quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Adolescentes internos em unidade socioeducativa fazem rebelião e quebram equipamentos

Adolescentes internos em unidade socioeducativa fazem rebelião e quebram equipamentos 

Caso ocorreu na manhã desta segunda-feira (11) em Feira de Santana, a cerca de 100km de Salvador. Segundo sindicato, três funcionários foram feitos reféns.

Por G1 BA
 
Agentes são feitos reféns em rebelião em comunidade socioeducativa de Feira de Santana
Adolescentes que cumprem medidas socioeducativas na Comunidade de Atendimento Socioeducativo Zilda Arns, em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, fizeram uma rebelião na manhã desta segunda-feira (11). O motim ocorreu, segundo informações do Sindicato dos Agentes Penitenciários, porque faltou energia elétrica na unidade e os internos ficaram sem alimentação. Três funcionários chegaram a ser feitos como reféns.
O sindicato informou que 24 jovens, todos do pavilhão Ana Brandoa, participaram da rebelião, que teve início por volta das 9h. Os adolescentes subiram no teto da unidade e ainda quebraram equipamentos do local. O motim só foi contido com a chegada da polícia, acionada pela direção da Comunidade de Atendimento.
A unidade, para onde são levados adolescentes que cometem algum tipo de crime, existe desde 2011. Atualmente, o espaço conta com cerca de 100 jovens, distribuídos em seis pavilhões.
O diretor do Sindicato dos Agentes Penitenciários disse que os funcionários feitos reféns só foram liberados depois das 13h, quando a rebelião teve fim.
Através de nota, a Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac) informou que, segundo relatório da gerência da unidade, 24 adolescentes de um dos alojamentos da unidade fizeram reivindicações que não podem ser atendidas, por ferirem o regimento interno da unidade e as normas e procedimentos padronizados de funcionamento das unidades de cumprimento de medida socioeducativa da Fundac. Dentre as reivindicações não atendidas estavam pedidos de alimentação e roupas trazidas por visitantes, cortes de cabelo que os identifique como integrantes de grupos específicos e ausência de revista em familiares e visitantes.
Ainda segundo a Fudac, o não atendimento das reivindicações gerou protesto dos adolescentes, que subiram no telhado do alojamento, mas foram contidos pelos colaboradores da unidade. O órgão destacou que não houve atos violentos, reféns ou feridos. A Polícia Militar, que atua no posto avançado, localizado na entrada da unidade, foi acionada para mediar o conflito, que durou cerca de uma hora.
Em casos desse tipo, a Fundac informou que utiliza como procedimento padrão a criação de uma comissão interna para apurar o incidente e tomar todas as providências administrativas cabíveis, além de implantar outras medidas preventivas que visem inibir tais ocorrências.
O diretor do Sindicato dos Agentes Penitenciários também disse que o número de agentes que atuam no local é insuficiente. Ele afirmou que o recomendado é um funcionário para cuidar de quatro internos, mas que, no momento, há um funcionário para cada oito internos. A Fundac negou a informação e disse em nota que a unidade possui um sócio educador pra cada cinco adolescentes e está conforme o que determina o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).

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