Caso aconteceu em fevereiro de 2021 e vítima foi atingida por três disparos porque reclamou de ultrapassagem.
Por EPTV
Victor Henrique Ataíde de Morais foi atingido por três disparos, mas sobreviveu — Foto: Arquivo pessoal
O agente socioeducativo Jefferson Luiz Ramachotti foi condenado a 14 anos de prisão pela tentativa de homicídio em uma briga de trânsito há quatro anos, em Ribeirão Preto (SP). Ele também perdeu o cargo que ocupava na Fundação Casa.
O julgamento aconteceu nesta segunda-feira (28), no Fórum de Ribeirão Preto. Por conta da condenação, o agente deixou o local preso e também perdeu o cargo que exercia.
"Como a condenação foi superior a quatro anos, ele foi condenado a 14 anos em regime fechado, inclusive, saiu preso do júri, houve a necessidade com base na lei, de decretar a perda do cargo público dele, o juiz decretou essa perda", diz o promotor do caso, Marcus Túlio Nicolino.
À EPTV, afiliada da TV Globo, a defesa de Ramachotti disse que vai recorrer da decisão.
Victor sobreviveu, mas ainda tem uma das balas alojada na coluna. Segundo ele, a equipe médica que o acompanha não descartou a necessidade de uma cirurgia.
Tentativa de homicídio aconteceu em fevereiro de 2021, em Ribeirão Preto, SP — Foto: Redes sociais
O caso
A briga de trânsito aconteceu no bairro Campos Elíseos. De acordo com informações do boletim de ocorrência registrado à época, o motociclista que seguia pela Rua João Ramalho por volta das 21h, quando foi ultrapassado por um carro.
Victor contou à polícia que passou a reclamar da forma como foi feita a ultrapassagem e ele e o motorista começaram a discutir e Ramachotti atirou. Em seguida, ele fugiu do local.
Uma pessoa que morava na rua e tinha acabado de chegar em casa ouviu o barulho dos tiros e tentou ajudar o entregador.
"O motoqueiro já estava caído na calçada. Eu cheguei perto dele, perguntei o nome dele, o que tinha acontecido e ele falou que simplesmente estava vindo, sentido [avenida] Capitão Salomão, quando um HB20 fechou ele e simplesmente houve uma discussão. Ele apenas falou para o cara dar seta e o cara, na ignorância, se revoltou e deu vários tiros nele".
À época, Ramachotti chegou a dizer que Victor teria feito gestos simulando estar armado e que ele apenas reagiu. A versão dele nunca foi comprovada.
Votação feita nesta terça (29) terminou com 34 votos a favor e 17 contrários à proposta. Reajuste será de 2,60% em maio deste ano e 2,55% em maio do ano que vem. Percentual está abaixo do reivindicado pela categoria, que está em greve.
Vereadora é chamada de racista na Câmara Municipal de SP durante discussão pelo reajuste s
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou em segunda votação, na noite desta terça-feira (29), a proposta de reajuste salarial dos servidores municipais. A sessão foi tensa, e o placar foi de 34 votos a favor e 17 contrários. Não houve nenhuma abstenção.
A proposta em discussão prevê reajuste no salário dos servidores municipais em duas etapas:
2,60% em maio deste ano;
E 2,55% em maio do ano que vem;
Acumulado, o aumento fica em 5,15%.
O reajuste, abaixo do reivindicado pela categoria, foi votado em meio a greve de professores e servidores municipais. Nesta manhã, eles protestaram em frente à Câmara Municipal (leia mais abaixo).
Durante as discussões, a vereadora começou sua fala com: "Quando vem uma mulher branca, bonita e rica falar aqui, vocês vaiam", em provocação aos membros do sindicato dos servidores que protestavam nas galerias.
Os manifestantes responderam à fala de Cris Monteiro com gritos de "racista".
Após os gritos dos manifestantes, Cris continuou falando e chegou a discutir com um membro do sindicato, pedindo que ele se retirasse da galeria.
"Eles estão me enfrentando [...]. Eu escutei todos vocês calada. Enquanto vocês falavam, ninguém se manifestou. Agora, quando vem uma mulher branca aqui falar a verdade para vocês, ficam todos nervosos, porque uma mulher branca, bonita e rica incomoda todos vocês", disse a vereadora.
Vereadora bate-boca com manifestantes durante sessão na Câmara de SP
A sessão foi interrompida por mais de 20 minutos. Cris retornou à tribuna e pediu desculpas pelo episódio.
"Gostaria de lamentar profundamente as minhas falas. Não foi a minha intenção, como parlamentar. Lamento profundamente e espero que as pessoas que se sentiram ofendidas entendam que não foi a minha intenção ofender ninguém — nem na galeria, nem meus colegas parlamentares."
Em nota, a vereadora afirmou que "lamenta a repercussão de sua fala e reforça que em nenhum momento teve a intenção de ofender qualquer pessoa. Ao longo dos últimos cinco anos de mandato, Cris Monteiro sempre pautou sua atuação pelo respeito aos colegas parlamentares e à população de São Paulo. Sua trajetória é marcada pelo diálogo, pela escuta ativa e pelo compromisso com soluções concretas para os desafios da cidade".
A também vereadora Luana Alves (PSOL) foi à tribuna e disse que, nesta quarta-feira (30), o caso será levado para a Corregedoria da Casa.
Rubinho Nunes tenta retirar cartaz de Toninho. — Foto: Reprodução
A sessão também teve um embate entre os vereadores Rubinho Nunes (União) e Toninho Vespoli (PSOL). Ao fim de sua fala na tribuna, Toninho levantou um cartaz em apoio aos manifestantes.
Rubinho, que estava atrás dele, se aproximou e tentou retirar o cartaz das mãos do vereador, que desviou (veja o vídeo abaixo).
Toninho disse que tomará as medidas cabíveis e que "a extrema-direita não sabe lidar com o debate de ideias e parte para a agressão e violência. Os mesmos que defendem os golpistas do 8 de janeiro querem atacar qualquer tentativa de debate".
Já Rubinho afirmou que "pode discordar, mas usar faixa para agredir e desrespeitar colega é o retrato do desespero de quem vive de sindicalismo e gritaria”.
"O episódio expôs o clima de hostilidade nas discussões sobre educação e servidores públicos, revelando o embate direto entre parlamentares que defendem meritocracia e responsabilidade e os que seguem alinhados à militância sindical."
Rubinho Nunes tenta retirar cartaz de Toninho Vespoli
Reivindicações dos servidores
Ato de funcionários municipais em frente à Câmara Municipal — Foto: Bervelin Albuquerque/g1
Os grevistas exigem um reajuste que seja pelo menos acima da inflação, que atualmente, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, variou 5,65% entre março de 2024 e março de 2025.
Há cerca de duas semanas, trabalhadores vêm fazendo manifestações. (entenda mais abaixo)
Audiência pública na Câmara de SP sobre projeto de lei que trata de reajuste salarial — Foto: Bervelin Albuquerque/g1
O Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindesp), com a Coordenação das Entidades Sindicais Específicas da Educação Municipal (Coeduc), levou uma contraproposta para a audiência de conciliação que foi rejeitada pela prefeitura, que manteve o projeto já proposto.
Câmera Municipal de SP. — Foto: Marcel Lopes/ TV Globo
Norma Lúcia Andrade dos Santos, presidente do Sindicato Especialistas Ensino Público São Paulo(Sinesp) diz que os sindicatos irão definir os próximos passos após a aprovação do projeto de lei.
Entenda o que está em jogo
Servidores fazem ato em frente à Câmara contra projeto de reajuste salarial — Foto: Bervelin Albuquerque/g1
Na semana passada, o projeto foi aprovado em primeira votação com um placar de 31 votos a favor e 15 contrários. Abaixo, entenda o que prevê a proposta e quais são as reivindicações dos servidores.
💲 Salário atual dos professores
R$ 2.680,40 para um professor que está iniciando na profissão, considerado como categoria 1;
R$ 3.237,89 para um professor com faculdade, considerado como categoria 3.
🧐 O que o PL 416/2025 prevê:
A revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos municipais;
Reajuste do salário e vale-alimentação dos trabalhadores em duas etapas: 2,60% em 1º de maio deste ano para profissionais ativos e aposentados; e 2,55% em maio de 2026;
Reajuste de 6,27% a partir de 1º de maio, sobre o valor do piso docente atual da categoria 1 (QPE 11A), correspondente aos profissionais da carreira do magistério com ensino médio;
Os valores do abono salarial complementar e de abono de compatibilização dos profissionais da educação.
🗣️ O que os servidores reivindicam:
Reajuste salarial de 44% para os profissionais de educação;
Incorporação dos abonos complementares de piso de 31,77%, 3% e 5,67%, concedidos entre 2021 e 2024;
Revogação do confisco previdenciário;
Redução da alíquota previdenciária de 14% para 11%.
Tabela correspondente ao salário atual e o valor previsto com o reajuste para os profissionais da carreira do magistério com ensino médio. — Foto: Reprodução SINPEEM (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo).
Protesto dos servidores públicos e professores da rede municipal na semana passada — Foto: SINDSEP
Projeto que prevê reajuste salarial abaixo da inflação é aprovado em 1ª votação