Agente penitenciário morreu protegendo esposa e filha, diz sindicato
O agente penitenciário Fábio Neris Cerqueira, que foi executado na manhã deste domingo (22) em Salvador, teria sido morto protegendo a família. Ele foi alvejado com diversos tiros nas costas e cabeça na Rua Luan Braga, no bairro de Campinas de Pirajá.
De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb), ele estava dirigindo um carro na localidade, acompanhado da esposa e filha, quando foi reconhecido por criminosos. Para que os homens não percebessem as presenças delas, Fábio teria parado o carro e saído correndo. Subiu uma escadaria e acabou sendo atingido pelos disparos.
"As informações, ainda não precisas, dão conta de que teriam sido três criminosos. Eles já estariam custodeados na Cadeia Pública de Salvador, em Mata Escura, onde Fábio trabalhava", diz Geonías Santos, diretor do sindicato.
Fábio foi até a localidade em uma visita à mãe, que não teve o nome divulgado. Após o crime, os bandidos teriam levado a arma do agente. Ele tinha registrada em seu nome uma pistola da marca Taurus. Junto com o corpo dele, foi encontrado também um crachá de identificação da empresa de segurança particular Prosegur.
O crachá da Prosegur foi encontrado com o corpo de Fábio (Foto: Reprodução) |
Ainda segundo o Sinspeb, já haveria um suspeito do homicídio, que é ligado a uma facção criminosa que atua na cidade. As informações não são confirmadas pela Polícia Civil, que diz ainda não ter informações sobre as motivações e autoria da morte. As apurações estão por conta do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), através do delegado Odair Carneiro.
Fábio trabalhava como agente pentenciário desde 2014 quando foi aprovado em concurso da Secretaria de Administração Penitencária e Ressocialização (Seap) sob Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). De acordo com o sindicato, dois anos depois, em 2016, ele foi efetivado após novo concurso.
O registro da pistola, no nome de Fábio (Foto: Reprodução) |
Outros casos
Após a morte de Fábio, Geonías lembrou também as execuções de Paulo Sérgio de Sousa Silva - que também atuava na Cadeia Pública de Salvador e que foi baleado em Castelo Branco, em agosto de 2017 - e de Ciro André Dias Cerqueira - em março do mesmo ano, na cidade de Feira de Santana, no Centro-Norte da Bahia.
Após a morte de Fábio, Geonías lembrou também as execuções de Paulo Sérgio de Sousa Silva - que também atuava na Cadeia Pública de Salvador e que foi baleado em Castelo Branco, em agosto de 2017 - e de Ciro André Dias Cerqueira - em março do mesmo ano, na cidade de Feira de Santana, no Centro-Norte da Bahia.
"Estão sendo mais frequentes os assassinatos de agentes penitenciários. Durante um período maior, ficamos sem nenhum acontecimento", falou Geonías.
Em nota, a Polícia Militar informou que policiais militares da 9ª Companhia Independente da Polícia MIlitar (CIPM) foram acionados pelo Centro Integrado de Comunicações (Cicom) com a informação de uma vítima de disparos de arma de fogo na Rua Luan Braga, em Campinas de Pirajá. "Ao confirmar o fato, a guarnição isolou a área e acionou a perícia", afirmou a PM.
O CORREIO tentou contato com a Prosegur, mas não teve retorno até o momento da publicação desta reportagem. Já a Seap disse que não tem informações, já que o crime não aconteceu enquanto Fábio estava trabalhando. Segundo a assessoria da Secretaria, uma nota de pesar será divulgada nesta segunda-feira (23
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