segunda-feira, 21 de junho de 2021

Servidores em greve da Fundação Casa doam sangue

 


 

Servidores da Fundação Casa que estão em greve desde o último dia 16 vão realizar uma ação solidária, nesta segunda-feira (20), por meio da doação de sangue coletiva no Hemocentro de Araçatuba.

A campanha humanitária está marcada para começar as 7h e deve durar toda a manhã. Os trabalhadores também deverão seguir até o centro de Araçatuba para expor à população os motivos da paralisação.

Araçatuba concentra duas unidades da Fundação Casa, com cerca de 160 funcionários. O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região (TRT-2) determina que 70% do efetivo esteja trabalhando. O movimento é realizado em todo o estado de São Paulo.

Na sexta-feira (18), funcionários da Fundação Casa de São Paulo fizeram uma manifestação e queimaram pneus na marginal Tietê. Os funcionários carregaram faixas com a frase: “chega de agressões e assédio moral! estamos adoecidos”. Segundo funcionários, esse é o sentimento de servidores em todo o estado.

O ato acontece porque, segundo o Sintsep, o sindicato da categoria, a recomposição salarial no período de março de 2020 a fevereiro de 2021 não foi aceita pela Comissão de Política Salarial e que a única proposta que teria sido aceita pelo governo de São Paulo foi o reajuste de valor diário do vale refeição de R$ 21,41 para R$ 23,36.

De acordo com o sindicato, os trabalhadores estão sem reajuste salarial desde 2015 e sem o repasse da inflação desde 2019, mas o plano de saúde continua com reajuste anual e sem a participação do órgão.

“Fundação e o governo do estado de São Paulo estão atacando a categoria, desvalorizando os profissionais, seja com as novas regras sobre o vale-refeição, seja pelo aumento do convênio médico ou pela falta de reajuste e aplicação do Plano de Cargos e Salários”, diz trecho de nota divulgada pelo Sindicato no início da greve.

De acordo com o Sitsesp, mais de 30 servidores faleceram vítimas da covid-19, a instituição não garantiu equipamentos de proteção individual de qualidade, nem testagem periódica e em massa.

“Fecharam diversas unidades e transferiram arbitrariamente vários funcionários. Se recusaram a dar reajuste no salário com a inflação disparando e corroendo os salários. Estão querendo retirar direitos como o vale refeição em plena pandemia”, diz nota do sindicato.

O movimento agendou um protesto para o dia 23 de junho, com concentração em frente ao Masp, passeata até a sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e encerramento na Secretaria da Justiça e Cidadania. Nesse dia será julgado o dissídio coletivo dos funcionários.

Em nota, a Fundação Casa afirmou que “sempre esteve aberta ao diálogo com o sindicato e que realizou inúmeras reuniões com o propósito de chegar a um acordo”.

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