COVARDIA NO NATAL: POLICIAL PENAL É ESPANCADA EM EMBOSCADA NO CPP BUTANTÃ
Violência, negligência e risco extremo dentro do sistema prisional
Enquanto grande parte da população celebrava a noite de Natal ao lado de suas famílias, a realidade no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) do Butantã, em São Paulo, foi marcada por violência extrema, tensão e negligência institucional. Uma Policial Penal, no exercício regular de suas funções, foi brutalmente agredida em uma emboscada dentro da unidade prisional.
A servidora estava sozinha, acumulando a responsabilidade de quatro postos simultaneamente — Castigo, RO, CR e Casa Mãe — uma situação que, por si só, já representa grave risco à vida e descumpre qualquer parâmetro mínimo de segurança operacional.
A EMBOSCADA
Durante um procedimento rotineiro, ao abrir a cela para a retirada do lixo, a policial penal foi surpreendida por três detentas, que partiram para um ataque violento e coordenado. A servidora foi espancada com chutes, arrastada pelos cabelos e, em ato de extrema covardia, trancada dentro da própria cela.
A agressão poderia ter resultado em consequências ainda mais graves, inclusive risco de morte, evidenciando de forma clara o quanto a sobrecarga de trabalho, a falta de efetivo e a ausência histórica de segurança adequada colocam diariamente em perigo os profissionais que atuam no sistema prisional.
TENTATIVA DE FUGA FRUSTRADA
O ataque tinha um objetivo claro: viabilizar uma fuga. A tentativa, no entanto, não foi consumada graças a uma conquista recente da categoria, fruto da atuação firme do Sinppenal, que denunciou publicamente, na imprensa, a precariedade da segurança nas unidades prisionais.
Após essas denúncias, a unidade passou a contar com viaturas e Policiais Penais armados, o que foi decisivo para a resposta rápida. Uma das detentas foi interceptada no alambrado, enquanto as outras duas foram recapturadas na mata vizinha, evitando um desfecho ainda mais grave.
PÓS-OCORRÊNCIA E TRAUMA
O GIR (Grupo de Intervenção Rápida) esteve na unidade no dia seguinte, reforçando a segurança. No entanto, o trauma físico e psicológico de sofrer uma agressão violenta em pleno dia de Natal permanecerá marcado na vida da servidora.
O episódio escancara uma realidade alarmante: a falta de efetivo e o não policiamento armado adequado custam caro, não apenas em estatísticas, mas em vidas humanas, integridade física e saúde mental dos trabalhadores do sistema prisional.
DENÚNCIA E SOLIDARIEDADE
O Sinppenal manifesta total solidariedade à Policial Penal agredida, reafirmando seu compromisso inabalável na luta por:
Segurança real e permanente nas unidades;
Fim da sobrecarga de trabalho;
Dimensionamento adequado de efetivo;
Respeito à vida e à dignidade dos profissionais da segurança penal.
Este caso não é isolado. Ele é o resultado direto de anos de negligência, de decisões administrativas que ignoram a realidade do chão da unidade e de um sistema que insiste em funcionar no limite — até que alguém pague o preço.
REFLEXÃO À SOCIEDADE E À CATEGORIA
👉 Qual é o limite do risco aceitável?
👉 Quantas vidas ainda precisarão ser colocadas em perigo para que providências reais sejam tomadas?
Manter um único servidor responsável por vários postos simultaneamente não é economia — é imprudência, é negligência, é colocar vidas em risco.
💬 Qual a sua opinião sobre essa prática?
Comente, compartilhe e fortaleça nossa voz. Segurança para quem cuida da segurança não é privilégio, é direito.

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