domingo, 1 de julho de 2018

Guarda municipal pode portar arma no trabalho e em folgas, decide Moraes

Guarda municipal pode portar arma no trabalho e em folgas, decide Moraes

  • Ministro atendeu a pedido do DEM e suspendeu artigos do Estatuto do Desarmamento que condicionavam porte ao número de habitantes dos municípios
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STFAlexandre de Moraes decidiu nesta sexta-feira, 29, que guardas municipais em todos os estados, independentemente do tamanho dos municípios, podem portar armas de fogo durante o horário de trabalho e quando estão de folga.
Por meio de uma liminar concedida a pedido do DEM, o ministro suspendeu dois artigos do Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2003, que limitava o porte de armas pelos guardas. Ao recorrer ao Supremo, os advogados do partido alegavam que a norma criou uma restrição ilegal entre uma mesma categoria.
A norma autorizava guardas de municípios com mais de 500.000 habitantes a andarem armados durante o trabalho e nos momentos de folga. Os que trabalham em municípios com populações a partir de 50.000 pessoas e menos de 500.000, só podiam usar armamento em serviço. Em cidades com menos de 50.000 habitantes, o porte de armas aos guardas era proibido.
“Criou-se uma desigualdade arbitrária entre os integrantes das guardas municipais, ante a fixação de um escalão numérico e pouco isonômico para se estimar quem pode portar arma de fogo dentro e fora do período de serviço”, sustentava o partido.
Ao decidir a questão, Alexandre de Moraes afirmou que o aumento do número de mortes no país tem ocorrido em maior número justamente nos municípios nos quais os agentes não podem usar armamento. Para o ministro, as guardas municipais exercem “imprescindível missão” nos serviços de segurança pública, juntamente com as policiais civis e militares.
“O tratamento exigível, adequado e não excessivo corresponde a conceder idêntica possibilidade de porte de arma a todos os integrantes das Guardas Civis, em face da efetiva participação na segurança pública e na existência de similitude nos índices de mortes violentas nos diversos municípios, independentemente de sua população”, decidiu o ministro

Imagens mostram destruição no Centro Socioeducativo de RR após rivais de facção tentarem entrar em confronto

Imagens mostram destruição no Centro Socioeducativo de RR após rivais de facção tentarem entrar em confronto

Internos se rebelaram e tentaram assassinar rivais na madrugada deste domingo (1º).

Por Emily Costa, G1 RR, Boa Vista
 
Rebelião deixa instalações do CSE danificadas; menores de facção rival (Foto: Arquivo pessoal)Rebelião deixa instalações do CSE danificadas; menores de facção rival (Foto: Arquivo pessoal)
Rebelião deixa instalações do CSE danificadas; menores de facção rival (Foto: Arquivo pessoal)
Imagens feitas dentro do Centro Socioeducativo Homero de Souza Cruz, em Boa Vista, mostram um cenário de destruição na unidade. Internos de facções rivais tentaram entrar em confronto na unidade por duas vezes seguidas na madrugada deste domingo (1º).
Paredes, cadeados, portas, móveis e eletrodomésticos foram destruídos durante a rebelião que começou por volta das 2h. A situação só foi totalmente controlada após as 4h, quando houve uma segunda tentativa de confronto.
Quartos do CSE ficaram destruídos após rebelião; menores arrombaram portas e fizeram buracos nas paredes (Foto: Arquivo pessoal )Quartos do CSE ficaram destruídos após rebelião; menores arrombaram portas e fizeram buracos nas paredes (Foto: Arquivo pessoal )
Quartos do CSE ficaram destruídos após rebelião; menores arrombaram portas e fizeram buracos nas paredes (Foto: Arquivo pessoal )
As imagens, feitas na manhã deste domingo, mostram quartos destruídos, portas quebradas e buracos nas paredes. Os internos estavam armados com pedaços de madeira, ferro e concreto. Não há registro de feridos.
Em nota, o governo de Roraima comunicou que a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), que gere o CSE, e a Secretaria de Infraestrutura (Seinf) adotam medidas para reparar os danos causados ao prédio.
O primeiro tumulto foi às 2h. Internos ligados à facção Comando Vermelho (CV) tentaram atacar adversários do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Eles quebraram cadeados, arrancaram portas e destruíram paredes para sair do bloco em que ficam e invadir o ocupado pelos rivais. No caminho, porém, foram contidos por policiais militares e agentes socioeducadores.
Menores destruíram paredes para tentar atacar rivais durante rebelião na madrugada deste domingo (1º) (Foto: Arquivo pessoal )Menores destruíram paredes para tentar atacar rivais durante rebelião na madrugada deste domingo (1º) (Foto: Arquivo pessoal )
Menores destruíram paredes para tentar atacar rivais durante rebelião na madrugada deste domingo (1º) (Foto: Arquivo pessoal )
Às 4h foi registrado o segundo tumulto. Menores ligados à facção PCC também fugiram do bloco onde ficam e tentaram atacar os rivais. A situação foi controlada antes que os grupos entrassem em confronto, e ninguém se feriu.
"Em nenhuma das ocasiões os rivais chegaram a se confrontar porque nossa resposta foi rápida. Se isso tivesse acontecido, se eles tivessem se encontrado, teríamos tido óbitos", declarou o coronel Paulo Macedo, titular da Sejuc.
Segundo um servidor, a rebelião deixou o prédio ainda mais deteriorado do que já estava em razão dos últimos tumultos na unidade. Ele disse que dos 18 quartos destinados a internos do sexo masculino só três estão em condições de uso.
Suspeitos de envolvimento no tumulto foram identificados e conduzidos ao 5º Distrito Policial. Entre eles há maiores de idade que ainda cumprem medida socioeducativa, mas que poderão responder por dano ao patrimônio e organização criminosa.
O Centro Socioeducativo fica na zona Rural de Boa Vista e tem, entre meninos e meninas, 106 internos. A maioria se autodeclara integrante das facções PCC ou CV, grupos rivais que estão em guerra no estado. Por isso, desde 2017, eles ficam em blocos separados da unidade

Repórter assediada – veja vídeo na íntegra


Repórter assediada – veja vídeo

A repórter Laura Zago, da CBFTV, se tornou mais uma vítima do assédio na Copa do Mundo da Rússia. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, neste sábado (30), um texto da jornalista e o vídeo do episódio nas redes sociais. O fato aconteceu na última quarta-feira (27), antes da partida da Seleção Brasileira contra a Sérvia, em Moscou, pela terceira rodada da primeira fase do Mundial. Durante uma entrevista com uma torcedora, um homem se aproximou e tentou beijar a repórter. “Eu não fui a primeira e, infelizmente, não serei a última a passar por esse tipo de constrangimento. Não é que aqui na Copa do Mundo isso esteja acontecendo, acontece sempre. Aconteceu comigo 3 vezes nesta Copa, mas já aconteceu com colegas de profissão no Brasil. Um foi brasileiro, esse do vídeo sérvio e o outro russo. Só sei que consegui desviar em todas as situações. O que algumas pessoas precisam entender que isso não é engraçadinho, não é piada e não é uma brincadeira no momento de êxtase do jogo. É um desrespeito, eu estudei, me preparei, cheguei aqui na Rússia e não é para ficar sendo desrespeitada durante o meu trabalho. Isso não tem graça. E achar isso normal é corroborar com uma ideia machista que mulheres estarão sempre à mercê desse tipo de atitude. Gritar o nome do time, fazer festa durante o nosso trabalho faz parte do evento, é normal, natural e aceitável, o futebol tem esse momento de alegria e êxtase. E que bom! Mas há uma distância bem grande entre você fazer uma festa e ser assediada. Não é isso que vai me parar de correr atrás dos meus sonhos, mas precisamos falar sobre assédio”, escreveu Laura. Nesta Copa do Mundo, a repórter Júlia Guimarães, da TV Globo, também foi vítima de assédio, no último domingo (24), antes do jogo entre Japão e Senegal, em Ecaterimburgo. Um outro torcedor também tentou beijá-la.