terça-feira, 15 de outubro de 2019

Policial da CLDF é baleado por agente penitenciário em bar



 
Um policial da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) foi baleado durante confusão no bar Koal, no Sudoeste. De acordo com testemunhas, ele estava alterado e, após uma discussão, apontou a arma para os funcionários do estabelecimento. Um agente penitenciário de Tocantins (TO), que estava no local, reagiu e o atingiu na região da virilha. A ocorrência foi registrada no sábado (12/10/2019).
O caso é investigado pela 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro). A vítima foi levada ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Segundo um segurança da festa, Danilo da Costa Portela, 45 anos, chegou ao estabelecimento desarmado, não se identificou como policial legislativo, passou pela revista e se encontrou com um grupo de amigas que estava no local. Uma das mulheres começou a passar mal e vomitou. Os brigadistas teriam se aproximado para socorrê-la, mas foram impedidos por Danilo.
Ainda de acordo com o funcionário, as amigas da moça a levaram para o banheiro feminino, onde o atendimento médico foi feito. O policial teria tentado entrar no toalete, mas acabou impedido por seguranças, dando início à confusão e a um bate-boca. Colocado para fora do bar, Danilo tentou voltar, alegando que precisava pagar a conta.
Um dos proprietários teria avisado que não era necessário. O segurança relatou aos investigadores que, nesse momento, o policial legislativo começou a filmar o dono do bar e afirmou que o empresário era um “homem morto”.
Versão
O autor dos disparos, o agente penitenciário Willian de Araújo Campos, 34, se apresentou na delegacia e deu a versão dele sobre o que ocorreu. Segundo o depoimento, Danilo, após ser expulso pelos seguranças, voltou armado e ameaçou o proprietário do local. O dono do bar teria dito para o policial se acalmar, ir para casa e não arrumar confusão. De acordo com o relato, Danilo respondeu: “Você vai ver a confusão agora” e sacou a arma.
Willian diz ter ouvido o barulho do gatilho ser acionado, mas que a arma não disparou. Ele reagiu e baleou o policial na região das pernas. O agente entregou a arma para a polícia. A pistola e os carregadores usados pela vítima também foram recolhidos.
Os responsáveis pelo estabelecimento reforçaram o depoimento prestado por Willian, e ainda ressaltaram que o policial legislativo estava arrumando confusão desde o momento em que tentou se relacionar com uma mulher que estava no bar.
Alcoolizada, a mulher teria contado com a ajuda de algumas amigas para evitar que fosse agarrada pelo policial, segundo os donos do bar. Após ser colocado para fora por seguranças, Danilo se irritou mais e teria retornado armado, com cartuchos para recarregar a arma.
A reportagem entrou em contato com Secretaria de Cidadania e Justiça do Estado do Tocantins. A pasta informou que ainda não foi notificada sobre a ocorrência, mas que, a partir de agora, vai acompanhar o andamento do processo.
Metrópoles solicitou um posicionamento da Câmara Legislativa do DF, mas não obteve retorno. O proprietário do bar também não respondeu às mensagens. O espaço está aberto para eventuais manifestações

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