segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Será levado pra Fundação CASA adolescente que planejou ataque a escola no interior de SP

 


No momento do ataque, na cidade de Monte Mor, o jovem vestia roupas pretas e uma braçadeira com a suástica nazista

  • SÃO PAULO Do R7, com informações do Cidade Alerta

Jovem foi apreendido com machadinha e arma falsa

Jovem foi apreendido com machadinha e arma falsa

REPRODUÇÃO - 13.02.2023

O adolescente de 17 anos detido após ter arremessado uma bomba caseira na Escola Municipal Vista Alegre, na cidade de Monte Mor, no interior de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (13), será encaminhado à Fundação Casa. No momento do ataque, o jovem vestia roupas pretas e uma braçadeira com a suástica nazista.

De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), o artefato explodiu um vaso sanitário, mas não deixou feridos. Com o adolescente foi apreendida uma machadinha, enquanto, da residência dele, uma arma de airsoft, material alusivo ao nazismo e um computador foram levados para perícia.

Em depoimento ao delegado Fernando Bueno de Castro, da Delegacia de Monte Mor, o jovem afirmou que sofria bullying na escola e que parou de estudar aos 14 anos. Desde então, ele acessava fóruns na "deepweb" — uma área da internet sem regulamentação — e discutia sobre terrorismo e nazismo. 

A unidade da rede municipal, alvo do ataque, fica no mesmo prédio em que funciona a Escola Estadual Professor Antônio Sproesser. As aulas da rede estadual que ocorrem durante o período da tarde e noite serão retomadas normalmente.

"A Diretoria de Ensino de Capivari e a unidade escolar estão à disposição das autoridades para auxiliar na investigação. A segurança da unidade será reforçada com o apoio da ronda escolar", afirmou a Secretaria Estadual de Educação por meio de nota.

A prefeitura também informou que vai oferecer atendimento psicológico a alunos, familiares e funcionários a partir desta terça-feira (14). 

A escola, segundo a SSP, já passou por perícia, e o local foi liberado. O caso foi registrado na Delegacia de Monte Mor, que será responsável pela investigação.   

Adolescente é detido ao tentar invadir escola com machadinha e bombas em SP

 


AGORA: Adolescente é detido ao tentar invadir escola com machadinha e bombas em SPCaso ocorreu no município de Monte Mor, no interior de São Paulo; jovem vestido de preto e portando uma machadinha teria atirado bombas caseiras na instituição

Uma escola na cidade de Monte Mor, no interior de São Paulo, sofreu uma tentativa de atentado com bombas na manhã desta segunda-feira (13). Um jovem vestido de preto, com uma machadinha e uma suástica – símbolo nazista – no braço foi preso. De acordo com o portal G1, houve duas explosões no local, mas ninguém ficou ferido e o jovem foi preso.

A tentativa de atentado ocorreu na Escola Estadual Professor Antonio Sproesser, onde também funciona a Escola Municipal Vista Alegre. Até o momento, não se sabe a ligação do jovem com a instituição de ensino. Equipes do Corpo de Bombeiros e das polícias Civil e Militar foram acionadas.
Garrafas amarradas e cheias de combustível e pregos foram apreendidos. De acordo com o Secretário de Segurança do município, Anderson Palmieri, o rapaz não conseguiu entrar na escola, mas lançou os artefatos – do tipo coquetel molotov – na entrada da instituição.
Os alunos foram dispensados das aulas e a escola vai passar por uma limpeza, não havendo data para o retorno das atividades. A rua onde se localiza a instiuição tambémfoi interditada. Segundo a prefeitura de Monte Mor, a situação já foi contida.

O que diz a lei

No Brasil, a apologia ao nazismo é enquadrada como ato criminoso dentro da Lei do Racismo 7.716/89. A legislação define que é crime “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”. A pena é a de reclusão de dois a cinco anos e multa.

Traficantes obriga mãe de Santo a quebrar o seu terreiro todo


 Traficantes obriga mãe de Santo a quebrar o seu terreiro todo, lamentável esse tipo de atitude...

Pura covardia, independente da religião, isso não se faz.

domingo, 12 de fevereiro de 2023

Policiais penais passarão a utilizar câmeras dentro dos presídios

 

Iniciativa deveria vir acompanhada da implantação do Mepet e da Ouvidoria, aponta Movimento Nacional de Direitos Humanos

O Governo do Estado regulamentou, nesta sexta-feira (10), o uso de câmeras corporais que serão usadas no sistema prisional. Para o Movimento Nacional de Direitos Humanos no Espírito Santo (MNDH-ES), a iniciativa deveria ter vindo acompanhada de reivindicações históricas, como a instalação do Mecanismo Estadual de Prevenção e Erradicação da Tortura (Mepet) e a criação da Ouvidoria Independente de Segurança Pública.

Os policiais penais farão o uso das câmeras em ocorrências de contenção e intervenção nos presídios. A partir deste mês, 70 equipamentos serão disponibilizados às 36 unidades prisionais, bem como para a Diretoria de Segurança Penitenciária (DSP) e a Diretoria de Operações Táticas (DOT). A ferramenta será utilizada por policiais que atuam nas unidades prisionais como chefes de equipe, além dos responsáveis pelas escoltas e unidades especializadas. A Secretaria da Justiça (Sejus) será responsável por armazenar as imagens captadas e assegurar o atendimento das requisições e demandas dos órgãos de controle interno e externo.
Rodrigo Araújo/Secom

Gilmar Ferreira, militante do MNDH-ES, destaca que desconhece qualquer iniciativa de utilização de câmeras por policiais penais em outros estados brasileiros. Ele salienta que tanto o Mepet quanto a Ouvidoria são instrumentos "mais baratos e eficazes", sendo "um ganho implementá-los". "Durante 30 anos não tiveram recurso nem vontade política para implementar o Mepet e a Ouvidoria. Agora se torna mais do que necessário tê-los funcionando para acompanhar, avaliar, monitorar e controlar a aplicação e utilização das câmeras", defende.

Gilmar recorda que votou contra a criação da Polícia Penal durante a Conferência Nacional de Segurança Pública e que ela não tem representado garantia de segurança contra a violência institucional. Para ele, as câmeras podem ser algo positivo principalmente nesse contexto em que a criação está consolidada, pois a "Polícia Penal é polícia como qualquer outra, também comete violência institucional".

Ales

No Espírito Santo, a criação da Polícia Penal foi aprovada em novembro de 2021, por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2019, de autoria do ex-deputado e atual prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), conferindo aos agentes penitenciários direitos inerentes à carreira policial. Foi apensada à PEC proposta semelhante da gestão de Renato Casagrande (PSB), encaminhada naquele ano para a Casa de Leis.

Gilmar destaca a necessidade de os policiais militares que atuam nas ruas também usarem as câmaras, uma demanda antiga, como ressalta. A Defensoria Pública do Espírito Santo (DPES) chegou a mover uma Ação Civil Pública (ACP) solicitando o atendimento dessa reivindicação, mas os pedidos foram julgados improcedentes pela juíza Sayonara Couto Bittencourt, da 4ª Vara da Fazenda Pública Estadual e Municipal, Registros Públicos, Meio Ambiente e Saúde de Vitória.

Em sua decisão, a magistrada afirmou que uma questão semelhante foi submetida ao Supremo Tribunal Federal (STF) e que o ministro Alexandre de Moraes "entendeu que a imposição de obrigação de aparelhamento das polícias com o fim de tornar legítima a sua atuação em regiões hipossuficientes não encontra amparo constitucional, gerando para a administração pública um dever que não está determinado por lei".

A magistrada destacou que a DPES defende a instalação de equipamentos de monitoramento da atividade policial com o argumento de que "grande parte de pessoas mortas por forças policiais é negra e/ou em situação de hipossuficiência econômica e social". Ela afirmou que há estudos e trabalhos acadêmicos que demonstram que a população que mora em locais mais pobres é impactada pelas forças policiais, "entretanto, sob o ponto de vista jurídico, que é o que se perquiri nesses autos, não há como impor ao ente público obrigação que, de fato, não está prevista na Constituição Federal e nem mesmo em lei".

Argumentou ainda que, "analisando os documentos acostados aos autos (inclusive os que acompanharam a petição inicial), não é possível concluir que o Estado do Espírito Santo está inerte quanto a possibilidade de melhor aparelhamento e aperfeiçoamento da atividade policial", já que, na narrativa inicial, "a Defensoria Pública admite que, na Polícia Civil do Estado do Espírito Santo há projeto voltado à instalação de GPS em viaturas".

O texto prosseguiu dizendo que "ainda se extrai da petição inicial que o Estado do Espírito Santo aprovou recursos no valor de R$ 200.000,00 para início de projeto-piloto envolvendo 100 câmeras a serem acopladas aos corpos de agentes de segurança". Consta ainda na decisão que o Comando da Polícia Militar (PM) apresenta condutas adotadas e em andamento na Corporação "e que se referem aos pedidos formulados na inicial".

ESTUPRO COLETIVO: Barbárie de Queimadas completa 11 anos'

 

ESTUPRO COLETIVO: Barbárie de Queimadas completa 11 anos

'A década em que nada mudou' conta a história do crime que chocou a Paraíba e o Brasil.

12/02/2023 20h18Atualizada há 35 minutos
Por: RedaçãoFonte: com informações do G
Foto: reprodução
Foto: reprodução

Neste domingo (12) completam-se 11 anos da “Barbárie de Queimadas, um estupro coletivo planejado contra cinco mulheres em uma festa de aniversário que resultou na morte de duas delas, em na cidade de Queimadas, no Agreste da paraibano.

Agora, o crime que causou grande revolta a nível nacional é tema do documentário “A década em que nada mudou”, produzido em Campina Grande, e que conta o caso do ponto de vista dos profissionais que trabalharam na apuração.

O filme é produzido e dirigido pela jornalista Carol Diógenes, quem afirma que o documentário tem a intenção de homenagear a memória das vítimas e levantar o debate sobre as atualizações do caso ao longo do tempo.

Relembre o crime 

A barbárie aconteceu na madrugada do dia 12 de fevereiro de 2012, em uma casa no Centro de Queimadas. Na casa estavam sete mulheres, nove homens e três adolescentes. Os irmãos Luciano e Eduardo dos Santos Pereira organizaram a festa, convidando as vítimas para o evento, o aniversário de um deles.

O que as cinco mulheres não imaginavam é que seriam vítimas de um estupro coletivo dos homens, que seria um "presente" para o aniversariante. Para realizar o crime, Eduardo e Luciano forjaram um assalto e entraram encapuzados na residência durante a festa.

Os envolvidos nos abusos combinaram que, durante a festa de aniversário, três deles apagariam o sistema de energia e invadiriam a casa com máscaras de carnaval se passando por assaltantes para poder render as vítimas e, depois que elas fossem amarradas e vendadas, todos iriam estuprá-las.

Crime conhecido como 'Barbárie de Queimadas' completa onze anos com somente um dos condenados preso em regime fechado — Foto: Carol Diógenes/Arquivo Pessoal

Os outros dois homens que estavam na festa foram vítimas, e as esposas deles estão entre as cinco abusadas. As duas mulheres que estavam na residência e não foram alvo do estupro coletivo são justamente as esposas de Eduardo e Luciano.

Enquanto era estuprada, a professora Izabella Pajuçara, de 27 anos, se debateu e conseguiu identificar Eduardo como um dos estupradores. Em depoimento, um dos suspeitos revela os pedidos da vítima que reconheceu o agressor e pediu para não ser estuprada. "Tanto que eu fiz por você! Não faça isso não! Pare, minha mãe não aguenta isso não”.

A partir daquele momento, os abusos foram interrompidos, e os homens fugiram de carro levando Izabella Pajuçara e a recepcionista Michele Domingos, de 29 anos, que também estava no quarto no momento e, portanto, teria ouvido a fala da amiga reconhecendo o estuprador.

Michele chegou a pular do carro em movimento, mas recebeu quatro tiros, sendo dois na cabeça, em frente à igreja Matriz, no Centro de Queimadas. Ela ainda foi levada ao hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Já Izabella foi encontrada com uma meia dentro da boca na estrada que liga Queimadas a Fagundes, dentro do carro usado na fuga dos criminosos. Ela foi atingida por três disparos.

Quando o dono da festa foi dar queixa do assalto na delegacia, a polícia começou a desconfiar da reação dele. “Como é que um crime tão bárbaro que aconteceu na sua residência, durante um aniversário de um irmão seu, meia hora depois você está sorrindo?”, questionou o delegado regional André Luis Rabelo de Vasconcelos. Um dos suspeitos, de 28 anos, chegou a ir ao velório de Izabella, onde foi preso.

Condenações

Em 2014, Eduardo dos Santos Pereira foi condenado a 108 anos de prisão. Ele foi considerado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma, além dos cinco estupros. Por estes crimes, ele foi condenado a 106 anos e 4 meses de reclusão. Além disso, ele recebeu uma pena de 1 ano e 10 meses de detenção pelo crime de lesão corporal de um dos adolescentes envolvidos no crime.

Luciano dos Santos Pereira, irmão de Eduardo, foi condenado a 44 anos de prisão. Ele é o único que segue em regime fechado. Jacó Sousa foi sentenciado a 30 anos de reclusão, por estuprar duas mulheres e participar no abuso das outras três vítimas. Ele foi assassinado quando voltou à cidade do crime, depois de ter direito à liberdade condicional.

Eduardo dos Santos Pereira foi condenado a 108 anos de prisão pela barbárie de Queimadas — Foto: Francisco França/Jornal da Paraíba/Arquivo

Eduardo dos Santos Pereira foi condenado a 108 anos de prisão pela barbárie de Queimadas — Foto: Francisco França/Jornal da Paraíba/Arquivo

Diego Rego Domingues foi liberado para cumprir a pena de 26 anos e seis meses no regime semiaberto, na Penitenciária de Segurança Média de Mangabeira, em João Pessoa.

Fernando de França Silva Júnior, vulgo 'Papadinha', foi condenado a 30 anos de prisão. Luan Barbosa Cassimiro deve cumprir 27 anos de reclusão, pela violência sexual praticada contra uma vítima e participação no estupro das quatro demais. Já José Jardel Sousa Araújo foi condenado a 27 anos.

A Secretaria de Administração Penitenciária não soube informar ao a situação penal desses três acusados. O advogado da família de Izabella afirma que apenas Luciano está preso em regime fechado e deve sair em breve, pois trabalha na prisão.

Os adolescentes já cumpriram medida socioeducativa no Lar do Garoto, no município de Lagoa Seca, Agreste do estado.

Fuga de Eduardo

Eduardo fugiu da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes de João Pessoa, conhecida como PB1, no dia 17 de novembro de 2020. No momento da fuga, quatro policiais penais faziam a segurança do setor e foram encaminhados à Central de Polícia para prestar esclarecimentos. Um deles foi autuado por facilitação culposa e, em seguida, liberado.

A Secretaria de Administração Penitenciária informou que há um Procedimento Administrativo Disciplinar já em sua fase conclusiva, todavia, um dos servidores indiciados foi acometido por um AVC.

Segundo a Polícia Civil, o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil está responsável pelas buscas a Eduardo. Conforme informações do delegado titular do departamento, Diego Beltrão, detalhes sobre a investigação não podem ser divulgados.

De acordo com a Secretaria de Estado Administração Penitenciária (SEAP), as ações de recaptura do Eduardo, desde o dia da sua fuga, vêm ocorrendo de forma integral entre todos os órgãos que compõem a segurança pública do Estado da Paraíba.

“As inteligências da Segurança Pública atuam incessantemente no intuito de obter o paradeiro atual do fugitivo”, afirmou a assessoria de imprensa da SEAP.

Apesar disso, familiares de Michele Domingos e Izabella Pajuçara Frazão Monteiro, falaram que existem muitas informações ocultas sobre o paradeiro de Eduardo. Eles pediram para não ter sua identidade revelada, por medo e receio à sua segurança.

Juízes e servidores resistem à volta do trabalho presencial

 


Sindicatos e associações acionaram o CNJ alegando prejuízos à 'rotina' e ao 'ambiente familiar
 FEV 2023
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Na quinta-feira 16, se esgota o prazo para o estabelecimento da rotina pré-pandemia nos tribunais
Na quinta-feira 16, se esgota o prazo para o estabelecimento da rotina pré-pandemia nos tribunais | Foto: Divulgação

Quase três anos após o início da pandemia da covid-19, magistrados e servidores do Poder Judiciário resistem à volta do trabalho presencial. Na quinta-feira 16, se esgota o prazo para o estabelecimento da rotina pré-pandemia.

No entanto, associações e sindicatos que representam as categorias acionaram o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para reverter a decisão. Servidores reclamam de prejuízos à “rotina” e ao “ambiente familiar” daqueles que moram fora das comarcas e usam como argumento, inclusive, a “vida organizada no exterior”.

A decisão contestada é do CNJ, de 17 de novembro de 2022. Sob o comando da ministra Rosa Weber, os conselheiros derrubaram resoluções de 2020, do ex-presidente Dias Toffoli, que permitiram o adiamento de atos processuais e o teletrabalho

O conselheiro Luiz Philippe de Melo Filho, que é ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), afirmou que “o retorno da magistratura aos seus respectivos locais de trabalho é imperativo inegociável neste momento em que toda a sociedade brasileira já voltou à situação de normalidade”.

Reação das entidades


A Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas) acionou o CNJ, no entanto, com pedido para a prorrogação do prazo. A Frentas alegou que a adaptação ao presencial “demandará tempo” e ainda afirma que “exigirá a nomeação de novos magistrados, promotores de Justiça e defensores públicos”.

Entidades ligadas aos servidores também se rebelaram. A Federação Nacional dos Servidores do Judiciário (Fenajud) afirmou que “será afetada toda a vida de servidores e magistrados de todo o Poder Judiciário que eventualmente estejam em teletrabalho”. Para a Fenajud, haverá “prejuízos irreparáveis na alteração de sua rotina, seu ambiente familiar, já que alguns residem em localidade distante da comarca de lotação”.

Já o Sindicato dos Servidores da 7ª Região da Justiça do Trabalho (Sindissétima) argumentou que a resolução inspira “sensação de injustiça e inconformismo”. Ainda questionou sobre “a vida organizada dos servidores que estão em outros Estados ou no exterior? Como alguém poderia adivinhar que o CNJ iria impor, sem que exista nenhum problema real de atendimento ao público, funcionamento das unidades ou produtividade, uma restrição dessa natureza?”

Apesar das queixas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pressiona pelo trabalho presencial. A entidade foi aos autos para endossar a decisão do CNJ. Melo Filho negou todos os pleitos das associações e dos sindicatos.

sábado, 11 de fevereiro de 2023

41º Congresso do ANDES-SN aprova a desfiliação da CSP-Conlutas em plenária

 


 Atualizado em 10 de Fevereiro de 2023 às 23h52

Por 262 votos favoráveis, 127 contrários e 7 abstenções, o 41º Congresso do ANDES-SN deliberou nesta sexta-feira (10) pela desfiliação do Sindicato Nacional da CSP-Conlutas. A decisão corrobora a indicação feita no 14º Conad Extraordinário do ANDES-SN, em novembro passado em Brasília (DF).

Foto: Luiz Fernando Nabuco/Aduff-SSind.

A decisão ocorreu pela manhã durante a Plenária do Tema 4, que trata das questões organizativas e financeiras do sindicato. Cerca de 17 participantes, respeitando a paridade de gênero, trouxeram análises sobre a atuação da central sindical e da participação do ANDES-SN na CSP-Conlutas.

Diversas falas das e dos docentes a favor da desfiliação da CSP-Conlutas apontaram que diante da atual conjuntura política do país, em particular, com o avanço do fascismo, seria um momento delicado continuar filiado à CSP-Conlutas. Foi destacado ainda a gravidade dos atos golpistas contra a democracia no dia 8 de janeiro de 2023. Algumas e alguns docentes apontaram que a central tem dificuldade em alcançar a base docente. Para elas e eles, a luta do Sindicato Nacional deve ser pela ampla unidade e no avanço da construção de pautas unificadas.

Já as delegadas e os delegados que são contra a desfiliação afirmaram que a CSP-Conlutas tem um papel importante na defesa da classe trabalhadora agregando as lutas das categorias do funcionalismo público e das demais categorias e movimentos sociais, populares e estudantis. Para as delegadas e os delegados, a CSP-Conlutas teve um papel fundamental quando o ANDES-SN se desfiliou à CUT, após a aprovação da reforma da Previdência em 2003, e se filiou a uma central “combativa e autônoma”.

Após a aprovação da desfiliação do Sindicato Nacional da CSP-Conlutas, as e os docentes aprovaram a realização de um Seminário Nacional sobre a reorganização da classe trabalhadora em 2023 e que o ANDES-SN, por meio das suas secretarias regionais e com apoio do GTPFS, promova reuniões e seminários para discutir e divulgar a importância das centrais sindicais na organização das lutas em defesa da classe trabalhadora.

A plenária também aprovou que o ANDES-SN – por meio da sua diretoria, secretarias regionais, grupos de trabalhos e seções sindicais – organize uma série de debates com o tema “A classe trabalhadora no enfrentamento às políticas da extrema-direita no Brasil e no mundo”. E que seja editada uma síntese do Seminário sobre Reorganização da Classe trabalhadora a ser realizado pelo ANDES-SN.

Regimento Eleitoral
Na sequência, as delegadas e os delegados aprovaram ainda o Regimento Eleitoral das eleições da próxima diretoria do Sindicato Nacional – biênio 2023/2025. O pleito será realizado nos dias 10 e 11 de maio de 2023 em todo o país. Logo após a aprovação do regimento, houve o registro de quatro chapas na Secretaria do congresso. São elas: ANDES pela base: ousadia para sonhar, coragem para lutar; ANDES-SN Classista e de Luta; Renova Andes; e ANDES-SN classista: romper com a capitulação para lutar por salários, direitos e pelo socialismo.

Yanomami
Diante da situação dramática vivida pelos indígenas Yanomami, em Roraima, o ANDES-SN irá doar o valor de R$200 mil em favor do povo Yanomami, com o fim de auxiliar na promoção das medidas necessárias à reparação dos danos sofridos e à redução dos efeitos da crise sanitária e humanitária decorrente das omissões e ações do governo genocida de Jair Bolsonaro, e que as doações ocorram em diálogo com as associações Yanomami, intermediada pela Regional Norte I, com as devidas comprovações para prestação de contas.

O 41° Congresso também votou pela aprovação das contas do 65° Conad do ANDES-SN e a manutenção do apoio financeiro à Escola Nacional Florestan Fernandes, Casarão da Luta e à Auditoria Cidadã da Dívida, entre outras. Ainda na plenária do Tema 4, as delegadas e os delegados aprovaram  que a cidade de Fortaleza (CE) será a sede do 42ª edição do evento do Sindicato Nacional, a ser realizado em 2024.

Jennifer Webb Santos, 3ª tesoureira do ANDES-SN, presidiu os trabalhos e avaliou que a plenária garantiu um amplo debate com a categoria e aprovações importantes para a categoria. “Encerramos a mesa da plenária 4 deste grande Congresso do ANDES-SN e foi um momento muito importante e fundamental pra que decidíssemos os rumos do nosso sindicato, entre eles, a desfiliação da CSP-Conlutas e de diversos temas como o Regime Eleitoral, debatido nos grupos mistos, que vai nos guiar no nosso processo eleitoral. Além disso, aprovamos as contas dos nossos últimos eventos, as nossas políticas de solidariedade que são fundamentais e também nesse bojo está a ajuda ao povo Yanomami com uma importante decisão dessa plenária. Outra situação fundamental foi a escolha da sede do 42º Congresso que será na Universidade Federal do Ceará (UFC) que é uma universidade importantíssima. Vamos preparar um congresso grandioso como este aqui no Acre”, disse.  

A mesa da plenária foi composta também pela diretora Dulcideia da Conceição, 2º tesoureira da Regional Norte II; e os diretores Fernando Prado, 1º secretário da Regional Sul; e Luis Augusto Vieira, 2º vice-presidente da Regional Planalto do ANDES-SN.

41º Congresso
O 41º Congresso do ANDES-SN começou na segunda-feira (6), em Rio Branco (AC), com o tema central "Em defesa da educação pública e pela garantia de todos os direitos da classe trabalhadora". O evento ocorre na Universidade Federal do Acre (Ufac), sob a organização da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Acre (Adufac - Seção Sindical), com a presença de 608 participantes. Pela primeira vez, o congresso do Sindicato Nacional acontece na capital acreana. O evento termina na noite desta sexta-feira (10).