terça-feira, 21 de julho de 2020

Previdência: Zema diz que servidores de MG estão vivendo 'na ilha da fantasia'


De acordo com o governador, o funcionalismo público do Estado está numa situação melhor que '90% da população', já que servidores têm direito à estabilidade

Seg, 20/07/20 - 14h43
Previdência: Zema diz que servidores de MG estão vivendo 'na ilha da fantasia'
Governador Romeu Zema fez uma live nesta segunda-feira (20) para debater a reforma da Previdência do Estado. Foto: Facebook/Reprodução

Durante o debate virtual para discutir a reforma da Previdência em Minas Gerais, ocorrido nesta segunda-feira (20), o governador Romeu Zema (Novo) pediu, em um tom de cobrança, que os servidores comparassem a sua situação a dos demais trabalhadores, que vêm perdendo o emprego devido à pandemia de coronavírus. “O povo está perdendo emprego, renda e as pessoas estão achando que estão vivendo na ilha da fantasia. Isso não pode acontecer. Estamos todos no mesmo barco. Já temos muita diferença (em relação aos trabalhadores da iniciativa privada): estabilidade, aposentadoria melhor. Será que isso não basta?”, disse.

Além de destacar que o funcionalismo público possui benefícios específicos em relação aos demais trabalhadores, como estabilidade e regras diferenciadas de aposentadoria, o gestor disse que vem recebendo sugestões para incrementar as receitas do Estado por meio do aumento de tributos.

“Vamos fazer o mineiro pagar mais caro por tudo? Estou representando 21 milhões de mineiros. E não uma parcela pequena que tem estabilidade no emprego, que tem situação melhor que a maioria. Quem é funcionário público está numa situação melhor que 90% da população, porque tem estabilidade no emprego, nunca vai ficar desempregado”, disse.

Ainda segundo o governador, os trabalhadores da iniciativa privada, que já passaram pela reforma, continuam tendo menos direitos em relação ao funcionalismo público. "Quem está na iniciativa privada passou pela reforma e tem menos direito do que o serviço público. Mesmo o funcionário público, com todas essas mudanças, ainda tem tratamento preferencial. Temos que fazer justiça no Brasil", disse, pontuando que o país não pode ser "de duas categorias": "Os que têm estabilidade e os outros que estão à margem".

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