Formação é focada em profissionais da área da segurança e acontece entre os dias 24 e 29 de março no campus da Academia de Polícia na Cidade Universitária
A atuação em situações de crise com a técnica embasada garante a segurança de todos os envolvidos e, para isso, é necessário estar preparado. A partir dessa visão, a Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) e a Academia de Polícia “Dr. Coriolano Nogueira Cobra” (Acadepol), da Polícia Civil do Estado de São Paulo, mais uma vez colocam em prática a parceria que possibilita nesta semana a capacitação de 20 servidores do sistema socioeducativo paulista no curso de especialização de Gerenciamento de Crises, oferecido gratuitamente pela Acadepol à Fundação CASA.
Os profissionais, que atuam na área da segurança, terão aulas presenciais com especialistas entre os dias 24 e 29 de março, no campus da Acadepol na Cidade Universitária, no bairro do Butantã, em São Paulo. A carga horária total será de 28 horas aula. O curso mescla teoria e prática, oferecendo aos alunos desde conceitos básicos – como caracterização de crises, formas de gerenciamento e graus de risco e níveis de resposta – a até módulos de negociação e de atuação prática.
A parceria formativa entre as instituições ocorre desde 2021 e, até o ano passado, 507 servidores da Fundação CASA, especialmente encarregados de segurança, coordenadores de equipe e agentes de apoio socioeducativo, já haviam concluído cursos presenciais e on-line. Além da especialização em Gerenciamento de Crises, esses profissionais já passaram por formações relacionadas a controle das emoções e autoestima, estratégias de enfrentamento do estresse, imobilizações táticas, dentre outras.
Nesta turma de março, há servidores que trabalham em todas as regiões do Estado de São Paulo, seja como encarregados de segurança das divisões regionais da Fundação CASA, seja como coordenadores de equipe e agentes de apoio socioeducativo das Equipes de Suporte Regional (ESR), uma equipe da área de segurança que auxiliar de forma preventiva ou emergencial nos centros de atendimento.
A seleção dos profissionais participantes seguiu orientações da Superintendência de Segurança da Fundação CASA. A viabilização da parceria ocorreu por meio da Universidade Corporativa da Fundação CASA (UNICASA).
“O curso contribui na contextualização da atuação dos nossos profissionais da segurança. Há um cuidado importante em adaptar a linguagem e o conteúdo à especificidade do trabalho da Fundação CASA, que é um sistema socioeducativo”, avalia a gerente da UNICASA, Ana Paula Ribeiro.
O superintendente de Segurança da Fundação CASA, Denis Batista Gomes, acrescenta que o conteúdo do curso impacta positivamente na atuação dos formados. “Os servidores da segurança compreendem melhor a própria atuação cotidiana, colocam em prática o que aprenderam em questões importantes como negociação em situações complexas, contribuindo com o trabalho dos colegas da segurança que estão na rotina diária dos centros de atendimento”, explica Gomes.
Para o gerente Operacional da Superintendência de Segurança, Cleber Mesquita, que fez o curso em 2024, a especialização foi marcante. “Vimos a importância de lidar com as emoções em momentos de crise, como negociar e como criar vínculos no momento da negociação. A simulação de uma situação de crise, colocando cada aluno para praticar, foi muito significativo”, lembra Mesquita. O gerente trabalha na Fundação CASA desde 2005, quando ingressou como agente de apoio socioeducativo, e é graduado em Gestão Pública.
Sobre a Fundação CASA
A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Atendendo jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo, a Fundação executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, com base no ato infracional e na idade dos adolescentes, garantindo os direitos previstos em lei, pautando-se na humanização, e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social.
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