas taxas de violência na região sejam a razão para que haja uma alta demanda de companhias de segurança privada e uma alta demanda de companhias privadas bem armadas”.
Os dados requisitados neste relatório indicam que a América Central é terreno especialmente assinante para as empresas privadas de segurança, já que em todos os países o número de agentes privados supera com amplitude ao de membros das polícias.
Guatemala é um exemplo, já que conta com 120 mil agentes privados frente a 19,9 mil policiais para cuidar da segurança de 12,7 milhões de habitantes, segundo dados do ano 2008. Ou seja, a cada seis agentes privados há um policial, a maior desproporção dos 70 países analisados no relatório.
Honduras segue a lista, onde há 60 mil agentes privados e 12,3 mil policiais (uma proporção de 4,88 a 1);
  • Nicarágua, com 19,7 mil agentes privados e 9,2 mil policiais (2,14 a 1);
  • Panamá, com 30 mil agentes privados e 12.250 policiais (1,97 a 1);
  • Costa Rica, com 19.550 agentes privados e 12,1 mil policiais (1,61 a 1);
  • El Salvador, com 21.140 agentes privados e 16.730 policiais (1,26 a 1).
No resto do continente, se destacam: 
  • Argentina, onde há 150 mil agentes de segurança particular frente a 120 mil policiais;
  • Colômbia, com 190 mil agentes privados e 119.140 policiais;
  • Chile, com 45 mil agentes privados e 35 mil policiais;
  • República Dominicana, com 30 mil agentes particulares e 29.350 policiais;
  • Equador, com 40.380 agentes privados e 42,6 mil policiais.
  • México conta com “exércitos” no setor privado e público – com 450 mil e 495 mil membros respectivamente
  • Brasil, com 570 mil agentes privados e 687.468 agentes públicos. observa-se uma distorção nos números da matéria ou do relatório, talvez na época la em 2011 estes fossem reais mas hoje nossa realidade é diferente, com ja citei em matéria anterior.
  • Peru toma distância da tendência, com 50 mil agentes privados e 90 mil policiais,
  • Bolívia é um mundo à parte, já que só há 500 agentes privados no país frente a 19.360 agentes públicos. 
Um ponto importante a se observar é a informalidade não só aqui mas la fora também. Segundo o relatório, é preciso ter também em conta “que escapa ao alcance deste documento o número de pessoas que participam de acordos informais em matérias de segurança”.
Na Argentina se estima que pode ter 50 mil agentes privados a mais que os registrados, no Brasil o número oscila entre os 670 mil e 1 milhão e no México entre os 240 mil e os 600 mil.
De acordo com o resumo da matéria, nosso contingente padece das mesmas doenças profissionais que nos e temos ou sofremos as mesmas visões erráticas como uma epidemia de ideias e visões erradas.
Por outro lado nosso país; não sei ainda, se por suas dimensões geopolíticas e sociais ou apenas por sermos um dos maiores nas Américas, somos a maior potencia hoje em relação a segurança privada, isto com todas as dificuldade e restrições que temos por aqui.
Segundo outro relatório  agora do ministério da justiça, O Brasil lidera o mercado de segurança privada na América Latina, segundo estudo divulgado recentemente pela Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre o setor nas Américas. Ao detalhar a pesquisa, informa que o Brasil tem cerca de 2.900 empresas de segurança e um efetivo de 1.675.415 profissionais.
Segundo o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de São Paulo (Sesvesp), seria preciso analisar melhor os números, pois diferem do que é registrado no Brasil. pois não se não se sabe quais os tipos de empresas e profissionais estão contabilizados neste levantamento, pois os números divergem dos da Polícia Federal, que controla o segmento.
De acordo com dados oficiais brasileiros, o País possui atualmente cerca de 1.500 empresas de segurança privada e 540 mil vigilantes habilitados. Mesmo com essa diferença, o estudo não erra ao apontar o potencial brasileiro para o mercado da segurança privada. Sendo o Brasil um dos poucos países que possuem a atividade regulamentada e fiscalizada e um dos únicos que geram tanto emprego na atividade.
Em 2011, o Small Arms Survey, (relatório da matéria citada pela revista exame) levantamento produzido anualmente por pesquisadores suíços, apontou o Brasil como o 5° maior mercado de segurança privada no mundo em número de vigilantes. Pelo estudo, o Brasil perdia apenas para a Índia (7 milhões), China (5 milhões), Estados Unidos (2 milhões) e Rússia (800 mil).
Assim diante destes números e situações deixo uma pergunta aos senhores: O que é preciso para sermos melhor representados e termos nosso valor reconhecido como classe diante da sociedade como um todo, mudando a visão que esta tem sobre nos? Observar que o números não são recentes assim como nossa situação.
Coluna – Segurança em Foco.
Fiquem bem e seguros, Sou Alexandre Martins e nos falamos em breve.
SP, 31/05/2019 – 14:15hs
Fontes:
Fotos – Internet
Informação:
Policia Federal:
Câmara dos Deputados:
Senado da Republica:
CNGS:
SESVESP:
ABSEG:
JusBrasil:

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