segunda-feira, 14 de maio de 2018

Justiça declara ilegalidade de greve iniciada há três dias por servidores do socioeducativo

Justiça declara ilegalidade de greve iniciada há três dias por servidores do socioeducativo 

Agentes do sistema socioeducativo iniciaram greve no sábado (12), em todo o estado. Sindicato diz que ainda não foi notificado de decisão e greve está mantida nesta segunda-feira (14).

Por Lislaine dos Anjos, G1 MT
14/05/2018 15h43  Atualizado há 8 horas
Agentes aprovaram greve nesta quarta-feira (9) em assembleia (Foto: Sindpss-MT/Divulgação)
Agentes aprovaram greve nesta quarta-feira (9) em assembleia (Foto: Sindpss-MT/Divulgação)
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) decretou a ilegalidade da greve iniciada no último sábado pelos servidores do sistema socioeducativo. A ação foi movida pelo governo do estado, por meio da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh-MT), após a categoria aprovar o movimento grevista em assembleia realizada na quarta-feira (9).
Segundo o presidente do sindicato que representa os agentes socioeducativos (Sindpss-MT), Paulo César de Souza, a categoria ainda não foi notificada da decisão e, por enquanto, a greve está mantida.
A decisão pela ilegalidade da greve foi proferida pela desembargadora Antônia Siqueira Gonçalves. Na liminar, ela afirma que a categoria integra a segurança pública e, dessa forma, não poderia deflagrar uma greve.
Os servidores se reúnem, na tarde desta segunda-feira (14), em frente ao Ministério Público estadual (MP-MT), no Centro Político Administrativo (CPA), em um ato para entrega de um dossiê ao órgão. Segundo Paulo César, o documento revela "a real estrutura do sistema socioeducativo estadual".
"É um dossiê sobre as mazelas do socioeducativo, com fotos e descrições. Entre os principais problemas, temos as estruturas das unidades, que estão precárias e arrebentadas, com quartos quebrados, sucateados e banheiros sem condições de uso", disse.
De acordo com o presidente, investimentos na qualidade das unidades onde os menores infratores são internados reflete, automaticamente, em melhoria nas condições de trabalho dos agentes.
A categoria também cobra do estado a realização de um concurso público, afirmando que, hoje, o número de agentes está aquém do necessário.
"Há previsão de realização de um concurso há algum tempo, mas é algo que não sai do papel, sendo que todas as demais categorias já tiveram concursos lançados. Hoje, temos 250 agentes no estado e o ideal é que tivéssemos o dobro de servidores trabalhando", afirmou.
Os profissionais também cobram a construção de novas unidades socioeducativas no estado e a reforma das unidades que já existem

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