quarta-feira, 1 de junho de 2022

Motoristas e cobradores de ônibus de SP decidem realizar greve na 2ª

 

Atraso na saída de ônibus afetou 13 viações na capital paulista - Reprodução/TV Globo
Atraso na saída de ônibus afetou 13 viações na capital paulistaImagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL*, em São Paulo

01/06/2022 10h57Atualizada em 01/06/2022 11h32

Motoristas e cobradores de ônibus aprovaram na madrugada de hoje a paralisação do transporte público na segunda-feira (6) em São Paulo. Segundo o Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo), a "categoria decidiu pela greve, pois não houve evolução nas negociações salariais."

A aprovação da greve aconteceu em assembleia nas garagens às 4h, o que atrasou a saída de ônibus de 13 viações, segundo a SPTrans, que informou que às 5h15, os ônibus voltaram a circular e às 6h, a operação já estava normalizada e sem atrasos decorrentes da interrupção. A SPTrans disse ainda que as empresas responsáveis pelas linhas serão autuadas pelas viagens não realizadas no início da manhã.

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Valdevan Noventa, presidente do Sindmotoristas, criticou a postura do setor patronal durante a decisão.

"Os empresários e o Poder Público insistem em uma proposta salarial vergonhosa, que já foi rejeitada", opinou. "Eles usam o conflito na negociação salarial para atingir seus objetivos. A prioridade é resolver com a Prefeitura os atrasos no repasse dos subsídios, usando os trabalhadores como massa de manobra".

Em nota, o Sindmotoristas afirmou que sabe do transtorno que a greve pode causar na cidade, "mas conta com a compreensão e apoio da população aos condutores que lutam pela valorização dos seus direitos."

Já a SPTrans informou na nota publicada na manhã de hoje que obteve decisão liminar na Justiça do Trabalho, na noite de ontem, 31 de maio, determinando "a manutenção de 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil".

A SPTrans afirma que acompanha as negociações trabalhistas entre os operadores de ônibus e as empresas concessionárias e espera que haja entendimento entre as partes e que a população de São Paulo não seja prejudicada.

O impasse entre a categoria e as empresas que operam o transporte na capital paulista gira em torno do reajuste salarial.

O sindicato patronal SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) teria proposto reajuste de 10%, abaixo do percentual pleiteado pelos motoristas.

A SPUrbanuss afirmou ontem ao UOL que tem "intenção de manter as negociações, buscando solucionar o impasse com a categoria dos trabalhadores e evitar qualquer problema na prestação dos serviços de transporte urbano, essenciais à mobilidade da população".

"Qualquer decisão sobre reajuste na tarifa cobrada dos passageiros pagantes é de exclusividade da Prefeitura de São Paulo", acrescenta a nota.

Reivindicações

Veja quais são as reivindicações requeridas pelos trabalhadores de ônibus de São Paulo:

  • Reajuste Salarial de 12,47%, mais aumento real; Vale Refeição de R$ 33,00 (unitário);
  • Equiparação de todos os benefícios para os trabalhadores e trabalhadoras das empresas do sistema complementar (empresas novas);
  • Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) de R$ 2.500,00;
  • Fim das escalas com uma hora para refeição sem remuneração;
  • Reajustes nos valores dos benefícios: Auxílio Funeral, Seguro de Vida, Convênio Médico e Odontológico etc;
  • Adequação das nomenclaturas do Plano de Carreira do Setor de Manutenção, equiparação salarial e promoção para funcionários e funcionárias Fora de Função.

*Com informações da Agência Estado

14 Comentários

Cotidiano


Proibidos! Comprar estes 9 itens com vale alimentação pode render multa de até R$ 50 mil



O VA já é conhecido pela maioria dos trabalhadores, porém, determinadas mercadorias não devem ser compradas com ele.



O benefício do Vale Alimentação está exclusivamente ligado às compras de supermercado, e mais especificamente aos itens de cesta básica. Usar para outros fins é ilegal, como abastecer o carro ou pagar o plano do celular. Quando usado sem a sua finalidade adequada, uma multa pode ser aplicada. 

Veja também: Recursos que o carro oferece para economizar combustível e quase todo mundo ignora

Na hora de passar as compras no caixa, muitos sistemas já identificam os bens de consumo proibidos quando essa é a forma de pagamento. As empresas estão atentas porque estão sujeitas a multa de até R$ 50 mil caso não cumpram as regras previstas na legislação.

No final deste mês de maio o governo liberou uma nova mudança nas leis, estabelecendo que até o consumidor poderá ser multado caso pague os seguintes itens com Vale Alimentação. 

O que não pode ser comprado com o V.A.

  1. Bebida alcoólica.
  2. Combustíveis (gasolina, etanol, diesel, GNV etc).
  3. Cosméticos.
  4. Cigarros e produtos de tabacaria
  5. Eletrodomésticos e eletroeletrônicos.
  6. Ferramentas.
  7. Produtos de limpeza e de higiene pessoal.
  8. Refeições prontas, seja em restaurantes, bares ou lanchonetes.
  9. Talheres e utensílios de cozinha

Após ameaça com “tiro” em boneco, sindicato pede ajuda do MPDFT

 


Sindicato dos Servidores da Carreira Socioeducativa pediu ajuda do Ministério Público para que segurança seja intensificada

atualizado 31/05/2022 18:09

montagem de duas fotos de boneco com tiro, a parte da frente e a parte de trás
Reprodução

O Sindicato dos Servidores da Carreira Socioeducativa (SINDSSE) vai pedir ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) colaboração para que a segurança dos agentes do socioeducativo seja intensificada. A representação será enviada ao órgão após um boneco com camiseta de agente socioeducativo e um furo na cabeça – representando um tiro – ser encontrado nessa segunda-feira (31/5).

“Foi, sim, uma ameaça à categoria, aos agentes socioeducativos. O que pese estar posto na frente de um Centro de Referência de Assistência Social (Cras), entendemos que foi ameaça à categoria”, afirmou o presidente do SINDSSE, André Henrique Santos.

O manequim foi deixado em frente ao Cras de Ceilândia. As unidades, junto aos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), prestam atendimento inicial a adolescentes autores de atos infracionais análogos a crimes. No entanto, a unidade de Ceilândia não tem foco no acolhimento desses adolescentes.

O sindicato já pediu ajuda ao MP na semana passada, por outro episódio de violência envolvendo um agente da categoria. Segundo André, os servidores do sistema socioeducativo lidam diariamente com ameaças. “Ocorrem diariamente, por impormos ordem e disciplina. E isso gera muitos conflitos com os internos”, explicou.

Veja o boneco encontrado:

O sindicalista protesta que, apesar de serem considerados membros da categoria de Segurança Pública, os agentes do sistema socioeducativo não recebem uma arma de fogo do estado como os policiais. Segundo ele, o “perfil” dos adolescentes em conflito com a lei atendidos pelos agentes, muitas vezes, é o mesmo dos presos cooptados por facções criminosas.

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“Nós lidamos com criminosos, muitos de facções. Muitos internados por crimes graves, o perfil da ameaça é diferente. Não é um perfil de publico em geral, é de crime organizado”, disse André.

Sobre o manequim com um furo na cabeça e traje do socioeducativo, um boletim de ocorrência foi aberto na 23ª Delegacia de Polícia (P Sul), que investiga o caso. O delegado-chefe da unidade, Gustavo Farias Gomes, afirmou que o processo está sob sigilo e nenhuma informação será divulgada até o fim das investigações. “Posso só adiantar que a ameaça não foi feita diretamente aos servidores do Cras de Ceilândia”, afirmou.