segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Menor é assassinado por colegas de cela em centro socioeducativo

Menor é assassinado por colegas de cela em centro socioeducativo

A vítima, de 17 anos, foi enforcada por outros quatro adolescentes que usaram uma corda improvisada com pedaços de um cobertor

PUBLICADO EM 27/11/17 - 08h12
Enquanto cumpria pena no Centro Socioeducativo Dom Bosco, no bairro Horto, na região Leste de Belo Horizonte, um adolescente de 17 anos acabou assassinado por colegas de cela na madrugada desta segunda-feira (27).
Era por volta das 2h20 quando a Polícia Militar (PM) foi acionada pelos agentes socioeducativos na unidade, que fica na avenida dos Andradas. Eles relataram que houve um princípio de tumulto na cela 37 do núcleo 3 e, ao chegarem ao local, viram quatro menores em cima da vítima, dois de cada lado.
Os suspeitos estavam puxando uma corda, improvisada com pedaços de lençol, que estava enrolada no pescoço do adolescente. Os agentes socioeducativos invadiram o recinto imediatamente, porém, a vítima já estava sem vida.
A perícia da Polícia Civil (PC) foi acionada e fez os levantamentos iniciais, liberando o corpo que foi removido ao Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte. Os suspeitos, sendo três garotos de 16 anos e um de 17, foram contidos e encaminhados para a Delegacia Especializada de de Orientação e Proteção ao Adolescente (Dopcad) sob responsabilidade dos agentes.
O caso será investigado. Ainda não há informação sobre o que teria motivado o assassinado. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) foi procurada por O TEMPO, mas ainda não se posicionou sobre o ocorrido

Matadores do PCC tinham nomes e endereços de mais de 20 agentes penitenciários


Matadores do PCC tinham nomes e endereços de mais de 20 agentes penitenciários 

Flávio Costa e Leandro Prazeres
Do UOL, em Brasília 
Arte UOL
A partir da esq., o agente do presídio federal de Catanduvas (PR) Alex Belarmino Almeida Silva, o agente do presídio federal de Mossoró (RN) Henry Charles Gama Filho e a psicóloga Melissa de Almeida Araújo, mortos a mando do PCC
A PF (Polícia Federal) encontrou com suspeitos de participação no assassinato do agente penitenciário federal Alex Belarmino Almeida Silva um levantamento com mais de 20 nomes e endereços de outros funcionários de presídios federais, tidos como alvos da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). 
A informação foi confirmada ao UOL por três pessoas que participaram da investigação do homicídio ocorrido em 2 de setembro de 2016, na cidade de Cascavel (PR). Outros dois servidores foram mortos, parte de uma ação do PCC para intimidar quem trabalha no sistema penitenciário federal, de acordo com investigações da PF
Lotado no Depen (Departamento Penitenciário Nacional), órgão do Ministério da Justiça com sede em Brasília, Alex Belarmino trabalhava temporariamente no presídio federal de Catanduvas -- a 55 km de Cascavel --, onde ministrava cursos de tiro a seus colegas.
A investigação da PF mostrou que os criminosos alugaram a uma casa vizinha àquela usada pelo agente durante sua estadia em Cascavel. "O alvo inicial deles era um outro agente que morava de maneira permanente em Cascavel, naquela mesma rua. Alex virou alvo depois que esse primeiro agente teve que viajar", afirmou um colega da vitima, sob a condição de sigilo.
Reprodução/CGN
Carro dirigido pelo agente penitenciário quando ele foi assassinado
Alex Belarmino foi assassinado com 23 tiros - a maioria o atingiu pelas costas. A emboscada aconteceu quando ele dirigia um carro oficial rumo à penitenciária de Catanduvas.
Ao diminuir a velocidade ante um quebra-molas, seu carro foi emparelhado por um Crossfox prata, onde estavam os assassinos. Dois deles, armados com pistolas nove milímetros, disparam contra o agente. Pela legislação, esta arma é de uso exclusivo da PF e das Forças Armadas.
Após os disparos, o carro do agente perdeu a direção e bateu em uma caminhonete que vinha em sentido contrário. Belarmino morreu no local.
O Ministério da Justiça determinou, após as mortes dos três agentes, uma série de medidas de segurança para os funcionários de penitenciárias federais.

Célula de inteligência

O levantamento foi encontrado com suspeitos da morte de Alex Belarmino no momento em que foram presos pela PF e é mais uma prova, de acordo com investigadores ouvidos pela reportagem, de que o PCC criou um célula de inteligência chamada de "sintonia restrita", para executar missões especiais, como assassinatos de policiais e funcionários de penitenciárias.

O nome "restrito" vem do fato de que, quando o membro do PCC recebe esta tarefa, fica escalado exclusivamente para ela. São pessoas que, quando participam destas missões, tentam não falar pelo celular, para evitar rastreamento.
"Para obter as informações e alcançar seus objetivos, a facção também conta com uma rede de infiltrados no sistema estatal", afirma um agente da PF.
Esta rede de infiltrados é formada por policiais, funcionários do Poder Executivo e até membros de entidades de direitos humanos
Agente da PF*
Para cada assassinato, é criada uma célula específica para executar o plano, informou um membro do MPF (Ministério Público Federal). A atividade é respaldada e gerenciada por líderes da facção que estão detidos em presídios paulistas. 
A sintonia restrita é um grupo criado recentemente pelo PCC, subordinado diretamente à cúpula da facção. Seus integrantes se desvinculam da chamada "sintonia geral" e ficam subordinados à "sintonia geral fora do ar", o que indica que deixaram de exercer as atividades normais do PCC, a exemplo do tráfico de drogas. Eles não precisam pagar a "cebola", a mensalidade obrigatória para membros da facção. "Eles não falam com qualquer um da organização. Por isso é tão difícil localizá-los", afirma uma fonte ligada às investigações.
Pelo menos 15 pessoas foram denunciadas pelo MPF (Ministério Público Federal) por participação no homicídio do agente Alex Belarmino e podem a ir júri popular. O processo tramita em uma das varas federais de Cascavel (PR).
* Pediu para não ser identificado

domingo, 26 de novembro de 2017

Marcola, a traição e morte que rondam seu caminho rumo ao topo do PCC


Marcola, a traição e morte que rondam seu caminho rumo ao topo do PCC

Livro, co-assinado por promotor, diz que líder da facção delatou dois fundadores do PCC. Ajuda à polícia teria aberto caminho para sua ascensão, sustentam autores

Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, em imagem de 2006.
Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, em imagem de 2006.
Marcos Willians Herbas Camacho, 49, conhecido como Marcola ou Playboy, se consolidou na última década e meia como líder da maior facção criminosa brasileira, o Primeiro Comando da Capital. Até então, a caminhada do ex-trombadinha das ruas do centro de São Paulo, que se tornou assaltante de bancos e depois alcançou o topo do PCC, era creditada às suas habilidades como bom estrategista dentro do xadrez do crime. Agora, o chefão pode ter que adicionar ao seu currículo o apelido de delator - ou cagueta, na gíria do submundo. No livro Laços de Sangue, A História Secreta do PCC (Editora Matrix, 2017), o promotor do Ministério Público de São Paulo Marcio Sergio Christino e o jornalista Claudio Tognolli afirmam que Marcola chegou ao comando da facção após ter agido como informante da polícia no início dos anos 2000, denunciando dois líderes do grupo que estavam acima dele na hierarquia. A reportagem não conseguiu entrar em contato com os advogados de Marcola para comentar a acusação.
No mundo do crime, este tipo de traição poderia ser cobrada com a morte do delator. Mas mesmo o promotor Christino, que acusa o chefão de colaborar com a lei, não arrisca prever o que irá acontecer com Marcola. Nada garante que os membros da facção não pensem que se trata de um estratagema para desestabilizar o grupo
 contrário de Cesinha e Geleião, Marcola não era um membro fundador do partido do crime. Quando o grupo começou a se organizar dentro do sistema penitenciário na Casa de Custódia de Taubaté, conhecida como Piranhão, ele teria optado por ficar à margem do PCC para "dar apoio" aos que estivessem detidos. À época, no final da década de 1990, Marcola já era um notório assaltante de bancos com um gosto por carros modernos, relógios caros e roupas de grife — que lhe valeram o apelido de Playboy. Posteriormente quando viu que seria vantajoso se unir à facção, ele, que já era conceituado no mundo do crime, foi alçado à categoria de piloto, um degrau abaixo dos fundadores na hierarquia do grupo.
Se por um lado a suposta colaboração de Marcola com as autoridades lhe rendeu o comando, ela também teria feito com que o esquema de centrais telefônicas do PCC, um serviço de ligações clandestino montado pelos criminosos para que seus integrantes pudessem conversar entre si de dentro dos presídios, viesse abaixo. "Marcola foi levado para o Deic [Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil, no bairro do Carandiru] mas com um disfarce – foi ele quem forneceu o número das centrais telefônicas", escrevem os autores do livro. Cerca de 30 centrais a serviço da facção foram desmanteladas graças às escutas feitas, supostamente com o auxílio de Marcola. Sua colaboração com as autoridades, no entanto, não teria sido percebida pelos comparsas: "Ele retornou para o sistema prisional sem nenhum prejuízo". Para sorte de Marcola, seu nome não aparecia nos grampos, relata o livro.
Sem as centrais, a facção precisou se reinventar e passou a contratar advogados que faziam o papel de pombo correio entre os líderes. Este grupo de defensores a serviço do crime, chamado de “sintonia dos gravatas”, foi posteriormente desmantelado pela operação Ethos, em 2016.

Facção-empresa

Sob a gestão de Marcola, o PCC se tornou cada vez mais uma grande empresavoltada ao tráfico e às atividades criminosas para além da muralha dos presídios. As bocas de fumo do Estado tiveram duas opções: ou entravam para o partido ou seriam tomadas à força.  "Já não havia mais espaço para a iniciativa individual, já que tudo e todos estão integrados dentro da estrutura". Com os presídios sob controle, o foco passou a ser a conquista das ruas (da "vida loka", como escrevem os autores). O novo líder, também deixou de lado algumas táticas mais agressivas emplacadas pela dupla Cesinha-Geleião, como os atentados a bomba (ao menos quatro ações do tipo foram postas em prática pelo PCC sem sucesso, uma delas contra o Fórum Criminal da Barra Funda).
Os dois chefes do PCC supostamente traídos por Marcola tiveram, respectivamente, um fim melancólico e violento. Encurralado e sem controle nenhum sobre a organização que ajudou a criar, Geleião não viu outra alternativa a não ser assinar um acordo de delação premiada com as autoridades em 2002. Ressentido com as manobras de Marcola, Geleião incriminou o comparsa e chegou a depor como testemunha de acusação em um processo contra ele. Sua colaboração ajudou a prender todos os líderes da facção ligados a Marcola que ainda estavam em liberdade. Atualmente Geleião está no único lugar onde o Estado consegue garantir sua integridade física: isolado em um presídio federal de segurança máxima.
Já Cesinha foi expulso do grupo após ser acusado de mandar matar Ana Olivato (ex-companheira e advogada de Marcola), algo imperdoável pelas regras do PCC. Tornado um pária dentro da facção, ele criou um novo grupo, o Terceiro Comando da Capital. Foi assassinado no interior da Penitenciária 1 de Avaré, em agosto de 2006, possivelmente a mando Marcola

MEC abriu as portas para demissão em massa nas universidades privadas e deixa professores em pânico

MEC abriu as portas para demissão em massa nas universidades privadas e deixa professores em pânico

25 de novembro de 2017 às 22h22
  
Um professor da Universidade Anhembi Morumbi, que por motivos óbvios prefere não se identificar, teme pelos empregos de seus colegas nas universidades privadas diante de portarias publicadas pelo Ministério da Educação que abriram espaço para ampla reestruturação dos cursos.
“Clima de horror entre os docentes”, ele escreveu.
O professor dá como exemplo o que aconteceu nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), que o grupo norte-americano Laureate comprou em 2013 por R$ 1 bilhão: foram 220 demissões, com aumento da carga horária do ensino à distância, o que turbinou o lucro dos investidores.
Em julho deste ano, estudantes da FMU chegaram a organizar um protesto contra os cortes.
Desde que a corporação assumiu o comando da faculdade, os estudantes têm reclamado da atuação da mantenedora, que reduziu a carga horária presencial dos cursos e o número de bolsas ofertadas.
Em janeiro deste ano, o estudante do oitavo semestre de direito Lucas Santos, de 22 anos, perdeu uma bolsa filantrópica.
Com o desconto, a mensalidade ficava em torno de R$ 750.
Sem o auxílio, Lucas teve que desembolsar mensalmente R$1,2 mil.
No final do primeiro semestre, a FMU anunciou mais um reajuste a mensalidade: agora o estudante terá que pagar R$1.320 por mês.
“A mensalidade aumenta, os professores são mandados embora por causa dos gastos, só que as aulas diminuíram”, relatou o estudante. 
Ensino à distância
Para Lucas, o grupo estadunidense está impondo um modelo de ensino aplicado nos EUA e Europa, o Ensino à Distância (EaD).
“Lá fora, o EaD funciona como um curso preparatório. Mas aqui, querem que um aluno de história estude libras à distância. Como ele vai aprender libra à distância para ensinar em uma sala de aula?”, questionou o estudante. 
Já a FMU afirma que a inclusão de disciplinas online nos cursos presenciais é uma prerrogativa que todas as instituições de ensino superior têm no Brasil, desde que abranja até 20% da carga horária do conteúdo do curso.  
A assessoria de imprensa da instituição afirmou que a faculdade cumpre a carga horária exigida pelo Ministério da Educação (MEC) para a conclusão do curso de graduação e não está descumprindo o que é acordado semestralmente com seus alunos na assinatura do contrato.
Sobre o desligamento de professores, a faculdade afirmou que foi realizada uma avaliação do corpo docente “obedecendo rigorosamente a legislação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior”.
A assessoria afirmou ainda que é a partir do processo que a instituição realiza “movimentações do corpo docente, quando necessário”.
Oligopólio educacional
Com a compra da FMU, os cinco maiores grupos educacionais do Brasil — Anhanguera & Kroton, Estácio, Laureate, Unip e Uninove — passaram a concentrar 33,1% do mercado de ensino superior.
Lucas critica o processo de “privatização do privado”, ou seja, a incorporação de instituições privadas a grandes redes educacionais internacionais.
“Eu não tenho dinheiro para trocar de faculdade e ir para o Mackenzie ou a PUC. Eu teria que escolher a Anhembi Morumbi, que é do grupo Laureate; a São Judas, que está passando por uma precarização imensa ou ir para a Anhanguera, que é da Kroton. É uma teia e eles estão vendendo nossas universidades para o capital estrangeiro e impondo o que eles acham melhor”, criticou. 
A FMU afirma que a reformulação da grade foi “cuidadosamente estruturada para garantir mais aderência às necessidades e desafios do mercado de trabalho, assim como proporcionar maior interdisciplinaridade e network aos seus alunos”.
Segundo a instituição, desde que ingressou na rede Laureate, os índices de qualidade acadêmica da faculdade evoluíram.
De acordo com o professor da Anhembi Morumbi — também controlada pela Laureate International Universities — que fez o alerta ao Viomundo, as portarias do MEC foram fruto de lobby do sindicato das empresas de educação.
No Brasil, a empresa norte-americana já é dona de 12 grupos educacionais em várias regiões.
O professor descreveu:
As recém portarias do MEC abriram espaço para uma oferta maior de cursos, de instituições já estabelecidas no mercado e outras novas.
As portarias também possibilitaram o aumento do percentual de ensino à distância em cursos presenciais, bem como a oferta de cursos integralmente à distância.
O mercado, com menos regulação governamental, entra em disputa direta e, como resultado, vemos instituições privadas diminuindo seus custos e ampliando sua margem de lucro, sem preocupação com a qualidade do ensino.
As novas portarias do MEC foram criadas com base nas exigências e no lobby da SEMESP, Sindicato das Mantenedoras do Ensino Superior.
Nas suas revistas mensais, estão claras as exigências pela diminuições dos marcos regulatórios públicos.
Inclusive, como no caso da FMU, alunos que já estão em curso terão sua grade curricular alterada, com reduções de carga horária.
Esta alteração para quem já está em curso é totalmente ilegal, ferindo diretrizes do MEC e contratuais, assinadas pelos próprios estudantes durante a matrícula.
Os currículos serão padronizados nacionalmente.
É certa a redução da carga horária de todos os cursos e esta não será acompanhada por uma redução do valor da mensalidade.
O Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro) foi acionado, reuniu-se com dirigentes do grupo Laureate e escreveu uma carta aos professores:
Alertado por diversas denúncias dando conta de redução de carga horária neste semestre e de possível reestruturação da matriz curricular e de carga horária para o semestre seguinte nos moldes do ocorrido na FMU, o Sinpro-SP convocou a direção da Mantenedora, para esclarecimentos.
A reunião ocorreu na tarde do último dia 14 de novembro, na sede da Fepesp e contou com a presença da Diretora de Relações Sindicais e Trabalhistas e da Gerente de RH, ambas da Laureate, de um diretor do Sinpro-SP e do assessor jurídico da Fepesp.
As representantes da Laureate afirmaram o que segue:
1. Houve neste semestre, realmente, casos de incorreção no pagamento de alguns docentes, com o registro de carga horária menor, em relação à carga do semestre passado, devido a falhas no sistema de folha de pagamento, mas que tais casos foram identificados e sanados, pagando-se as diferenças a todos os docentes atingidos.
2. Não têm conhecimento de casos de redução de carga horária promovida unilateralmente pelas direções acadêmicas, sem concordância formal do docente.
3. Até aquela data, a mantenedora não foi comunicada pela direção acadêmica da Universidade de modificação alguma na estrutura curricular ou de carga horária para os cursos que serão oferecidos no próximo semestre e que não há previsão de demissão de docentes em número maior do que a média dos últimos semestres. Comprometeu-se a comunicar ao Sindicato, imediatamente após tomar conhecimento, de qualquer decisão da área acadêmica que possa contradizer tal afirmação.

Centrais deixam de lado divergências e convocam greve geral

Centrais deixam de lado divergências e convocam greve geral

25 de novembro de 2017 às 14h11
  
CUT e demais centrais convocam greve nacional contra reforma da Previdência e em defesa dos direitos
Brasil vai parar no dia 5 de dezembro e derrotar a reforma golpista
A CUT e demais centrais — Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical, CGTB e CSP-Conlutas – decidiram realizar, no dia 5 de dezembro, uma Greve Nacional em Defesa da Previdência e dos Direitos.
A nova proposta de desmonte da Previdência Social apresentada pelo governo do ilegítimo Michel Temer (PMDB-SP) e que deve ser votada no dia 6 de dezembro, é mais perversa que a anterior.
E, ao contrário da propaganda do governo, não corta privilégios, como as altas aposentadorias dos parlamentares, ataca apenas a classe trabalhadora que terá de trabalhar mais, ganhar menos e, se quiser receber o valor integral da aposentadoria, contribuir durante 40 anos, sem ficar nenhum período desempregado.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, o desmonte da Previdência agrava ainda mais a situação dos trabalhadores que já foram duramente atacados com o desmonte da CLT.
“A reforma Trabalhista legalizou o bico e muitos trabalhadores perderam os direitos e, em muitos casos, receberão menos do que um salário mínimo. Se já estava quase impossível contribuir para se aposentar, imagine com essa nova proposta de reforma da Previdência”, diz Vagner.
O secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre, lembra que a reforma Trabalhista pode ficar ainda pior, tendo em vista as mais de 800 emendas apresentadas à MP de Temer que altera a nova lei trabalhista aprovada este ano.
“Imagine somar a essa tragédia a possibilidade de trabalhar a vida inteira e não se aposentar”.
É por isso que a greve nacional deve contar com o apoio, mobilização e participação de todos/as trabalhadores/as.
“Todo brasileiro independentemente da categoria tem motivo de sobra para cruzar os braços e ir às ruas no dia 5 de dezembro. Todos sofremos com o desmonte da previdência”, argumenta Sérgio.
A partir da semana que vem, diz Sérgio, vamos realizar amplas mobilizações nas bases – assembleias, atos, debates e outras atividades – para alertar, informa e mobilizar a classe trabalhadora do País sobre a importância da participação na greve que é contra a reforma da Previdência Social e pelos direitos