Com projeto voluntário, skatista profissional incentiva jovens da Fundação Casa a praticarem esporte

Projeto foi idealizado por Garcia Rodrigues, morador de Itapetininga (SP) que já foi preso por tráfico de drogas e deixou a vida de crime com a ajuda do esporte. Objetivo do projeto é fazer com que os internos enxerguem novas oportunidades.

Por Bárbara Bruno*, g1 Itapetininga e Região

17/04/2022 08h21  Atualizado há um dia

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Garcia Rodrigues, skatista profissional, dá aulas de skate e palestras na Fundação Casa — Foto: Arthur Gomes/Divulgação

O skatista profissional Garcia Rodrigues criou um projeto para incentivar jovens da Fundação Casa de Itapetininga (SP) a praticarem o esporte. Segundo Garcia, o objetivo é fazer com que os internos enxerguem novas oportunidades de vida.

Garcia já ficou preso por tráfico de drogas em 2009, mas encontrou uma segunda chance no skate. Atualmente, ele é skatista profissional e empresário da filha, Isabelly Ávila, que também segue carreira no esporte.

“Meu foco é ajudar para que esses adolescentes consigam dar a volta por cima, trilhando novos caminhos. Quero ser um braço para eles mudarem de vida e enxergarem novas oportunidades, não só no skate, mais em qualquer outra escolha que eles tiverem”, destaca Garcia.

Projeto ajuda menores infratores a mudarem de vida — Foto: Arthur Gomes/Divulgação

O projeto é realizado todas as sextas-feiras de manhã em uma pista de skate de Itapetininga. As oficinas abordam tanto a parte teórica, com depoimentos de egressos que buscam se profissionalizar no esporte, quanto a parte prática, com as manobras e técnicas de base.

Garcia Rodrigues disse que o projeto surgiu com a intenção de ajudar alunos de escolas, clínicas e da própria Fundação Casa. No entanto, para participar do projeto, os internos precisam ter um bom comportamento.

Menores infratores da Fundação Casa aprendem a andar de skate — Foto: Fundação Casa/Divulgação

Danilo Minali Orlando, advogado e dono da pista de skate onde o projeto é realizado, contou ao g1 que a parceria tem sido muito importante para os jovens.

“Como advogado, eu atuei muitas vezes em casos criminais e acredito que é possível a segunda chance para todo mundo. Através do skate, podemos abrir portas para que essas pessoas, que talvez não tenham muitas perspectivas de vida, possam dar a volta por cima e trilhar o caminho do bem”, afirma Danilo.

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*Colaborou sob supervisão de Júlia Nunes.