sábado, 2 de novembro de 2019

Mais um agente do sistema socioeducativo é assassinado


Agente socioeducador morto na saída do trabalho é sepultado em Santa Maria

Hadylson Padilha, de 51 anos, foi morto a tiros quando saía do Case de Novo Hamburgo. Delegado deve ter acesso às imagens das câmeras de segurança ainda nesta segunda-feira (29).

Por G1 RS



Polícia trabalha com a hipótese de execução em caso de morte de agente do Case
Foi sepultado na manhã desta segunda-feira (29) em Santa Maria o corpo do funcionário do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Novo Hamburgo, morto no sábado (27) à noite quando saía do trabalho, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O agente socioeducador Hadylson Padilha, de 51 anos, foi velado no domingo (28) no Memorial Cristo Rei em São Leopoldo. O enterro ocorreu no Cemitério Municipal de São Martinho da Serra, na cidade natal de Padilha, na Região Central do estado.
O assassinato aconteceu em frente à unidade do Case de Novo Hamburgo. Segundo informações da Polícia Civil, o agente foi baleado quando saía de carro do local.

Marcas dos tiros ficaram no portão do Centro de Atendimento Socioeducativo de Novo Hamburgo — Foto: Reprodução/RBS TV
Marcas dos tiros ficaram no portão do Centro de Atendimento Socioeducativo de Novo Hamburgo — Foto: Reprodução/RBS TV
Os tiros foram disparados de dentro de outro veículo, que estava na frente do prédio. Outro agente também saía do local no mesmo momento, mas não foi atingido.
Para o delegado Rogério Baggio, da Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo, que investiga o caso, trata-se de uma execução. Ele acredita que a morte de Padilha possa ter motivação ligada com o trabalho que ele exercia.
"Trabalhamos com a hipótese que ele era mesmo o alvo. Que foi execução, isso não temos dúvida", afirma.
Após ser atingido, o carro do agente ainda seguiu desgovernado até parar em um matagal. Partes do veículos foram encontradas no local.
"Eu vi que o carro vinha descendo desgovernado, o que vinha atrás deu uns tiros, deu mais uns tiros e o carro entrou no mato", relata um homem que viu a cena, mas preferiu não se identificar. "Deu pra notar que era uma perseguição", completa ele.
O delegado deve ter acesso às imagens das câmeras de segurança ainda nesta segunda-feira (29). A intenção é identificar os autores do crime.
Muito abalada, a família preferiu não falar. Para os colegas, o sentimento é de choque pela perda.
Todo mundo conhece ele como uma pessoa boa que se relacionava bem com os adolescentes, que fazia bem o seu trabalho socioeducativo", afirma o presidente da Associação dos Funcionários da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase), Edgar Costa. Ainda segundo ele, Padilha era conhecido por ter um bom trato com os internos.
A Fase divulgou uma nota de pesar. Conforme o comunicado, Padilha trabalhava no local desde 2001.
Leia a nota da Fase na íntegra:
"Com profundo pesar, o presidente da Fase, Robson Luis Zinn, informa a morte do agente socioeducador Hadylson Padilha, no início da noite deste sábado (27). Indivíduos passaram em um carro, em frente ao Case Novo Hamburgo, onde o servidor trabalhava, e deram tiros em direção ao portão principal. Na sequência, saíram em perseguição ao veículo do agente que acabou morto pouco depois. O servidor tinha 51 anos e trabalhava na Fundação desde 2001".

Agente saía do Case, de Novo Hamburgo, quando foi atingido pelos tiros — Foto: Reprodução/RBS TV
Agente saía do Case, de Novo Hamburgo, quando foi atingido pelos tiros — Foto: Reprodução/RBS TV

“Deputado, os Agentes de Segurança Socioeducativos precisam do porte de arma, para o exercício profissional. Segurança para os profissionais que atuam na Segurança Pública, atividade extremamente perigosa, que justifica a necessidade de meios de defesa pessoal e de familiares. O senhor não pode nos deixar de fora. 

Apesar das leis (ECA e Sinase) serem completamente equivocadas e ineficazes, os profissionais que carregam esse sistema nas costas, precisam do devido respeito.

https://www.google.com.br/amp/s/g1.globo.com/google/amp/rs/rio-grande-do-sul/noticia/agente-socioeducador-morto-na-saida-do-trabalho-e-sepultado-em-santa-maria.ghtml

Essa é nossa realidade, Agentes morrem ao sair do trabalho, morrem passeando com familiares e agentes se suicidam, devido ao estresse da profissão. Seria muito fácil fugir, pegar atestados. Nós vestimos uma camisa, igual o senhor veste, e queremos um sistema justo e seguro.

Conto com a compreensão de vossa excelência, e peço que não deixe de lutar por nós, nem nos use como moeda de troca, pois somos a categoria mais boicotada pela esquerda, em virtude de ideologias nefastas.”

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