quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Novo dono da Amil deve ser anunciado ainda neste ano; saiba quem são os favoritos

 


Estão no páreo os empresários José Seripieri Júnior e Nelson Tanure, assim como o fundo da Bain Capital

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247 – A UnitedHealthGroup (UHG) está em processo de definir um comprador para sua operação brasileira, a Amil, até o final desta semana. A Amil, uma operadora de planos de saúde e dental, possui uma base de 5 milhões de usuários e uma infraestrutura que inclui 31 hospitais e 28 clínicas médicas. Entre os interessados na compra estão os empresários José Seripieri Júnior, Nelson Tanure, que havia anunciado sua desistência da operação, e a gestora Bain Capital. Esta informação foi reportada pelo jornal Valor Econômico.

O valor total da operação é estimado entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, excluindo a carteira de planos individuais, considerada deficitária. O comprador potencial deverá desembolsar entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões, devido a um passivo da Amil na ordem de R$ 10 bilhões. Cerca de 60% deste passivo são devidos a dívidas tributárias, com o restante relacionado a contingências médicas. A UHG pretende concluir a venda dentro deste ano, visando retirar as operações brasileiras de seu balanço.

A receita da divisão de planos de saúde da UHG nos primeiros nove meses foi de US$ 210 bilhões, em contraste com os R$ 15,2 bilhões faturados pela Amil no mesmo período. O BTG Pactual, assessorando a UHG, intensificou as conversas com os interessados. José Seripieri Júnior está sendo assessorado pelo BR Partners, enquanto Nelson Tanure conduz as negociações através do banco Master e da Alliança, empresa de medicina diagnóstica. A Bain Capital é considerada uma forte concorrente e está em diálogo com Irlau Machado, ex-executivo da NotreDame Intermédica, para liderar o negócio.

Entretanto, a venda enfrenta desafios, principalmente devido à carteira de planos individuais deficitária. Em 2022, a UHG tentou vender esta carteira separadamente, mas a transação foi vetada pela ANS. No acumulado de nove meses, a Amil registrou um prejuízo operacional de R$ 2,6 bilhões. A ANS informou que qualquer mudança no controle da Amil necessitará de aprovação regulatória. Até o momento, não houve formalização sobre a venda. A UHG, Bain Capital, os empresários envolvidos, BR Partners, BTG, Master, Alliança e Irlau Machado não comentaram sobre o processo.

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