segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Como o desemprego está criando 'funcionários-polvo' e aumentando pressão sobre quem trabalha

Como o desemprego está criando 'funcionários-polvo' e aumentando pressão sobre quem trabalha

30 JAN2017
09h59
atualizado às 11h34
publicidade
Em uma grande agência de emprego no centro de São Paulo, uma cena se repete: com currículos em mãos, dezenas de pessoas formam fila para falar com a recepcionista.
Com mais funções, funcionários têm trabalhado até mais tarde - e diminuído almoço
Com mais funções, funcionários têm trabalhado até mais tarde - e diminuído almoço
Foto: Thinkstock
"Você se cadastrou no nosso site?", ela pergunta. A frustração dos candidatos é visível, assim com o cansaço da mulher que, do outro lado do balcão, atende centenas deles em uma manhã.
Publicidade
O drama das 12 milhões de pessoas que hoje estão sem trabalho no Brasil é bem conhecido. Mas pouco se fala dos efeitos do desemprego para quem fica nas empresas. Com tantos demitidos, quem continua contratado pode virar um "funcionário-polvo", acumulando funções de ex-colegas, além de precisar lidar com o medo do desemprego.
Apesar de não ser medido em números, esse fenômeno é velho conhecido dos especialistas em mercado de trabalho. Segundo os professores entrevistados pela BBC Brasil, o aumento de pressão sobre os empregados é uma tendência natural em momentos de crise.
PUBLICIDADE
"Toda vez que uma empresa entra em dificuldade, ela precisa fazer o melhor possível com o pessoal que permanece. Fazer muito com pouco torna-se a chave do sucesso", explica o professor da FEA-USP José Pastore, que também é consultor em relações do trabalho.
Demissões têm levado vários profissionais ainda empregados a acumular funções
Demissões têm levado vários profissionais ainda empregados a acumular funções
Foto: Thinkstock
Para manter o ritmo, diz Pastore, empresários ficam com os subordinados considerados mais versáteis, que podem aprender novas tarefas rapidamente. São eles os mais propícios a tornarem-se "funcionários-polvo".
PUBLICIDADE

Muitos em um

Relatos de acúmulos de tarefas se espalham por indústria, comércio e serviços.
Vendedor em uma loja de roupas na região metropolitana de Porto Alegre (RS), Jorge* virou caixa, estoquista e responsável pelo crediário depois que outra funcionária foi demitida.
Para especialista, funcionários-polvo 'não conseguem dar 100% o tempo inteiro, as pessoas não são máquinas'
Para especialista, funcionários-polvo 'não conseguem dar 100% o tempo inteiro, as pessoas não são máquinas'
Foto: Thinkstock
Hoje exerce dez funções em um expediente que ficou mais longo.
"Quando minha colega saiu, tudo o que ela fazia foi para mim", diz.
PUBLICIDADE
O advogado Leonardo* também está trabalhando mais. Além das petições, ficou encarregado de tarefas que caberiam a um estagiário, como tirar cópias e cuidar da correspondência. Para fazer tudo, diminuiu o intervalo de almoço.
"Antes comia em uma hora, e agora almoço em trinta minutos. Uso o resto para agilizar."
Aparentemente, Jorge e Leonardo tornaram-se mais produtivos: eles executam mais tarefas quase no mesmo tempo de antes. A ligação entre produtividade e recessão foi discutida em estudos americanos feitos após a crise econômica de 2008. A BBC Brasil não encontrou uma pesquisa semelhante por aqui.
Medo do desemprego piora relação entre funcionários e patrões, dizem entrevistados
Medo do desemprego piora relação entre funcionários e patrões, dizem entrevistados
Foto: Ingrid Fagundez/BBC Brasil
Segundo o trabalho de economistas da Universidade de Stanford e da Universidade de Utah, do último trimestre de 2007, quando a recessão dos EUA começou, até o terceiro trimestre de 2009, quando ela terminou, a produtividade no país cresceu 3,16% em setores não-agrícolas. A marca atingida em 2009 (3,2%) foi a maior desde 2003.
Para os pesquisadores, dois motivos justificaram esse crescimento: a demissão dos trabalhadores menos produtivos e, principalmente, o esforço dos que ficaram para manter suas vagas.
Mas mesmo que os brasileiros se tornem mais produtivos na crise, isso não deve durar muito, diz a professora Regina Madalozzo, coordenadora do Mestrado Profissional em Economia do Insper.
A razão é simples: as pessoas se cansam.
"Estudos mostram que você pode até aumentar a produtividade no curto prazo, mas isso não é sustentável. As pessoas não conseguem dar 100% o tempo inteiro, elas não são máquinas."
Segundo a professora, aprender novas atividades têm um lado positivo, que é tornar o trabalhador mais completo. No entanto, se isso significa ultrapassar limites físicos, a pressão tem o efeito contrário, prejudicando o serviço.
O vendedor-caixa-estoquista Jorge já percebe que suas vendas pioraram. Enquanto faz o cadastro de um cliente, deixa outros falando sozinhos.
"O patrão não acha certo cair o rendimento, mas não tem como, o atendimento não é mais o mesmo. Me sinto constrangido por não cumprir tudo."

Medo do desemprego

Concentrar tarefas não é a única pressão que os brasileiros sofrem com tantos demitidos no mercado. Com o desemprego acima de 11%, segundo o IBGE, o medo de ser mandado embora é outra preocupação constante.
De acordo com índice da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o medo do desemprego ficou em 64,8 pontos em dezembro - o indicador vai de zero a cem pontos e, quanto mais alto, maior é o temor. O resultado do mês passado foi o maior desde 1996.
O receio de ser o próximo demitido nem sempre coincide com o acúmulo de funções. O motivo pode ser justamente o contrário: a demanda cai tanto que o trabalhador fica ocioso. Ele teme que não seja mais necessário.
"Me sinto inútil. Saio de casa, enfrento o transporte, para chegar aqui e não fazer nada", diz Ana sobre a agência de marketing onde trabalha. Antes da crise, ela desenvolvia campanhas publicitárias. Com as demissões, foi remanejada para o treinamento, setor que está parado.
"Você tem que fingir que está trabalhando, porque não quer ser demitido."
Para ela, a relação com os patrões piorou. Ana diz que o discurso "se você não quer, tem quem queira" é comum.
Excesso de pressão se reflete na saúde dos trabalhadores
Excesso de pressão se reflete na saúde dos trabalhadores
Foto: Thinkstock
"Ele existe abertamente. Quando a gente questiona os gestores, diz 'olha não está legal assim', ele respondem de forma ofensiva."
Trabalhadores de outras áreas relataram a mesma situação à BBC Brasil. De forma mais ou menos exposta, dizem, a carta do desemprego tem sido usada com frequência.
Contratada de uma empresa da indústria alimentícia, Giovana diz que esse "alerta" não vem diretamente da chefia, mas chega de outras formas.
"Recentemente tivemos uma reunião sobre benefícios e o responsável pelo RH disse 'antes de reclamar da alteração no plano de saúde, devíamos olhar as taxas de desemprego'. A ameaça velada ficou evidente."

Relação patrão-empregado

A relação patrão-empregado no Brasil não é só difícil em tempos de recessão, diz a professora Carmen Migueles, que fez doutorado em sociologia das organizações.
Processo atual terá consequências no futuro, diz especialista
Processo atual terá consequências no futuro, diz especialista
Foto: Thinkstock
Migueles afirma que esse contato é árido por natureza. Segundo ela, os subordinados muitas vezes não percebem que os chefes também estão numa posição difícil. Por outro lado, os empresários não costumam compartilhar o que está acontecendo com seu negócio e subestimam a ajuda que seus empregados podem lhe oferecer.
"O Brasil é um dos países que mais tem uma visão negativa dos pares, do chefe e das instituições. Quando falta recursos, é a guerra de todos contra todos."
Sobre as pressões exercidas pelos patrões, a professora diz que perfis autoritários ou paternalistas são muito comuns no país. Há também o que chama de "psicopatas", que se aproveitam da situação para ameaçar e cobrar seus funcionários.
No entanto, para Migueles, os subordinados também têm parcela de culpa num relacionamento tão desgastado. O brasileiro, afirma, possui uma propensão a sentir pena de si mesmo, o que mostraria sua falta de maturidade profissional.
"É muito comum no Brasil o perfil da vítima: ninguém cuida de mim, meu emprego está por um fio. Muitos querem que a empresa trate-os como filhos", diz.
"O brasileiro acho que o empresário é um super-homem: ele deve assumir os riscos, resolver os problemas e motivar as pessoas. Essa posição de desigualdade no Brasil deixa as duas pontas sozinhas: empregado e executivo."
A falta de maturidade, dizem os entrevistados, já teria se mostrado nos anos de prosperidade econômica, quando as vagas eram abundantes - naquele momento os trabalhadores faziam o jogo hoje dominado pelos patrões.
"Em 2014, você conversava com um empresário e ele não conseguia segurar ninguém, as pessoas pulavam de lugar para outro. Agora a mesa virou", diz a professora de Administração da FGV-SP Beatriz Lacombe.
Empresários de várias áreas consultados pela BBC Brasil afirmaram que os cortes foram necessários para a sobrevivência de seus negócios e que também estão sendo afetados pessoalmente pelas incertezas da economia. Alguns disseram que redistribuíram tarefas para não prejudicar suas equipes.
De acordo com os especialistas, o ideal seria que patrões e empregados formassem uma "coalizão" para que, com sacrifícios mútuos, pudessem passar juntos pela recessão. Essas mudanças, no entanto, exigem tempo e são recomendáveis durante períodos de crescimento, quando não há tanta tensão.

Enxaqueca e tendinite

Enquanto essas relações não mudam, a pressão dentro dos escritórios começa a afetar a saúde dos trabalhadores.
A Associação Nacional dos Médicos Peritos estima que o número de pedidos de auxílio-doença subiu até 30% no último ano. Os dados de 2016 ainda não foram divulgados pela Previdência Social.
O presidente da entidade, Francisco Cardoso, cita o caso de um homem que sofreu um burnout , problema conhecido como doença do esgotamento profissional, depois que todas as 40 pessoas do seu setor foram demitidas. Só ele ficou.
Para professora, momento existe ainda mais maturidade prodissional
Para professora, momento existe ainda mais maturidade prodissional
Foto: Thinkstock
A síndrome de Burnout inclui sintomas como agressividade e falhas de memória.
"É um caso isolado, mas tipifica aqueles que, pelo acúmulo de funções ou pela necessidade de afastar o desemprego, acabam trabalhando além do recomendável. Tem acontecido muito."
Giovana*, que gerencia a área de segurança de produto de uma indústria, diz que o excesso de trabalho trouxe de volta sua enxaqueca. Ela também foi parar no hospital por problemas nas costas e tendinite.
Segundo Giovana, na filial brasileira da empresa, apenas duas pessoas atendem as demandas que, na matriz, são realizadas por 30. O quadro de pessoal no Brasil foi cortado em 30% nos últimos anos.
"Me pressiono cada dia mais, trabalhando além do expediente para manter tudo funcionando normalmente, mas a sensação de ser o 'gargalo' de um processo do qual não temos controle chega a ser desesperadora."
O cansaço dos trabalhadores não é algo que se resolverá imediatamente com a recuperação econômica, alerta a professora Regina Madalozzo, do Insper. O esgotamento dos brasileiros trará consequências a longo prazo, sobretudo para as empresas que continuarem pressionando seus funcionários acima de seus limites.
"Quando sair da crise, será aquilo que vemos nos filmes: todo mundo doente, se demitindo ao mesmo tempo. Você tem que ter um mínimo de incentivo para ir ao trabalho todos os dias."
Esta reportagem terminaria aqui. Mas Iasmin*, uma editora de livros didáticos, queria incluir sua história: "é bom poder falar".
Ela descreveu crises de dor de cabeça que duram uma semana, além de confusão mental e perda da visão periférica. Em semanas tranquilas, costuma acumular dez horas extras.
Suas respostas demoraram a chegar e, por pouco, não ficaram de fora. A justificativa, no entanto, não poderia ser um final mais propício: "o trabalho come até o tempo que a gente deveria usar para denunciar quanto tempo o trabalho come".
*Todos os trabalhadores entrevistados tiveram os nomes alterados para preservar suas identidades

Concursos abertos em 20 órgãos inscrevem para 1.300 vagas

Concursos abertos em 20 órgãos inscrevem para 1.300 vagas a partir desta segunda-feira

Confira a lista dos novos concursos públicos abertos pelo país. São mais de 1,3 mil vagas para lotação em mais de 10 estados, com salários iniciais de até R$ 11.700,00.
A última segunda-feira do mês de janeiro traz boas oportunidades para quem deseja ingressar na área pública. Pelo menos 20 concursos e seleções públicas abrem inscrições para contratações de novos servidores em órgãos estaduais e municipais dos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraíba, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná, Acre, Amazonas, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo e São Paulo. Os salários chegam a R$ 11.700,00 na Prefeitura de Gurjão, Paraíba.
Concursos abertos em 20 órgãos começam a inscrever para 1.300 vagas na segunda-feiraOs destaques ficam por conta do grande concurso do Corpo de Bombeiros de Pernambuco, que tem 300 vagas abertas para Soldados; da Fundação Cultural de Belo Horizonte-MG, que oferece salários de até R$ 4.100,00; e da Prefeitura de Cachoeiras de Macacu no Rio de Janeiro, onde são 150 vagas ofertadas no cargo de Guarda Municipal. Confira:

Corpo de Bombeiros-PE

O Corpo de Bombeiros Militar do estado de Pernambuco abre inscrições nesta segunda-feira para preencher 300 vagas no curso de formação e habilitação de Praças Soldados. O candidato deve ter ensino médio completo, idade entre 18 e 28 anos, Carteira Nacional de Habilitação na categoria "B" e altura mínima de 1,65m para homens e 1,60m para mulheres. O aluno do Curso receberá R$ 970,42 como bolsa durante o período de curso e terá remuneração de R$ 2.319,88 quando nomeado Soldado Bombeiro Militar. As inscrições vão de 30 de janeiro às 23h59min do dia 26 de março, pelo endereço eletrônico - www.upenet.com.br e a taxa de inscrição é de R$ 129,60. A prova objetiva e a prova discursiva, primeira etapa da seleção, serão realizadas no dia 28 de maio nas cidades de Recife, Caruaru, Arcoverde e Petrolina - veja o edital.

Fundação de Cultura de Belo Horizonte-MG

A FMC - Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte abre nesta segunda-feira as inscrições do concurso público que servirá para preencher 16 vagas em diversos cargos de ensino médio, técnico e superior. As inscrições abririam no dia 16 de janeiro, mas o prazo foi modificado e agora começa no dia 30/01. A Fundação salários entre R$ 1.767,06 e R$ 4.126,80 para os cargos de Assistente Administrativo, Técnico Cultural/ Produção Cultural, Assistente de RH, Técnico em Contabilidade, Técnico de Informática e Técnico de Nível Superior nas especialidades de Administração, Arquivologia, Arte Educação, Artes Visuais, Biblioteconomia, Ciências Contábeis, Conservação e Restauração, Informática, Patrimônio, Psicologia e Relações Públicas. As inscrições devem ser feitas no site www.gestaoconcurso.com.br até o dia 06 de março e a taxa de inscrição é de R$ 90,00 para cargos de nível superior e de R$ 60,00 para médio e técnico. As provas serão aplicadas na data provável de 23 de abril - saiba mais.

Cachoeiras de Macacu-RJ

No Rio de Janeiro, a Prefeitura de Cachoeiras de Macacu abre prazo no concurso que visa preencher 150 vagas no cargo de Guarda Civil Municipal, sendo 135 para candidatos do sexo masculino e 15 vagas para mulheres. Para participar da seleção, o candidato deve ter formação de ensino médio completo e estatura de 1,60m se homem ou 1,55m se mulher. O salário é fixado em R$ 1.161,00, mais gratificação por jornada de trabalho de 40 horas ou sistema de plantões. O pedido de inscrição deve ser feito no site - www.faepol.com.br, até o dia 5 de março de 2017. O valor da taxa de inscrição é de R$ 80,00 - confira o edital.

Gurjão-PB

Na Paraíba, é a Prefeitura de Gurjão que abre prazo para preencher 53 vagas em diversos cargos de níveis fundamental, médio e superior no quadro geral de pessoal. Os salários oferecidos pela administração municipal chegam a R$ 11.700,00 para os mais de 25 cargos abertos. A inscrição será realizada no endereço eletrônico da organizadora CONPASS - www.conpass.com.br, entre os dias 30 de janeiro e 05 de março de 2017. A taxa de inscrição oscila entre R$ 70,00 e R$ 120,00, conforme o cargo. Já as provas escritas serão realizadas no dia 09 de abril - veja mais.
Abrem inscrições ainda nesta segunda-feira as seleções da Universidade de Blumenau-SC (FURB), Universidade Estadual de Ponta Grossa-PR, Prefeitura de Sena Madureira-AC, Prefeitura de Santo Antônio do Içá-AM, Prefeitura de Veranópolis-RS, Prefeitura de Dom Aquino-MT, Prefeitura de Nova Bandeirantes-MT, Prefeitura de Santa Cruz-RN, Universidade Federal de Sergipe, Prefeitura de Ibiraçu-ES, Prefeitura de João Monlevade-MG, Prefeitura de Sapopema-PR, Prefeitura de Tabaporã-MT e Prefeitura de Guatapará-SP. Confira os editais de cada uma destas seleções:
ConcursoInscrições AtéLocalNº vagasSalários até

Concurso Bombeiros Pernambuco 2017 - Edital e Inscrição

Nível: Médio
26/03/2017PE300R$ 2.319,88

Concurso da Fundação de Cultura de Belo Horizonte-MG 2017

Nível: Médio, Técnico, Superior
06/03/2017Belo Horizonte/MG16R$ 4.126,80

Concurso de Cachoeiras de Macacu RJ 2016 - Guarda

Nível: Médio
05/03/2017Cachoeiras de Macacu/RJ150R$ 1.161,00

Concurso FURB-SC 2016 - Orientador Educacional

Nível: Superior
10/02/2017Blumenau/SC1R$ 3.822,00

Processo Seletivo Universidade Estadual de Ponta Grossa-PR 2017

Nível: Superior
06/02/2017Ponta Grossa/PR102R$ 8.208,60

Concurso Prefeitura de Gurjão-PB 2017

Nível: Fundamental, Médio, Técnico, Superior
05/03/2017Gurjão/PB53R$ 11.700,00

Prefeitura de Veranópolis-RS abre seleção com 33 vagas para Professores

Nível: Superior
03/02/2017Veranópolis/RS33R$ 3.300,00

Processo Seletivo Prefeitura de Sena Madureira-AC 2017

Nível: Fundamental, Médio, Superior
01/02/2017Sena Madureira/AC284R$ 1.061,28

Processo Seletivo Prefeitura de Santo Antonio do Içá-AM 2017

Nível: Fundamental, Médio, Técnico
17/02/2017Santo Antônio do Içá/AM197R$ 1.100,00

UFS lança edital 02/2017 para seleção de Professor Substituto

Nível: Superior
09/02/2017UFS/SE12R$ 3.305,07

Prefeitura de Santa Cruz-RN abre 32 vagas de até R$ 1,4 mil

Nível: Médio, Técnico, Superior
01/02/2017Santa Cruz/RN32R$ 1.400,00

Prefeitura de Dom Aquino-MT abre vagas no magistério

Nível: Fundamental, Médio, Superior
01/02/2017Dom Aquino/MT40R$ 1.488,23

Prefeitura de Sapopema-PR abre seleção com 15 vagas no magistério

Nível: Médio, Superior
02/02/2017Sapopema/PR15R$ 2.298,80

Prefeitura de Ibiraçu-ES abre 17 vagas temporárias na Secretaria de Obras

Nível: Fundamental
30/01/2017Ibiraçu/ES17R$ 937,00

Prefeitura de Nova Bandeirantes-MT abre vagas para Professor

Nível: Superior
03/02/2017Nova Bandeirantes/MT14R$ 1.603,24

Prefeitura de Guatapará-SP abre seleção no magistério

Nível: Médio, Superior
12/02/2017Guatapará/SPCadastro ReservaR$ 1.952,58

Processo Seletivo da Prefeitura de Tabaporã-MT 2017

Nível: Fundamental, Médio, Superior
13/02/2017Tabaporã/MT29R$ 2.403,26

Prefeitura de João Monlevade-MG abre seleção para Ajudante Geral

Nível: Fundamental

domingo, 29 de janeiro de 2017

Após 18 meses, obra da Fundação Casa em Piracicaba será retomada

Após 18 meses, obra da Fundação Casa em Piracicaba será retomada
Construção da 2ª unidade na cidade está parada desde julho de 2015. Novo espaço custará R$ 5 milhões e terá capacidade para 56 adolescentes.
27/01/2017 14h06 - Atualizado em 27/01/2017 16h23
Do G1 Piracicaba e Região
Obras da segunda undidade da Fundação Casa está paradas há 18 meses (Foto: Reprodução /EPTV)Obras da segunda undidade da Fundação Casa está paradas
há 18 meses (Foto: Reprodução /EPTV)
Parada há 18 meses, as obras da segunda unidade da Fundação Casa de Piracicaba (SP) serão retomadas no dia 20 de fevereiro, de acordo com informações da assessoria de imprensa da instituição.
O centro socioeducativo está orçado em R$ 5,088 milhões e terá capacidade para atender 56 adolescentes. A previsão é que o trabalho seja finalizado em outubro deste ano.
Iniciada no dia 17 de novembro de 2014, a construção do espaço foi suspensa em julho de 2015 em função do contingenciamento de recursos. Situação que chamou a atenção do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), que em agosto do ano passado instaurou inquérito contra o governo do estado para questionar a interrupção das obras.

De acordo com o secretário geral da 8ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Piracicaba, Rodrigo Corrêa Godoy, a retomada das obras da Fundação Casa é essencial para minimizar o problema de falta de vagas.
Secretário geral da OAB Piracicaba, Rodrigo Corrêa Godoy (Foto: Moreno Silva/Nova2PE Comunicação)Secretário geral da OAB Piracicaba, Rodrigo Corrêa Godoy
(Foto: Moreno Silva/Nova2PE Comunicação)
“Com demanda maior que a oferta, muitos jovens são transferidos para unidades de outras cidades. Consequentemente, há transtornos com audiências e atraso nos processos. Situação que prejudica a Justiça”, diz.

“Sem contar que o deslocamento para outra cidade faz com que o jovem fique longe de seus familiares que, muitas vezes, têm dificuldade para se locomover até o destino do interno. A presença da família é essencial no trabalho socioeducativo”, acrescenta o advogado.

Casos excepcionais
Apesar de aprovar a construção da nova unidade, Godoy afirma que a medida de internação deve ser a última alternativa. “Ela precisa ser tomada quando não há outras opções. A retirada do adolescente da sociedade para sua internação e ingresso em ações socioeducativas é uma das opções de recuperação destes jovens, mas não a única”, diz.

Para o secretário-geral da OAB, preocupa o alto índice de jovens que são internados nestes centros. “No ponto de vista da OAB, as internações deveriam ser em casos excepcionais. Mas, infelizmente, elas são comuns”.

Obras
A construção da unidade será de responsabilidade da empresa R. Nascimento Construtora e Empreendimentos Ltda. O prédio fica ao lado da unidade existente na cidade, na rodovia Deputado Laércio Corte (SP-147), entre Piracicaba e Limeira (SP). Atualmente, a Fundação Casa de Piracicaba tem capacidade para abrigar 64 jovens e atualmente atende 62.

Socioeducadores denunciam demissões em massa e assédio moral nas unidades que abrigam menores infratores

27/01/2017 10:26Hs

Descontrole

Socioeducadores denunciam demissões em massa e assédio moral nas unidades que abrigam menores infratores

Categoria revela constantes agressões, ameaças, fugas e rebeliões. Governo anunciou edital para gestão compartilhada

Socioeducadores denunciam demissões em massa e assédio moral nas unidades que abrigam menores infratores
Socioeducadores se reuniram na porta do Centro Educacional São Miguel para protestar
Cerca de 100 socioeducadores que  trabalhavam nos Centros Educacionais destinados ao recolhimento de adolescentes infratores foram demitidos nas últimas semanas. A maioria, com muitos anos de serviços prestados, foram dispensados do trabalho e até agora não receberam seus direitos trabalhistas.
A denúncia foi feita ao vivo no programa “Ceará News”, da Rede Plus de Rádio FM, na manhã desta sexta-feira (27), pelo presidente do recém-criado Sindicato dos Socieducadores do Estado do Ceará, Haroldo Ribeiro. Segundo ele,  as demissões em massa pegaram de surpresa os profissionais que trabalhava há anos nas unidades sediadas em Fortaleza, um total de 13.
Ainda de acordo com o líder da categoria, até mesmo profissionais que estavam de licença para tratamento de saúde foram apanhados de surpresa ao serem comunicados  que  haviam sido demitidos. Muitos estavam na função há vários anos, como é o caso de um deles (identidade preservada) que trabalhava há, pelo menos, 21 anos na função.
Conforme Ribeiro, cerca de 90 por cento dos funcionários dos centros educacionais s ao terceirizados, o que implica que todos estão á mercê de demissões sumárias à qualquer momento, já que não critérios para a permanência em seus cargos.
A categoria revela, ainda, que mesmo com a criação de um novo órgão estadual para gerir o sistema, as ameaças, agressões físicas, perseguições e assédio moral de diretores aos sócioeducadores continuam. Ele revela que tentativas de  motins, rebeliões, fugas, depredações ao patrimônio  público e continuam a fazer parte da rotina dos centros  educacionais, e que os profissionais que lidam diretamente com os adolescentes infratores são os que mais se submetem a ameaças e agressões, já que são corriqueiras as ocorrências de localização de armas, celulares e drogas nos centros.
Resposta
Em nota, a Superintendência  do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas)de enviou à Redação a seguinte nota:
“A Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas), em virtude da transição dos serviços relacionados ao sistema socioeducativo, anteriormente executados pela Stds, lançou Edital de seleção  para escolha de novas entidades para atuar na gestão compartilhada das unidades socioeducativas.
O Edital foi elaborado de acordo com as diretrizes do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo,  notadamente quanto a definição do quantitativo de pessoal, bem como foram redimensionados vários serviços  com a finalidade de conferir maior qualidade e efetividade e adequá-los aos limites financeiros e orçamentários  aprovados para 2017. Em razão do processo de mudança, todos os colaboradores foram desligados, e as readmissões nos novos  termos de colaboração celebrado entre a Seas e as organizações da sociedade civil estão sendo realizadas de  forma gradativa, dentro do limite de vagas aprovado.
Os colaboradores que não forem readmitidos comporão banco de reserva para posterior contratação, no caso do  surgimento de vagas. Além disso, a Seas deverá publicar em breve o Edital para a Seleção Temporária para preenchimento de funções  no sistema socioeducativo, sendo: 964 vagas para Socioeducador; 50 vagas para Assistente Social; 49 vagas  para Psicólogo e 17 vagas para Pedagogo.”
Por Fernando Ribeiro

sábado, 28 de janeiro de 2017

Ex-interno da Fundação Casa de Botucatu vai jogar na Europa




Ex-interno da Fundação Casa de Botucatu vai jogar na Europa


Destaque na Copa São Paulo de Futebol Junior deste ano, quando marcou o mais belo gol da competição jogando pelo o União Barbarense, ele foi contratado pelo Rio Ave, equipe que disputa a primeira divisão do futebol português.Uma história que servirá de exemplo para milhares de jovens que buscam oportunidades na vida, apesar das adversidades impostas de forma implacável pela desigualdade social. Jadson da Silva, 18 anos, ex-interno da Fundação Casa, vai jogar futebol na Europa em 2017.
Jadson é natural de São Manuel e viveu uma adolescência conturbada. Se envolveu com drogas aos 14 anos, quando chegou pela primeira vez à Fundação Casa de Botucatu. Na instituição sempre se mostrou habilidoso com a bola nos pés e era sempre o destaque nos campeonatos internos.
Após 1 ano em Botucatu, tentou iniciar a carreira no futebol, mas as dificuldades foram enormes e Jadson sofreu para alcançar seu sonho. Aos 16 anos voltou para a Fundação Casa em Botucatu e por ali ficou mais um ano, mas o sonho de jogar futebol nunca foi abandonado.
“O interessante é tentar tirar ele dessa vida, não é fazer virar jogador. O importante é dizer que é possível, pois se não fosse jogador ele seria um bom médico, um bom engenheiro, mecânico”, disse o tricampeão do mundo e ídolo do Corinthians Zé Maria, famoso botucatuense que exerce função diretiva na Fundação Casa em entrevista ao programa ‘Tá na Área’ do canal SPORTV.
Uma reportagem especial produzida em Botucatu pelo canal por assinatura dá destaque para a vida do jogador. Recentemente Jadson retornou à Fundação Casa de Botucatu, mas desta vez para passar sua experiência de vida para os internos. Ele proferiu palestra para meninos da Unidade e contou tudo o que passou para alcançar o sonho de sua vida