Em suas redes sociais, Luiz Marinho afirmou que tema será "objeto de amplo debate";
Nas redes, fim do saque-aniversário encontrou reações mistas dos trabalhadores;
Ideia do ministro do Trabalho e Emprego era de recuperar o caráter social do FGTS.
Nesta quinta-feira (5), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, voltou atrás sobre o fim do saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Em suas redes sociais, o ministro afirmou que o tema será "objeto de amplo debate junto ao Conselho Curador do FGTS e com as centrais sindicais".
O tema veio à tona na última quarta-feira (4), quando Luiz Marinho afirmou em uma entrevista ao jornal O Globo que pretendia acabar com a modalidade de saque. A ideia do ministro era recuperar o caráter social do fundo, que foi criado com a ideia de servir como uma poupança do trabalhador "para socorrer no momento da angústia do desemprego".
"Quando se estimula, como esse irresponsável e criminoso desse governo que terminou, sacar em todos os aniversários, quando o cidadão precisar dele (do FGTS), não tem. Como tem acontecido reclamação de trabalhadores demitidos que vão lá e não têm nada", disse Luiz Marinho.
A medida encontrou reações mistas nas redes sociais. Muitos concordavam com os pontos do ministro, relatando inclusive a própria experiência de ter adotado o saque-aniversário e se ver impossibilitado de sacar o fundo no momento da demissão. Já outros se mostraram contra o fim da modalidade, afirmando que o dinheiro pertence ao trabalhador e cabe a ele decidir o que fazer com as quantias, ignorando o caráter histórico e social do fundo.
Ao todo, 28 milhões de trabalhadores aderiram ao saque aniversário, isto é, optando por abandonar a modalidade saque-rescisão. Desde abril de 2020, quando surgiu, já foram sacados R$ 34 bilhões do FGTS através do saque-aniversário.
O esvaziamento do fundo também representa um risco para o segundo objetivo do FGTS, que é de ser um estímulo aos investimentos de habitação. Esses recursos muitas vezes são utilizados por trabalhadores e pelos bancos em financiamentos imobiliários, estimulando o mercado imobiliário a produzir moradias para todos os segmentos da população.
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