sexta-feira, 28 de maio de 2021

Começa hoje pagamento para quem teve suspensão de contrato ou redução de jornada. Veja como vai funcionar


Governo vai pagar qucelas do Benefício 




Governo vai pagar quatro parcelas do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), que compensa parcialmente perda de renda
Pandemia ameaça empregos formais Foto: Arquivo
Pandemia ameaça empregos formais Foto: Arquivo

RIO - Começa a ser pago nesta sexta-feira o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) como parte da reedição do programa que pemite a empresas suspender contratos ou reduzir jornada e salários em até 70%, mediante acordo com funcionários para evitar demissões, informou a Caixa Econômica Federal. 

O programa voltou este ano por meio da Medida Provisória (MP) 1.045, de 28 de abril, que reedita o programa criado com a MP 936 em 2020. Os novos acordos podem ter duração de 120 dias.

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Nesse período, o governo vai pagar um benefício, que não tem relação com o auxílio emergencial, para compensar parte da perda de renda dos trabalhadores.

 

O valor do benefício é baseado nas faixas do seguro-desemprego. Pode variar  de R$ 261,25 a R$ 1.813,03. O benefício não afeta o direito ao Seguro-Desemprego em caso de demissão, informou a Caixa.

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Ao todo, serão pagas quatro parcelas do benefício. A primeira começa a ser paga a partir de hoje, mas o prazo para o trabalhador receber é de 30 dias contados após o início da vigência do acordo, devidamente informado pelo empregador no portal designado pelo Ministério da Economia.

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Receberão o benefício pela Caixa os trabalhadores que indicarem conta no banco no acordo ou os que não indicarem nenhuma conta bancária para o crédito.

Nesse segundo caso, será aberta automaticamente uma poupança social digital no app Caixa Tem, nos moldes do que acontece com o auxílio emergencial.

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O Banco do Brasil fará os pagamentos para trabalhadores que indicarem conta corrente ou poupança no banco.

O BB também vai operacionalizar o pagamento dos trabalhadores que indicarem contas em outros bancos (a não ser a Caixa).

O dinheiro será enviado pelo banco estatal por meio de um DOC gratuito para a conta apontada como sendo do trabalhador.

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Tire suas dúvidas sobre a volta dos acordos

A partir de quando os novos acordos de redução de jornada e suspensão de contrato podem ser firmados?

Regras gerais Foto: Criação O Globo
Regras gerais Foto: Criação O Globo

Já podem ser firmados a partir de hoje. A MP permite a redução de jornada e salário ou a suspensão do contrato de trabalho por até 120 dias. Este prazo poderá ser prorrogado por decreto do governo no futuro.

Quais são os percentuais previstos para redução de salário e jornada?

Redução de jornada Foto: Criação O Globo
Redução de jornada Foto: Criação O Globo

Como no ano passado, os salários e as jornadas poderão ser reduzidos em 25%, 50% e 70% em acordos individuais ou coletivos.

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A medida é retroativa?

A MP deixa claro que os acordos entre trabalhadores e empresas não poderão retroagir, ou seja, só valerão daqui para frente.

O acordo deve ser individual ou coletivo?

Acordo Foto: Criação O Globo
Acordo Foto: Criação O Globo

Depende. A redução de jornada no percentual de 25% pode ser feita por negociação individual para todos os empregados. A redução de jornada nos percentuais de 50% e 70% pode ser feita por negociação individual para os empregados com salário de até R$ 3.300 ou que tenham nível superior e recebam salário superior a R$ 12.867,14.

Os casos de suspensão do contrato podem ser feitos por negociação individual para os empregados com salário de até R$ 3.300 ou que tenham nível superior e recebam salário superior a R$ 12.867,14, ou quando o empregado não sofrer prejuízos.Nos demais casos, o acordo deve ser coletivo.

O acordo deve ser informado ao governo? Como?

Adesão Foto: Criação O Globo
Adesão Foto: Criação O Globo

Os acordos devem ser informados ao governo. Para os empregadores que são pessoa jurídica, o canal é o sistema Empregador Web, já amplamente utilizado no meio empresarial. Os empregadores pessoa-física deverão acessar o Portal de Serviços gov.br, na aba "Benefício Emergencial", para fazer o ajuste.

O trabalhador terá complementação de renda do governo?

Compensação de perdas Foto: Criação O Globo
Compensação de perdas Foto: Criação O Globo

Durante a vigência do acordo, o governo paga diretamente aos trabalhadores o Benefício Emergencial (BEm) para ajudar a complementar a renda, de acordo com faixas do seguro-desemprego.

O governo pagará uma compensação, proporcional à redução salarial calculada sobre o valor do seguro-desemprego a que ele teria direito se fosse demitido (entre R$ 1.100 e R$ 1.911,84).

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Em um acordo para redução de 50%, por exemplo, o empregado recebe 50% do salário da empresa e 50% da parcela do seguro-desemprego a que teria direito.

No caso de suspensão do contrato de trabalho, o pagamento da compensação do governo será de 100% do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito. A exceção são empresas que tiveram receita bruta superior a R$ 4,8 milhões.

Nesses casos, a empresa somente poderá suspender o contrato de trabalho de seus empregados mediante o pagamento de ajuda compensatória mensal no valor de 30% do salário do empregado.

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Os trabalhadores terão garantia no emprego?

Acordos Foto: Criação O Globo
Acordos Foto: Criação O Globo

Os empregados terão garantia no emprego durante o período em que a empresa usar o mecanismo e após o restabelecimento da jornada por um tempo igual ao que durou a redução ou suspensão.

Por exemplo, se a redução for de 30 dias, o empregado tem garantia por esse período e mais 30 dias, totalizando 60 dias.

MP 936:  Suspensão de contrato e redução de jornada em 2020 garante estabilidade no emprego de 1,4 milhão até agosto

E se o trabalhador for demitido?

Situação do empregado Foto: Criação O Globo
Situação do empregado Foto: Criação O Globo

A empresa que demitir sem justa causa durante o período de estabilidade deverá pagar, além das parcelas rescisórias previstas na legislação, indenização sobre o salário a que o empregado teria direito no período de estabilidade.

Essa indenização será calculada conforme o percentual de redução salarial.

Isso não se aplica se o trabalhador pedir demissão ou se a dispensa for por justa causa.

Qual o efeito sobre férias? Os meses de contrato de jornada reduzida ou contrato suspenso são contabilizados?

Férias Foto: Criação O Globo
Férias Foto: Criação O Globo

No caso da suspensão do contrato de trabalho, como há a suspensão temporária das obrigações das partes e da contagem do tempo de serviço, há o entendimento de que o período aquisitivo das férias também fica suspenso.

Ou seja, se as férias do empregado venceriam em março, mas no ano passado ele ficou cinco meses em suspensão de contrato, ele terá que esperar mais cinco meses neste ano para poder gozar as férias.Já no caso de redução de jornada, o período não muda. 

O que muda é o valor a ser recebido, pois no cálculo para pagamento de férias e o adicional de 1/3 vão entrar valores de salário reduzidos.

Como fica o pagamento do décimo terceiro proporcional?

Como fica o salário? Foto: Criação O Globo
Como fica o salário? Foto: Criação O Globo

No caso de redução de jornada, não vai ser alterado. No caso de suspensão de contrato, não serão computados os meses da suspensão. Para que o mês seja considerado no cálculo do 13º salário, o empregado tem que ter trabalhado por pelo menos 15 dias.

A nova regra vale para empregado doméstico e intermitente?

Empregados domésticos Foto: Criação O Globo
Empregados domésticos Foto: Criação O Globo

A regra vale para todos os trabalhadores com carteira assinada, incluindo empregados domésticos e trabalhadores intermitentes.

Como fica o INSS e FGTS durante o período de suspensão de contrato?

Cálculo do FGTS Foto: Criação O Globo
Cálculo do FGTS Foto: Criação O Globo

Durante esse período, o recolhimento fica suspenso. Se o empregado quiser, pode contribuir para o INSS como autônomo, para não ficar com meses sem a cobertura. No caso de redução de jornada, o recolhimento do INSS e do FGTS é proporcional ao valor do salário reduzido.

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Como ficam os benefícios, como vale-refeição e plano de saúde?

Benefícios Foto: Criação O Globo
Benefícios Foto: Criação O Globo

Devem continuar sendo pagos normalmente. A Medida Provisória diz que aos empregados que tiverem o seu contrato de trabalho suspenso deverão ser garantidos todos os benefícios concedidos pelo empregador.

Previdência privada e auxílios creche e funeral são mantidos?

Sim, devem continuar a ser pagos normalmente.

Como ficam os trabalhadores que já estavam em licença? (auxílio-doença, licença médica ou licença maternidade)

Contrato intermitente Foto: Criação O Globo
Contrato intermitente Foto: Criação O Globo

Esses trabalhadores já estão com o contrato suspenso.  Portanto, os empregados só poderão acordar uma das medidas para estes empregados ao final do afastamento em curso.  

No uso combinado de suspensão de contrato e redução de jornada, os períodos dos acordos devem ser consecutivos?

Suspensão de contrato Foto: Criação O Globo
Suspensão de contrato Foto: Criação O Globo

Não necessariamente. O prazo pode ser contabilizado em períodos sucessivos ou com intervalos mínimos de 10 dias entre os acordos. Juntos, não poderão passar de 120 dias. Durante o intervalo, ou seja, quando a suspensão de contrato ou redução de jornada não se aplicar, vale o salário integral do empregado. Logo, o trabalhador deve ganhar neste intervalo o valor proporcional do salário cheio.

Há um prazo máximo para esse intervalo?

Não há. Isso fica a critério das partes (empregado e empregador) e de suas necessidades.

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Projeto quer liberar saque do FGTS para quem adotar ou tiver filho

 


Proposta diz que o aumento da família causa gastos extras


Um projeto quer liberar o saque do saldo do FGTS para quem adotar uma criança ou tiver filho.

Apresentada pelo senador Fabiano Contarato, da Rede do Espírito Santo, a proposta argumenta que o aumento da família causa gastos extras e que o FGTS é um direito do trabalhador.Pelo texto, para sacar os recursos, os pais teriam de apresentar a certidão de nascimento ou o termo de adoção da criança.Em 2019, o FGTS já foi ampliado para casos de doenças raras de trabalhadores e seus dependentes

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Comunicado oficial da Fundação CASA aos SERVIDORES

  

GABINETE DA PRESIDÊNCIA - GP 

Rua Florêncio de Abreu, 848 – 9º andar – Luz – São Paulo – SP – CEP 01030-001 – Tel. 2927-9116 / 9117 / 9118 

expediente.fcasa@sp.gov.br

São Paulo, 27 de maio de 2021. 

Ofício G.P. nº 299/2021 

Ref.: Acordo Coletivo para Escala de Trabalho dos Agentes de Apoio Socioeducativos 

Senhora Presidente, 

Considerando que, nos últimos meses a Fundação CASA buscou 

junto à Entidade Sindical SITSESP a formalização do Acordo Coletivo para a escala de 

trabalho 2x2, para os servidores que ocupam o cargo de Agente de Apoio 

Socioeducativo, com direito a 2 (duas) folgas anuais mais 1 (uma) folga em razão do 

dia do aniversário, além das 6 (seis) faltas abonadas previstas na Portaria Normativa 

nº 337/2020; 

Considerando que, a Entidade Sindical SITSESP não aceitou a 

proposta da manutenção da escala 2x2 na forma acima descrita, insistindo na 

implantação da escala 24x72 ou na implantação da escala 2x2 com 8 (oito) folgas 

anuais, além das 6 (seis) faltas abonadas previstas na Portaria Normativa nº 

337/2020; e 

Considerando os reiterados esclarecimentos apresentados pela 

Fundação CASA quanto à inviabilidade da implantação da escala 24x72 ou da escala 

2x2 com 8 (oito) folgas nas reuniões ocorridas nos dias 11/02/2021, 25/02/2021, 

15/03/2021, 16/03/2021 e 07/05/2021; 

Considerando que na ausência de acordo coletivo sobre as escalas, 

a Fundação CASA deverá, sob pena de responsabilização da instituição, implementar a 

escala prevista quando da contratação dos servidores que ocupam o cargo de Agente 

de Apoio Socioeducativo, que seja a escala 5x2, o que não é interesse da instituição, 

contudo, será medida necessária em caso de ausência de acordo. 


 

GABINETE DA PRESIDÊNCIA - GP 

Rua Florêncio de Abreu, 848 – 9º andar – Luz – São Paulo – SP – CEP 01030-001 – Tel. 2927-9116 / 9117 / 9118 

expediente.fcasa@sp.gov.br

Ofício G.P. nº 299/2021 fls. 2 

Reiteramos através do presente ofício a necessidade de que o 

sindicato apresente em Assembleia aos servidores a proposta de escala feita pela 

instituição, para que possamos adotar uma escala que seja adequada à aplicação da 

medida socioeducativa, que propicie aos servidores exercer suas atividades da melhor 

forma possível, e que esteja de acordo com as melhores práticas de gestão pública. 

Na oportunidade, renovamos protestos de estima e consideração. 

Fernando José da Costa 

Secretário da Justiça e Cidadania 

Respondendo pelo Expediente da Fundação CASA 

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA 

A Senhora 

CLAUDIA MARIA DE JESUS 

Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos e Empregados Celetistas nas 

Fundações e Entidades do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo ao 

Adolescente em Conflito com a Lei do Estado de São Paulo - SITSESP 

Capital – SP 

GP/yhed

ASSINADO DIGITALMENTE https://sistemas.fundacaocasa.sp.gov.br/e-casa/validar/B60C2013-202105-0145869


FERNANDO JOSE DA COSTA 27/05/2021



TRF-4 concede aposentadoria por invalidez a dona de casa com fibromialgia

 


Por constatar a existência de limitações funcionais e incapacidade temporária, a 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região determinou o reestabelecimento do pagamento de auxílio-doença, com conversão em aposentadoria por invalidez, a uma dona de casa que sofre de fibromialgia e depressão.

INSS havia cessado o benefício após laudo pericial atestar capacidade laborativaAgência Brasil

A mulher recebia auxílio-doença, mas em 2017 o benefício foi cessado após um laudo pericial apontar inexistência de incapacidade laborativa. Ela acionou a Justiça para pedir o reestabelecimento do auxílio ou a concessão de aposentadoria por invalidez, além de indenização por danos morais. Segundo ela, a fibromialgia lhe causa dores no corpo e fadiga excessiva, quadro que seria agravado pelos transtornos de ansiedade e depressão.

Em fevereiro deste ano, a 3ª Vara Federal de Canoas negou os pedidos da autora, baseando-se no laudo pericial. Ela recorreu, alegando que houve cerceamento de defesa, já que foi negada a produção de novo exame pericial com especialistas em ortopedia e psiquiatria.

O juiz convocado Julio Guilherme Berezoski Schattschneider, relator do caso no TRF-4, levou em conta um estudo que aponta a possibilidade de confusões diagnósticas em casos de fibromialgia, já que há muitos sintomas que podem surgir. Segundo a sociedade Brasileira de Reumatologia, os pacientes estão sujeitos a limitações e até mesmo incapacidade temporária.

"Considerando o acerbo probatório e as condições pessoais da parte autora, permitido concluir que existia incapacidade da segurada quando da alta previdenciária", apontou o magistrado.

A corte concedeu o reestabelecimento do auxílio desde a data da alta previdenciária e a conversão em aposentadoria por invalidez a partir da data do julgamento. O número do processo não foi divulgado. Com informações da assessoria de imprensa do TRF-4.

Mais de 1000 servidores inscritos para participar da assembléia

 CATEGORIA PARTICIPARÁ EM PESO NA ASSEMBLEIA 29 DE MAIO!

Mais de 1000 inscritos na assembleia!
Após conferir as inscrições estaremos encaminhando o link da assembleia, ainda no dia de hoje, 27 de maio.

Aqueles que tiverem problemas com a inscrição entrem em contato com:
Cesar: 11 932682106
Edna: 11 99595-2010
Aline: 11 96639- 3369

quarta-feira, 26 de maio de 2021

POLICIAL PENAL SOFRE ATAQUE DE PRESO NO CDP II DE PACAEMBU

 


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Na última terça-feira (25), um policial penal do Centro de Detenção Provisória (CDP) II de Pacaembu, sofreu queimaduras após um detento atirar água fervente contra o seu rosto.

Quando o policial penal fazia o fechamento dos ferrolhos de um dos raios do CDP, o sentenciado fez o ataque. O servidor só teve ferimentos leves na testa, no pescoço e na orelha, e recebeu alta após ser atendido na Santa Casa da cidade.

A unidade tomou os procedimentos necessários como o registro da Notificação de Acidente de Trabalho (NAT). O sentenciado foi encaminhado para o pavilhão disciplinar e será aberto um procedimento apuratório

Acordou e não viu seu VR provisionado, acesse o link

 



Acordou hoje e viu que seu VR não está provisionado, ou acordou e viu seu amigo te informar que vai ficar sem e portanto você já sabe que sua vez de perder direitos também chegará? Então faça sua inscrição na assembléia e prepare-se para mais uma GREVE GERAL. ✌🏼🔥🙏🏼


As inscrições se encerram dia 26 de maio às 23h59.

FAÇA SUA INSCRIÇÃO: https://us02web.zoom.us/meeting/register/tZwpf-Cqpj4uGtA8wz76hXStSKBKWIgneIHx


Vamos à luta!

terça-feira, 25 de maio de 2021

Comissão da Câmara aprova PEC da reforma administrativa

 


por: Márcia Lorenzatto |25/05/2021 às 17:35

Admissibilidade do texto foi aprovado na CCJ por 39 votos a 26. Matéria segue para comissão especial

Com a aprovação, a comissão considera que a proposta está de acordo com a Constituição e pode começar a tramitar na Câmara | Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Com a aprovação, a comissão considera que a proposta está de acordo com a Constituição e pode começar a tramitar na Câmara | Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara aprovou nesta 2ª feira (25.mai), por 39 votos favoráveis e 26 contrários, a admissibilidade da PEC que trata da reforma na administrativa. Com a aprovação, a comissão considera que a proposta está de acordo com a Constituição e pode começar a tramitar na Câmara.

A matéria, que foi envida pelo governo em setembro do ano passado, propõe alteração nas regras para os futuros servidores dos três Poderes, e sofreu mudanças feitas pelo relator, deputado Darci de Matos (PSD-SC). Em seu parecer, foram feitas três supressões ao texto, entre elas o trecho que previa os novos princípios da administração pública: imparcialidade, transparência, inovação, responsabilidade, unidade, coordenação, boa governança pública e subsidiariedade.

A CCJC também retirou o trecho que proibia servidores ocupantes de cargos típicos de Estado de exercer qualquer outra atividade remunerada. O relator considerou esse trecho inconstitucional porque impedia o exercício de outra atividade, mesmo que houvesse compatibilidade de horários.

O texto será analisado, agora, por uma comissão especial. Depois segue para votação do plenário da Câmara antes de ir para o Senado.

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Profissionais de enfermagem cobram valorização da categoria e piso salarial

 


A sessão remota de homenagem a enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem realizada nesta segunda-feira (24) foi marcada pela defesa do PL 2.564/2020, que fixa um piso salarial para a categoria e limita a 30 horas semanais a jornada de trabalho desses profissionais

Por Redação Agência Senado em 24/05/2021 às 23:05:11
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Pedro França/Agência Senado

 Pedro França/Agência Senado

Asessão remota de homenagem a enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem realizada nesta segunda-feira (24) foi marcada pela defesa do PL 2.564/2020, que fixa um piso salarial para a categoria e limita a 30 horas semanais a jornada de trabalho desses profissionais. Ao ouvir os depoimentos de representantes da classe, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), autor do projeto e do requerimento da sessão especial, cobrou uma "corrente do bem" em apoio aos profissionais de enfermagem, que têm se destacado na linha de frente do enfrentamento à covid-19.

Na abertura da sessão, Contarato registrou a importância de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem no enfrentamento à covid-19 e na aplicação de vacinas: ele lembrou que, desde o início da emergência de saúde, quase 800 desses profissionais morreram vítimas da doença e muitos outros que a contraíram ainda enfrentam as sequelas.

— As dificuldades que enfrentaram nesse período são inumeráveis. Trabalharam, especialmente nos primeiros meses da pandemia, com equipamentos de proteção inadequados e insuficientes. Atenderam a uma demanda desumana de trabalho com UTIs e hospitais lotados. Dobraram turnos e, literalmente, se desdobraram para que não faltassem profissionais para atender às vítimas da covid-19 — destacou.

, o PL 2.564/2020 constitui uma oportunidade única para reparar a dívida histórica do país com os profissionais de enfermagem, que, segundo observou, também são vítimas do machismo e do racismo.

— Nós precisamos dessa aprovação para sermos mais valorizados. Vamos nos esforçar e olhar com carinho para termos uma nova visão para a área da enfermagem — afirmou.

Gabriela Veiga, líder de diversidade no Memorial Inumeráveis — site dedicado à memória das vítimas do coronavírus — leu o relato sobre a vida e morte de Helen Dias, enfermeira que "acordava todos os dias feliz para salvar vidas".

— A gente quer parar de contar histórias. E, graças às pessoas da linha de frente, a gente não está contando mais histórias — declarou, pedindo esforço pela aprovação do PL.

Betânia Maria dos Santos, presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), lamentou que os membros da categoria estejam "exaustos" e "adoecendo fisicamente e psicologicamente" sob a pressão de baixos salários e carga horária excessiva. Andressa Barcellos, presidente do Conselho Regional de Enfermagem no Estado do Espirito Santo (Coren-ES), afirmou que 45% dos profissionais do setor precisam de mais de um emprego para sobreviver.

Enquanto isso, Sônia Acioli de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), denunciou os interesses econômicos que impedem a valorização da profissão e criticou o afrouxamento das diretrizes curriculares para o bacharelado em enfermagem.

— Não podemos ter retrocesso na formação em enfermagem, nem no nível médio, nem na graduação e, sem uma boa formação, a gente não tem como ter uma enfermagem qualificada — reforçou.

Presidente da Associação Nacional de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem (Anaten), José Antônio Costa defendeu a votação do projeto para deter a exploração de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.

— Agora estamos aparecendo, mas sempre estivemos presentes. Não há nascer nem morrer sem enfermagem — definiu.

Solange Aparecida Caetano, diretora de formação da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), afirmou que o piso salarial é uma demanda que remonta à criação da entidade, em 1985, e criticou a lentidão na tramitação de projetos em apoio à categoria.

Geiza Pinheiro Quaresma, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Estado do Espirito Santo (Sindisaúde/ES), considera que levar o PL a votação representa uma homenagem à categoria.

— É absurdo vermos técnicos e auxiliares sendo contratados por menos que um salário mínimo. Precisamos de valorização — reivindicou.

Tânia Ortega. enfermeira no Hospital Municipal e Maternidade Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva, em São Paulo, definiu os anos de 2020 e 2021 como os mais difíceis vividos pela enfermagem em todo o mundo, mas avalia que a crise reforçou a importância da união entre os profissionais.

— Garantir uma equipe de enfermagem saudável é garantir a saúde do povo brasileiro.

Senadores

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN), relatora do projeto, cobrou a defesa do SUS e de levar justiça a categorias profissionais que "só levam o que é de bom para a gente" apesar da perda de direitos trabalhistas nos últimos anos.

— Mesmo assim, esses trabalhadores e trabalhadoras não deixaram de salvar vidas, cumprindo seu dever — salientou.

No mesmo sentido, o senador Esperidião Amin (PP-SC) cobrou debate com "profundidade e clareza" sobre o projeto em pauta, e o senador Wellington Fagundes (PL-MT) defendeu o piso salarial como respeito ao "pacto de cuidado" entre os profissionais de enfermagem e a sociedade.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) considera que não há reconhecimento suficiente para profissionais "que dão a vida por nós". O senador Angelo Coronel (PSD-BA) espera que a remuneração de enfermeiros, técnicos e auxiliares seja contemplada na reforma tributária, e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) defendeu compensação a estados e municípios pelo cumprimento do piso salarial determinado pelo projeto.

O Dia Nacional do Técnico e do Auxiliar de Enfermagem foi comemorado em 20 de maio. A data encerrou a Semana da Enfermagem, iniciada no dia 12 de maio com o Dia Internacional da Enfermagem e do Enfermeiro. A semana foi instituída em 1960 para divulgar as atividades da categoria

Ratos, escuridão e falta d'água: vistoria vê garotos em situação desumana na Funase

 

Ratos, escuridão e falta d'água: vistoria vê garotos em situação desumana na Funase do Recife

Ministério Público de Pernambuco está investigando os graves problemas na unidade
Raphael Guerra
Raphael Guerra
Publicado em 24/05/2021 às 15:59
Gajop/Divulgação
No Cenip do Recife, há 72 adolescentes apreendidos por suspeita de atos infracionais Foto: Gajop/Divulgação

Adolescentes entre 12 e 18 anos, apreendidos por suspeita de atos infracionais, estão vivendo em situação desumana no Centro de Internação Provisória (Cenip) do bairro do Bongi, no Recife, unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). A constatação foi feita durante vistoria de representantes do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Defensoria Pública Estadual e do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop). O caso está sendo investigado desde a última quinta-feira (20).  

Segundo relatório produzido pelo Gajop, entidade ligada aos direitos humanos, uma infestação de ratos foi encontrada na unidade logo na chegada do grupo que participou da vistoria. "O local encontrava-se com lixos espalhados por todos os lados, bastante acúmulo de água pelos corredores e entrando nos alojamentos, provocando umidade e muito mofo", disse o texto. Além disso, "vários internos estavam sem colchão e lençol, tendo que dormir literalmente no chão. Após diálogo com os adolescentes, foi verificado que os mesmos não estão tendo acesso à atendimento médico ou a qualquer tipo de medicação".

Gajop/Divulgação - Faltam colchões para os adolescentes na unidade da Funase do Recife

No Cenip, segundo dados atualizados nesta segunda-feira (24) pela Funase, há 72 adolescentes. Apesar dos inúmeros problemas apontados, não há superlotação na unidade. 

O MPPE informou, por nota, que a 6ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital vai protocolar o relatório da inspeção no Juízo da Capital, onde já há uma ação civil pública, para que obrigue a Funase a fazer as melhorias necessárias.

"Extrajudicialmente, a 6ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital está programando junto com o Gajop e a Defensoria Pública, uma reunião com o secretário de Políticas Sociais e com o próprio Governo do Estado, em virtude de a situação ser muito grave e antiga, mas que piorou muito e não se pode admitir as condições atuais", completou a nota.

OUTRO LADO

Em nota à coluna, a assessoria da Funase negou a falta de medicamentos e de profissionais de saúde para atendimento aos adolescentes. "O ambulatório da unidade dispõe de uma médica, uma dentista, duas enfermeiras e 14 técnicos de enfermagem distribuídos por plantões. Todos seguem realizando atendimentos normalmente. Já a retirada de remédios ocorre no distrito sanitário que atende a região sempre que há necessidade."

Sobre a falta de iluminação e de higiene, a assessoria disse que "a troca das lâmpadas é feita rotineiramente, assim como a higienização dos espaços. O local dispõe de rede elétrica em estado normal. A Funase ressalta ainda que desratizações ocorrem de forma mensal, conforme contrato em vigor com uma prestadora de serviço, tendo a mais recente sido realizada em 17 de maio. Entretanto, a existência de dois imóveis abandonados ao lado do Cenip Recife tem dificultado esse trabalho de controle de infestações". A Vigilância Sanitária foi acionada. 

Sobre o fornecimento de colchões, a Funase alegou que "concluiu uma licitação para comprar mais exemplares. O material deve ser entregue ainda nesta semana".

CABO DE SANTO AGOSTINHO

Em março, a coluna Ronda JC publicou denúncias de maus-tratos aos adolescentes que respondem por atos infracionais na unidade da Funase do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. Na época, o MPPE solicitou à Justiça o afastamento da então diretora, Tatiane Morais, que, segundo denúncia, seria conivente com as agressões na instituição. A assessoria da unidade negou as acusações. 

De acordo com as informações apuradas pelo Gajop, a direção mantinha, em cada alojamento, “representantes” responsáveis pela liderança desses locais. Os próprios socioeducandos fazem esse papel. “São conhecidos por todos os adolescentes da unidade como sendo ‘o doido’ e o seu substituto ‘segunda voz’. (Eles) recebem toda cobertura institucional para definir regras próprias, punições, sanções e distribuição de tarefas, legitimando uma outra organização paralela de funcionamento, dentro da unidade. (...) E mais grave, a Diretora comunica antecipadamente quando da ocorrência de Revistas pela Polícia Militar dentro da unidade, possibilitando aos “doidos” se organizarem e definirem o que será encontrado ou não”, informa trecho do relatório, que está sendo apurado pelo MPPE.

O relatório denunciou ainda agressões sofridas pelos socioeducandos. “Em uma dessas situações, ocorrida em Dezembro/2020, um dos socioeducandos foi agredido tão violentamente, que ao ser emergenciado no Hospital Dom Helder, foi identificado lesão no baço, sendo inevitável a cirurgia para retirada do órgão. Ao ser socorrido o adolescente foi ameaçado a não contar o ocorrido, com medo de retaliação o adolescente informou que havia caído durante uma partida de futebol”, diz outro trecho.

Além do MPPE, o Comitê de Prevenção e Combate à Tortura recebeu o relatório para análise.