sexta-feira, 25 de abril de 2025

Após acordo na Justiça, Fundação Casa decide manter unidade de semiliberdade por pelo menos mais 2 anos

 

O funcionamento pelo prazo mínimo de 24 meses foi anunciado pelo Ministério Público de São Paulo, que chegou a um acordo na Justiça com a unidade da Fundação Casa. Em 2024, a unidade havia anunciado o fechamento do local, alegando baixa demanda.

Por g1 Vale do Paraíba e Região

 


Imagem de arquivo - Jovens na Fundação Casa. — Foto: Estevão Mamédio
Imagem de arquivo - Jovens na Fundação Casa. — Foto: Estevão Mamédio

A unidade de semiliberdade da Fundação Casa de São José dos Campos (SP) vai funcionar por pelo menos mais dois anos, de acordo com o Ministério Público de São Paulo. A Fundação Casa havia anunciado no ano passado o fechamento do espaço, mas, após um acordo na Justiça, decidiu que o atendimento será mantido.

De acordo com anúncio realizado pelo MP nesta sexta-feira (25), a unidade vai funcionar por um prazo mínimo de 24 meses, após um acordo que envolveu a promotoria, a Defensoria Pública, o Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca) e a Educafro Brasil com a Fundação Casa. O acordo foi firmado na última quarta-feira (23).

Ainda segundo o Ministério Público de SP, a Fundação Casa assumiu um compromisso de justificar uma nova decisão de desativação da unidade, caso continue com essa intenção após o prazo de dois anos.

O MP informou também que a prorrogação das atividades é justificada pelo fato de que, atualmente, a unidade de semiliberdade da Fundação Casa de São José dos Campos atende 19 adolescentes.

Quando decidiu desativar a unidade, a Fundação Casa de São José explicou que um dos motivos para a adoção da medida era o fato de que poucos adolescentes vinham sendo atendidos - entenda melhor abaixo.

g1 acionou a Fundação Casa, mas ainda não teve retorno. A unidade fica em um prédio na Avenida Sebastião Humel, na região central da cidade.

Histórico

A unidade de semiliberdade da Fundação Casa de São José dos Campos seria desativada após publicação da medida no Diário Oficial do Estado de São Paulo, em fevereiro de 2024.

Na ocasião, a Fundação Casa alegou que a decisão foi tomada porque o espaço tinha capacidade para receber 26 internos, mas somente dois adolescentes estavam acolhidos no Centro de Atendimento Socioeducativo de Adolescentes.

Com o fechamento, os adolescentes que eram atendidos no local aguardavam decisão da Justiça para serem liberados. Já os servidores seriam transferidos para outros centros da Fundação Casa no Vale do Paraíba.

Em março de 2024, porém, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a suspensão da desativação da unidade. A decisão aconteceu após um pedido de diversas partes, como o Ministério Público e Defensoria Pública de São Paulo.

O pedido citava que a unidade de semiliberdade da Fundação Casa de São José foi inaugura após “anos de trabalho”, era reconhecida como um modelo e que, com a desativação, os adolescentes infratores precisariam cumprir as medidas em outro local, prejudicando o atendimento psicossocial deles.

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quinta-feira, 24 de abril de 2025

Entenda como vai funcionar devolução de descontos indevidos do INSS

 

Esquema bilionário foi alvo de uma operação na manhã desta quarta-feira, que derrubou o atual presidente do INSS

23/04/2025 - 20:27 - Atualizada em: 24/04/2025 - 07:44

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Estão sob análise contratos que descontaram R$ 6,3 bilhões de aposentados desde 2019, que podem ou não serem fraudulentos (Foto: Marcelo Camargo, Agência Brasil)

Estão sob análise contratos que descontaram R$ 6,3 bilhões de aposentados desde 2019, que podem ou não serem fraudulentos (Foto: Marcelo Camargo, Agência Brasil)

A devolução do dinheiro descontado de forma indevida de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve ser analisada “caso a caso”, de acordo com declaração feita pelos ministros Ricardo Lewandowski e Carlos Lupi nesta quarta-feira (23). A explicação acontece após deflagração de uma operação de combate a um esquema bilionário que cobrava mensalidades de beneficiários como se tivessem aderido de forma voluntária a associações.

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Foram cumpridos mais de 200 mandados de busca e apreensão nesta manhã, com seis de prisão. Segundo Lupi, a pasta deve “aguardar desfecho da operação para depois ver as medidas cabíveis”. A declaração também diz respeito à responsabilidade do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que acabou demitido do cargo após a operação, assim como outros cinco servidores foram afastados.

De acordo com Lewandowski, será realizada uma apuração interna para que “esse dinheiro, um dia”, seja “restituído para os beneficiários de quem foi retirado indevidamente”. Ao todo, 11 entidades estão sendo investigadas por 80% dos descontos de mensalidade, com mais de 6 milhões de beneficiários filiados a alguma das entidades.

— É claro que muitas dessas entidades têm patrimônios, bens. Inclusive, foram arrecadados muitos bens e dinheiro em espécie. Tudo isso vai ser utilizado para fazer face a essas reivindicações que virão — disse.

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De acordo com a operação, estão sob análise contratos que descontaram R$ 6,3 bilhões de aposentados desde 2019, que podem ou não serem fraudulentos.


Sobre o que eram esses benefícios?

As filiações oferecidas pelas entidades dizem respeito a benefícios como plano de saúde, academia e dentista, por exemplo, como uma mensalidade descontada diretamente da previdência.

No ano passado, normas mais rígidas, como a biometria do aposentado para autorizar o desconto, foram implementadas pelo INSS e o Ministério da Previdência Social, assim como a assinatura eletrônica. As medidas tinham como objetivo confirmar que o beneficiário estava ciente da filiação, mas a biometria nunca foi implantada no aplicativo ou site.

Como saber se houve desconto ilegal?

Para verificar se foram descontados de forma ilegal benefícios na aposentadoria, é necessário acessar o extrato do beneficiário pelo aplicado ou site Meu INSS.

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O extrato estará disponível na aba “Extrato de benefício”, logo na página inicial após entrar com o login do Gov.br. Depois, basta clicar sobre o número do benefício, abrir o extrato e verificar o valor e os descontos.

Se houver descontos indevidos, o beneficiário pode requerer o serviço “excluir mensalidade associativa”, na aba “Serviços”, “Mais acessados”, “Novo Pedido” e “Excluir mensalidade”.


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