A OAB Nacional acompanhará a retomada do trabalho presencial no Poder Judiciário, ao lado da Corregedoria Nacional de Justiça. A soma de esforços foi selada nesta terça-feira (31/1), na sede do Conselho Nacional de Justiça, em Brasília, durante reunião entre a diretoria da OAB e o corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão.
O presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, participou do encontro e ressaltou a importância do trabalho presencial, apesar de também apoiar a modernização do Judiciário.
"Não podemos admitir que o jurisdicionado seja compelido a atuar digitalmente, bem como não tenha a possibilidade de despachar com juízes e desembargadores em razão da ausência destes na referida comarca", destacou.
Além dele, estiveram presentes o vice-presidente da OAB, Rafael Horn; o diretor-tesoureiro da Ordem, Leonardo Campos; e o advogado e conselheiro do CNJ Marcos Vinícius Jardim Rodrigues.
O CNJ definiu critérios para a retomada presencial, diante da superação da situação de emergência na saúde pública decorrente da crise de Covid-19. Os tribunais devem garantir a presença de juízes nas comarcas e, para o caso de teletrabalho, seguir os parâmetros estabelecidos pela regulamentação da Resolução 227/2016.
Em janeiro, o grupo de trabalho criado pelo CNJ para acompanhar a retomada presencial de magistrados e servidores se reuniu pela primeira vez. Na ocasião, foi determinado que as cortes apresentem um relatório sobre as medidas que vêm adotando neste sentido.
Nesta quarta-feira (1º/2), foi encaminhado um formulário voltado ao tema para todos os tribunais do país. Os dados sobre o que vem acontecendo nos estados com relação ao retorno ao regime presencial serão disponibilizados no site do Conselho. Com informações das assessorias de imprensa da OAB Nacional e do CNJ.
Projeto de lei que define novas regras para concursos do governo SP agora deve seguir para sanção do governador Tarcísio de Freitas
FERNANDO CEZAR ALVES PUBLICADO EM 31/01/2023, ÀS 07H33 - ATUALIZADO ÀS 13H21
Foi aprovado, na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo (Alesp) o projeto de lei 527/2021, da deputada Márcia Lia (PT), que define novas regras para a realização de concursos públicos do governo SP. De acordo com o documento, aprovado no dia 21 de dezembro, fica proibida a realização de certames exclusivamente para formar cadastro reserva de pessoal ou com oferta simbólica de vagas, ou seja, com um quantitativo inferior a 5% do total do quadro existente para a carreira.
Atualmente, o documento está em fase de elaboração da minuta de autógrafo e deve ser encaminhado, nos próximos dias, para o governador Tarcísio de Freitas. A partir do envio haverá um prazo de 15 dias úteis para a sanção ou veto total ou parcial, por parte do governador.
Além disso, o projeto aprovado determina que o prazo de inscrições deverá ser de, no mínimo, 30 dias, contados da data de publicação do edital. Além disso, a aplicação das provas deve ocorrer dentro de, no mínimo, 90 dias da publicação.
A partir da publicação de cada edital haverá um prazo de cinco dias úteis para eventuais pedidos de impugnação, por parte dos candidatos.
Os editais também devem reservar de 10% a 20% das vagas para candidatos portadores de deficiência física.
Os editais deverão conter, no mínimo, as seguintes informações:
I – identificação da instituição organizadora do concurso e do órgão ou entidade pública que o promove;
II – ato oficial que autorizou a realização do concurso público;
III – lei de criação do cargo ou emprego público e da carreira, bem como seus regulamentos;
IV – identificação do cargo ou emprego público, suas atribuições, requisitos de investidura, classe de ingresso e remuneração inicial, discriminando-se as parcelas que a compõem, bem como sua natureza fixa e variável e seus limites de variação, quando for o caso;
V – quantidade de cargos ou empregos a serem providos, vedada a oferta simbólica de vagas ou a adoção exclusiva de cadastro de reserva, nos termos do artigo 14 desta lei;
VI – indicação precisa dos locais, horários e procedimentos de inscrição, bem como das formalidades para sua confirmação;
VII – valor da taxa de inscrição e hipóteses de isenção;
VIII – indicação do órgão e da localidade geográfica de lotação dos aprovados ou o critério para sua definição, respeitada a ordem de classificação no concurso;
IX – número de etapas do concurso público, com indicação das respectivas fases e seu caráter eliminatório e/ou classificatório;
X – enumeração precisa das disciplinas das provas, eventuais agrupamentos de provas e matérias e número de questões de cada disciplina, com seus respectivos valores individuais e pesos;
XI – conteúdo programático de cada disciplina, de forma clara, precisa e específica;
XII – datas de realização das provas, as quais só poderão ser alteradas por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta;
XIII – relação da documentação a ser apresentada pelo candidato no ato de inscrição e na realização das provas, bem como do material de uso permitido e não permitido em cada fase;
XIV – explicação resumida da relação existente entre cada disciplina cobrada no certame e as atribuições do cargo ou emprego público, de acordo com a natureza e complexidade das atribuições, nos termos do artigo 37, inciso II, da Constituição Federal;
XV – formas de divulgação dos resultados, com datas, locais e horários de consulta, vedada a adoção de consulta individual dos resultados, de acesso restrito unicamente ao candidato, salvo quanto aos dados pessoais inseridos em sua esfera de intimidade;
XVI – explicitação detalhada da metodologia de avaliação de cada fase do concurso público, inclusive das provas discursivas e orais, e das fórmulas de cálculo das notas;
XVII – quando for o caso, informação quanto à exigência de exames médicos específicos para a carreira ou de exame psicotécnico ou sindicância de vida pregressa, com apresentação dos critérios objetivos de sua avaliação;
XVIII – regulamentação do processo de elaboração, apresentação, julgamento, decisão e conhecimento dos recursos contra os resultados das provas;
XIX – percentual de cargos ou empregos reservados às pessoas com deficiência e critérios para sua admissão;
XX – prazo de validade do concurso e possibilidade ou não de sua prorrogação;
XXI – cronograma detalhado das fases do concurso
A primeira fase dos concursos deverá contar com uma ou algumas das seguintes etapas:
I – prova escrita objetiva;
II – prova escrita discursiva;
III – prova oral;
IV – prova física;
V – prova prática;
VI – exame médico;
VII – exame psicotécnico;
VIII – exame psicológico;
IX – sindicância de vida pregressa;
X – avaliação de títulos.
A prova escrita objetiva será obrigatória em todas as seleções