sábado, 30 de dezembro de 2023

SOCIEDADE CIVIL DENUNCIA CORTE EM ORÇAMENTO NA ÁREA DE DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTE PELO CONGRESSO NACIONAL E REIVINDICA RECOMPOSIÇÃO URGENTE


 NOTA PÚBLICA


Conselheiras e Conselheiros da Sociedade Civil do Conselho Nacional dos

Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), em conjunto com o Fórum

Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (FNDCA), tendo como mantenedora

a Sociedade Brasileira de Defesa da Criança e do Adolescente (SBDCA), composto por

organizações da sociedade civil filiadas e 27 (vinte e sete) Fóruns Estaduais e Distrital,

com forte atuação nos Conselhos de Direitos e de Políticas Públicas, tem como princípio

e missão precípua a defesa permanentemente da continuidade do fortalecimento do

Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente.

E, nesse processo de retomada de direitos e reconstrução de políticas, destaca-se a

relevância da perenidade e avanço na política de Direitos de Humanos, que alcança os

direitos da criança e do adolescente com foco na convivência familiar e comunitária,

Assistência Social, Educação e Saúde, profissionalização, combate ao trabalho infantil,

enfrentamento da violência sexual, fortalecimento do sistema socioeducativo e

programas de proteção a crianças vítimas, testemunhas de violência e ameaçadas de

morte, bem como ao atendimento aos fenômenos da orfandade crescente em tempos

recentes com o período pandêmico e de repercussão trazida pelo feminicídio e violência

contra a mulher, tudo com base no art. 227 da Constituição Federal e no art. 4.º do

Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/1990), que expressam que deve

haver atendimento das Políticas Públicas com o Princípio da PRIORIDADE

ABSOLUTA estando inserida a primazia na definição do Orçamento Público por meio

das respectivas legislações anuais e quadrienais.

Neste sentido, REPUDIAMOS veemente a aprovação do Congresso Nacional

Brasileiro em 22/12/2023 (PLN 029/2023) que deliberou o Projeto de Lei

Orçamentária (PLOA) 2024, chegando à drástica e inesperada redução do orçamento

para a pasta de direitos humanos, aqui especificada a de Crianças e Adolescentes, o que,

conforme noticiado pela imprensa, tal corte seria no patamar de 9% (nove por cento) do

previsto inicialmente ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania em proposta

original advinda do Governo Federal, o que impactaria de forma geral em corte de 30,5

milhões, e de cerca de 4 milhões de reais em desfavor das políticas consagradas como.  de previsão e destinação em Prioridade Absoluta para crianças e adolescentes pela nossa

Carta Cidadã.

Presidente Lula, clamamos pela necessidade urgente de recomposição do

Orçamento destinado originalmente para a área de direitos humanos, com o ilustre ato

de Vossa Excelência de vetar tal deliberação do Congresso Nacional, o que entendemos

por demasiadamente injusta e desproporcional à realidade que vivenciamos, em que

estamos em luta para superação de período pandêmico, que afetou sobremaneira a vida

de crianças, adolescentes e suas famílias, inclusive com dados oficiais do IBGE, IPEA e

do próprio MDHC em 2023, que evidenciam o recrudescimento das violações de

direitos e a premente atuação em políticas públicas, com controle e participação social,

a serem favorecidas ainda mais nos próximos anos.

Assim, torna-se urgente assegurar o compromisso social, humano e efetivação de

direitos, restabelecer o reequilíbrio do orçamento em Prioridade Absoluta para as

políticas públicas direcionadas a crianças e adolescentes do Brasil.

Brasília/DF, 29 de dezembro de 2023.

Marina de Pol Poniwas

Vice-Presidenta do Conselho Nacional dos Direitos da 

Criança e do Adolescente (CONANDA), pela Sociedade Civil

Ricardo Washington Moraes de Melo

Secretário Nacional do Fórum Nacional dos 

Direitos da Criança e do Adolescente (FNDCA)

Grupo americano indica perdas de US$ 7 bilhões com venda da Amil

 

O UnitedHealth Group (UHG) também informou às autoridades dos Estados Unidos que negócio deve ser concluído no primeiro semestre de 2024

CARLOS RYDLEWSKI
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UnitedHealth Group (UHG), maior seguradora de saúde dos Estados Unidos, informou nesta sexta-feira (29/12) que vai registrar em seu balanço financeiro perdas de US$ 7 bilhões com a venda de suas operações no Brasil. No país, o UHG vendeu a Amil na semana passada para o empresário brasileiro José Seripieri Filho (foto em destaque), fundador da Qualicorp. O  valor do negócio foi estimado em R$ 11 bilhões.

Em comunicado enviado às autoridades regulatórias americanas, o UHG informa que o negócio deve ser concluído no primeiro semestre de 2024. A maior parte da despesa de US$ 7 bilhões está relacionada a ajustes cambiais. 

A seguradora americana entrou no mercado brasileiro há mais de uma década com a aquisição da Amil por US$ 4,7 bilhões. Desde 2022, contudo, o UHG tentava vender seus ativos brasileiros. 

A Amil tem uma carteira com 3,1 milhões de usuários em planos médicos e 2,3 milhões em odontológicos. A infraestrutura da companhia é formada por 19 hospitais e 52 unidades de atendimento, como ambulatórios e centros de diagnóstico. 

A força da Amil está no alcance dos seus planos de saúde, além da rede hospitalar. O problema está nos planos individuais, cerca de 300 mil, que não se pagam. No primeiro semestre deste ano, a companhia registrou um prejuízo operacional de R$ 1,6 bilhão.

Já o UHG anotou um lucro líquido de US$ 5,84 bilhões no terceiro trimestre de 2023, maior do que o valor apurado no mesmo período de 2022, que ficou em US$ 5,26 bilhões. A receita da multinacional avançou 14% no terceiro trimestre, alcançando US$ 92,36 bilhões.

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Correção da tabela do IR isentaria quase 13,8 milhões de contribuintes, aponta levantamento

 

Por Luiz Felipe BarbiériAna Paula Castro, g1 e TV Globo — Brasília

 

Levantamento da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) mostra que se a tabela do Imposto de Renda fosse corrigida considerando o acumulado da inflação até dezembro de 2023, quase 13,8 milhões de pessoas estariam isentas.

A Associação aponta uma defasagem na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) no Brasil (leia mais abaixo).

De acordo com os dados da entidade, a diferença entre a arrecadação projetada (R$ 321 bilhões) e o montante que deveria ser arrecadado (R$ 116 bilhões) representa R$ 204,43 bilhões que famílias deixariam de arrecadar.

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Reforma Tributária: Congresso tem 180 dias para detalhar funcionamento na prática

Segundo Mauro Silva, presidente da entidade, a defasagem gera preocupação com a Justiça Tributária.

“Apesar das expectativas, a defasagem na correção do IRPF persiste, sem que a promessa de resolução por parte do presidente Lula tenha sido cumprida”, afirmou a Unafisco em nota.

A última correção da tabela do Imposto de Renda foi realizada em 2015, no início do segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Desde então, não houve qualquer alteração.

Atualmente, são isentos os ganhos de até R$ 2.112. Se a tabela fosse corrigida, a faixa de isenção subiria para R$ 4.934,69, uma defasagem de 133,65%.

Reforma do IR

O governo tem trabalhado com a expectativa de discutir uma reforma mais ampla do Imposto de Renda em 2024.

A previsão já está contemplada na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, que estabeleceu um prazo de 90 dias, contados a partir da promulgação do texto, para que o Planalto envie um projeto com mudanças na taxação sobre a renda.

A reforma foi promulgada no último dia 20 e estabeleceu a unificação de cinco impostos em dois Impostos sobre o Valor Agregado (IVAs). As mudanças vão atingir os tributos sobre o consumo, sem alterar as regras de tributação pelo IR.

Pelo prazo estabelecido na emenda, o governo terá até março de 2024 para enviar um projeto ao Congresso.

A reforma do IR é uma das propostas prioritárias do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem declarado, desde a campanha, que atualizaria a tabela de isenção do tributo.

Em 2022, durante a campanha, Lula se comprometeu a elevar a isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil mensais. A equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trabalha com o cumprimento da promessa até 2026.

Em maio deste ano, o governo editou uma medida provisória que elevou a isenção do IR para R$ 2.640.

A medida foi possível por meio de uma atualização na faixa de isentos para R$ 2.112, além de um desconto mensal de R$ 528 na fonte. A última correção da tabela havia sido realizada em 2015.

Os presidentes da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tratam a fase de regulamentação da reforma tributária, que deve discutir uma revisão do Imposto de Renda, como uma das prioridades do Legislativo em 2024.

A expectativa é que os projetos sejam discutidos ainda no primeiro semestre.

“O ano que vem, no Legislativo, é mais curto, por causa das eleições municipais. Por isso, nossa prioridade será regulamentar a reforma tributária, o maior feito do Congresso Nacional nas últimas décadas. Um avanço que vai fazer com que o país mude de patamar”, disse Lira ao blog do Valdo Cruz no g1.

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