sábado, 29 de junho de 2019

Veja o que mudou sobre posse e porte de armas após 7 decretos do governo


Dois projetos aprovados pelo Senado, que mudam o Estatuto do Desarmamento, ainda precisam ser votados na Câmara dos Deputados.

Por Jornal Nacional
 

Veja o que mudou sobre a posse e o porte de armas após sete decretos do governo
Desde que tomou posse, em janeiro, o presidente Jair Bolsonaro editou sete decretos e um projeto de lei para tornar mais flexíveis as exigências para a posse e o porte de armas. Mesmo com todas as mudanças, a constitucionalidade dos textos continua sendo questionada.
Dois projetos aprovados esta semana pelo Senado, e que mudam o Estatuto do Desarmamento, ainda precisam ser votados na Câmara dos Deputados. Um deles coloca na lei o que já está em vigor por decreto: permite que moradores do campo usem armas em toda a extensão da propriedade rural e não apenas na sede. O outro reduz de 25 para 21 anos, a idade mínima para que residentes em áreas rurais possam comprar armas de fogo.
A discussão desses e de outros projetos foi acertada com o presidente Jair Bolsonaro. Desde o início do governo, ele vem tentando mudar as regras para flexibilizar a posse e o porte de armas. Foram sete decretos. Alguns tiveram a constitucionalidade questionada. O Senado derrubou dois. Com a possibilidade de ver as regras derrubadas também pela Câmara ou pelo Supremo Tribunal Federal, o presidente recuou. Revogou os próprios decretos.
O primeiro foi editado em janeiro para facilitar a compra de armas de fogo. O registro, que até então era feito por unidade, passou a valer para até quatro armas, e a validade do registro passou de cinco para dez anos.
Em maio, foram dois decretos. O mais polêmico revogou o de janeiro e trouxe mudanças na restrição de compra e no porte, as regras para que donos de armas possam carregá-las.
As novas normas acabaram permitindo que até fuzil pudesse ser comprado e permitiram que milhões de pessoas requisitassem à Polícia Federal o direito de andar armadas, incluindo políticos, agentes de trânsito, motoristas de caminhão e jornalistas.
O decreto também aumento de 50 para mil a quantidade de munição que poderia ser comprada todos os anos.
A reação negativa foi tanta que o governo editou outro decreto, quase uma tentativa de conserto, estabelecendo que caberia ao Exército definir quais armas poderiam ou não ser compradas. Mas as categorias com direito ao porte de arma para defesa pessoal aumentaram para incluir advogados, caçadores e colecionadores registrados no Exército.
Logo depois de revogar os próprios decretos, o governo publicou quatro novos, praticamente com as mesmas regras dos textos anulados. Um deles foi revogado e um projeto de lei foi enviado ao Congresso.
Entre tantas idas e vindas, por enquanto, três decretos estão valendo, com as seguintes medidas: caberá ao Exército, em 60 dias, definir que armas são de uso permitido para todos, o que poderia abrir brecha para a compra de fuzil.
Adolescentes com idade entre 14 e 18 anos poderão ter aulas de tiro, com a autorização de um responsável. Também está mantida a exigência de um local seguro para guardar armas. E está valendo ainda o amplo acesso a armas de uso restrito e grandes quantidades de munição para colecionadores, atiradores esportivos e caçadores.
O Ministério Público Federal criticou os decretos, disse que ainda há ilegalidades e inconstitucionalidades, que os textos são “mais um capítulo da tentativa do Poder Executivo de subverter o sentido do Estatuto do Desarmamento”, e que “a situação se aproxima de um caos normativo e de uma grande insegurança jurídica”.
A procuradoria também questiona o fato de os decretos “manterem a classificação de alguns fuzis como armas portáteis de uso permitido, medida que tem potencial para expandir acentuadamente o poderio de organizações criminosas, sobretudo na hipótese de furto ou roubo dessas armas e sua posterior destinação para a criminalidade”.
Os procuradores apontam para dois pontos positivos em um dos novos decretos: a redução na flexibilidade do porte e na quantidade de munições que podem ser compradas.
A posição do ministério público foi enviada ao congresso e à procuradoria-geral da república para auxiliar no posicionamento que a PGR deve apresentar na ação de inconstitucionalidade que tramita no Supremo Tribunal Federal.
O ministro Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência, disse que os novos decretos foram amplamente discutidos e justificou o uso dos decretos e de um projeto de lei.
“Basicamente o que nós fizemos foi pegar o mesmo texto que nós tínhamos apresentado, dividir em três eixos temáticos distintos – posse, porte e CACs – e no que diz respeito a porte de arma, o que era o assunto mais polêmico, mais controverso, para que não houvesse um embate desnecessário do tema, nós optamos, em comum acordo com os poderes, em encaminhar um projeto de lei para ampliar a capacidade de regulamentação do presidente e, logicamente, lá no Parlamento será discutido esse tema” disse.
Melina Risso, do Instituto Igarapé, disse que os novos decretos apenas reeditam as mesmas medidas anteriores.
“O governo diz ‘estamos corrigindo as medidas que foram identificadas’, mas, na verdade, não é isso que os decretos estão fazendo. É uma manobra que, pelo uso da força, ele quer fazer valer a sua vontade. O que o governo tem feito com essa nova edição do decreto é mais do mesmo e fragilizando toda a política de controle”.
É a mesma preocupação do professor Rubens Glezer, da Fundação Getúlio Vargas, que critica a insistência do governo em não dialogar com o Congresso.
“As opções políticas fundamentais são tomadas pelo Congresso nacional, por deputados e senadores. Nunca um presidente sozinho pode, sem análise do Congresso, mudar uma decisão que foi tomada em lei”.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Estado gasta R$ 9 mil mensais por jovem infrator internado em sistema socioeducativo

Estado gasta R$ 9 mil mensais por jovem infrator internado em unidades do Degase

Secretário de Educação quer incentivar empresas a contratar adolescentes, bancando parte da contratação do jovem aprendiz
Jovens em cela lotada no Centro de Socioeducação Gelso de Carvalho Amaral, na Ilha do Governador, funciona como um centro de triagem e apresenta superlotação Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
Jovens em cela lotada no Centro de Socioeducação Gelso de Carvalho Amaral, na Ilha do Governador, funciona como um centro de triagem e apresenta superlotação Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
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RIO - Apesar do colapso no sistema de Socioeducação do Rio, que enfrenta superlotação em todas suas unidades de internação, hoje o gasto com cada adolescente internado no estado é de R$ 9 mil ao mês. A informação é do secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes. Ele está auditando as contas do Degase, enquanto busca recursos para a construção emergencial de vagas de internação. Para reduzir gastos e aumentar a capacidade de ressocialização de jovens infratores do estado, ele anunciou uma parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado, para criar incentivos ao programa jovem aprendiz. Pela lei, empresas estão obrigadas a contratar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem um número de aprendizes equivalente a cinco por cento dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento.

Segundo Pedro Fernandes, mesmo que o estado bancasse parte desse contrato junto às empresas, ainda assim seria mais barato do que o custo atual de um jovem internado.
“Sairá mais barato para o estado bancar o programa e garantir que ele aprenda e trabalhe”
PEDRO FERNANDES
Secretário de Educação
— O estado está disposto a pagar parte do programa jovem aprendiz como forma de estimular as empresas. Hoje, um adolescente internado ou em semi-liberdade custa R$ 9 mil e não faz nada. Sairá mais barato para o estado bancar o programa e garantir que ele aprenda e trabalhe. Ele terminaria sua medida com uma pequena poupança, que permitiria a ele um recomeço longe do crime — explicou o secretário.
Fernandes contou que fechou parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que se comprometeu a ceder terrenos em distritos industriais para a construção de unidades de ensino que serão vocacionadas de acordo a produção da região.
— A ideia é que jovem aprenda e faça um estágio na empresa próximo à unidade de ensino.
Além disso, o secretário informou que o governo conseguiu recursos da ordem de R$ 51 milhões com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para a construção de três unidades de internação em Xerém.
Nesta quarta-feira, o governo estadual anunciou medidas emergenciais para a criação, até dezembro deste ano, de pelo menos 220 vagas de semiliberdade com a instalação de novas unidades do Degase nas regiões Norte e Sul, na Baixada Fluminense, Região dos Lagos e na capital. Também serão criadas, até o final deste ano, outras 200 vagas de internação e internação provisória na região Serrana e no Leste fluminense. Com isso, o Degase terá, até dezembro, 420 novas vagas no estado.
Até o segundo semestre de 2020 serão criadas mais 600 vagas de internação e internação provisória. O total do investimento, com recursos do governo estadual, será de pouco mais de R$ 125 milhões, já incluindo o custeio.

Perde a validade nesta sexta-feira MP que extingue contribuição sindical na folha


Perde a validade nesta sexta-feira (28), a Medida Provisória 873/19, que proibia o desconto da contribuição facultativa ao sindicato na folha salarial com autorização do trabalhador. Segundo a MP, a contribuição sindical seria paga por meio de boleto bancário, após autorização expressa, individual e por escrito do trabalhador. Para que o assunto seja tratado novamente pelo Congresso, somente por meio de projeto de lei.

A MP altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-lei 5.452/43) e o Estatuto do Servidor Público (Lei 8.112/90). Pelo texto, o pagamento poderia ser feito somente por meio de boleto bancário ou o equivalente eletrônico, enviado obrigatoriamente à residência do empregado ou, na impossibilidade de recebimento, para a sede da empresa. Caso o trabalhador não tenha autorizado o desconto, o envio do boleto seria proibido.

O texto também tornava nula a obrigação de recolhimento da contribuição sem a autorização do trabalhador, mesmo que referendada por negociação coletiva ou assembleia geral, além de especificar que qualquer outra taxa instituída pelo sindicato, ainda que prevista no estatuto da entidade ou em negociação coletiva, somente poderia ser exigida de quem fosse efetivamente filiado.

Em dezembro de 2017, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) homologou uma convenção coletiva contendo uma cláusula prevendo o desconto da contribuição sindical, desde que houvesse autorização em assembleia.
De compulsória a facultativa
Também chamada de imposto sindical, a contribuição foi criada em 1940 por um decreto-lei e incorporada em 1943 à CLT, que manteve a cobrança obrigatória. A compulsoriedade fez do imposto sindical o principal mecanismo de financiamento dos sindicatos brasileiros.

Em 2017, a reforma trabalhista (Lei 13.467/17) transformou a cobrança em facultativa. O trabalhador precisou manifestar a vontade em contribuir para o seu sindicato, mas a cobrança continuou a ser na folha salarial.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem - Eduardo Piovesan
Edição - Geórgia Moraes

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Congresso dos sindicato dos servidores da Fundação CASA, DELEGADOS SINDICAIS se unam a nós

Do dia 26 a 29 de junho de 2019, em Água de São Pedro irá acontecer o congresso do SITSESP.
Congresso esse onde nem todos os diretores foram liberados pra participar, mesmo sendo natos, as liberações dos mesmos foram negadas, prejudicando assim as votações quando essa acontecerem.
Segundo informações dia 26 de junho terá um jantar APARTIR das 21:00 HS.
Dia 27, Primeira palestra Organização no local de trabalho com Donizete SINPEEM.
Segunda palestra Assédio Moral com Dr. Ronaldo.
Após isso ocorrerá os debates sobre os temas da manhã.
Mas o mais importante pra nossa categoria, seria colocar em pauta a mudança de diversos itens do estatuto SITSESP, ESTATUTO esse, que fica bem claro, que só benefícia DIRETORES.
A pauta maior seria a mudança de estatuto, onde poderíamos colocar a não reeleição de diretores, nenhum órgão competente , nenhum servidor até hoje conseguiu tirar essa gestão atual e alguns diretores que lá estão a década, porq os mesmos foram reeleitos, se não tivesse reeleição, com certeza eles já teriam saído faz muito tempo, essa é a hora de mostrarmos força, mudando o estatuto, e o sindicato voltaria pra mão dos trabalhadores.
Deixamos nas mãos dos diretores de oposição, e dos delegados sindicais essa missão de nos representar, e colocar o sitsesp novamente com os servidores, se isso for concretizado, quem tem a ganhar será a categoria, será nós Trabalhadores, onde a anos estamos lutando pra que a Justiça seja feita, e nesse congresso será a grande oportunidade de ganharmos essa batalha.
Por tanto, DELEGADOS SINDICAIS venham pro lado dos trabalhadores, se unam aos DELEGADOS e diretores de oposição, nós estamos confiando em vocês, pra que o sitsesp retornem pra nossa classe trabalhadora, pra que juntos possamos lutar realmente em prol da nossa categoria na próxima campanha salarial.
Juntos somos mais fortes, unidos seremos imbatíveis...