Na manhã deste sábado (3/3), adolescentes da Unidade de Internação do Recanto das Emas (Unire) tentaram fugir do local após render um agente socioeducativo. Na gravação do sistema de segurança a qual o Metrópoles teve acesso, é possível ver um menor controlando o agente e outros três correndo por uma ala. O quarteto, no entanto, foi recapturado e a situação controlada.
O botão de pânico – medida para situações de emergência – foi acionado. Segundo relatos, a Polícia Militar do DF (PMDF) chegou ao local somente 30 minutos após o incidente. O caso ocorre um dia após os agentes socioeducativos decretarem paralisação até a próxima terça-feira (6). A tentativa ocorreu durante o momento de abertura de um dos módulos. Assista:
Um outro caso ocorreu na unidade de Santa Maria. Um servidor foi ferido por um dos adolescentes durante o trancamento do módulo. Ele foi encaminhado ao Hospital da cidade. Segundo a pasta, ele foi atendido e liberado, sem complicações.
O adolescente, por sua vez, foi encaminhado à delegacia. O Ministério Público e Vara da Infância estão sendo avisados das ocorrências.
A paralisação afetou atividades fora dos módulos, como oficina e escola. Os servidores que decidiram trabalhar foram encaminhados a garantir o banho de sol, a vigilância, a preservação da integridade física dos jovens infratores, conforme afirmou à reportagem o diretor de comunicação do Sindicato dos Servidores da Carreira Socioeducativa do DF (Sindsse-DF), Wagner Matos.
Na sexta (2), o sindicato disse que o movimento atingiria o período das 8h às 17h. Assim as visitas nas unidades – Planaltina, Santa Maria, Recanto das Emas, Brazlândia, São Sebastião, Saída Sistemática (fase final da internação) e Provisória – estão comprometidas, pois ocorrem das 8h às 11h e das 14h às 17h.
Penúria
A lista de problemas do sistema socioeducativo tem crescido nos últimos meses. No fim do ano passado, o Metrópoles mostrou a falta de estrutura e segurança nas unidades de internação, o que, segundo os servidores, eleva o risco de incidentes violentos, como rebeliões e tentativas de fugas.
A lista de problemas do sistema socioeducativo tem crescido nos últimos meses. No fim do ano passado, o Metrópoles mostrou a falta de estrutura e segurança nas unidades de internação, o que, segundo os servidores, eleva o risco de incidentes violentos, como rebeliões e tentativas de fugas.
No mês passado, vídeos feitos por trabalhadores socioeducativos e cedidos à reportagem exibem problemas estruturais nas unidades. As gravações mostram goteiras, alagamento e até uma cobra no interior de um dos locais de internação.
Na ocasião, a pasta afirmou que a Subsecretaria do Sistema Socioeducativo recebeu a demanda sobre os vazamentos e ordenou o reparo à empresa de engenharia prestadora de serviços. Em relação à cobra, o Batalhão de Polícia Ambiental foi acionado e recolheu o animal cerca de uma hora depois de serem acionados
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